domingo, 13 de junho de 2010

No cinema: Esquadrão Classe A" dá nova roupagem a seriado dos 80

Numa época em que qualquer coisa minimamente pop é passível de ser refeita, até que demorou muito para a equipe do programa de TV "Esquadrão Classe A" chegar aos cinemas.

Protagonistas de uma das séries de ação mais populares da década de 1980, os quatro mercenários parecem não ter envelhecido um dia sequer - até porque, desta vez, são interpretados por Liam Neeson ("O Preço da Traição"), Bradley Cooper ("Se Beber, Não Case"), o lutador de artes marciais Quinton 'Rampage' Jackson e Sharlto Copley ("Distrito 9").

Os atores são novos, os aparatos também, mas o espírito da série parece não ter mudado nesse longa, que estreia em circuito nacional, em cópias dubladas e legendadas. O filme é dirigido por Joe Carnahan ("A Última Cartada"), a partir do roteiro escrito por ele e Brian Bloom, que também atua. O perfil dos personagens é o mesmo da série: Hannibal (Neeson) é o chefe; Cara-de-pau (Cooper), o galã; BA (Jackson), apesar de todo o tamanho e a cara de mau é o mais doce; e Murdock (Copley) é louco - literalmente.

O filme conta como se formou o esquadrão, que dessa vez, ao contrário do original, em que eram veteranos do Vietnã, e agora são do Iraque. Como no original, acabam caindo numa armadilha, presos e julgados numa corte marcial. Sentenciados, passam a viver escondidos, quando conseguem fugir da prisão.

Essa é só a metade do filme que, depois de apresentar os personagens e seus perfis, engata uma história que tem a ver com o motivo da prisão do grupo. Tentar entender ou levar a sério o que está realmente acontecendo é pura bobagem. A diversão em "Esquadrão Classe A" nunca está no porque as coisas acontecem, mas sim no como elas acontecem.

"Esquadrão Classe A" parece reunir todos os elementos necessários para a série ganhar um fôlego cinematográfico, ação, humor, mulher bonita, lutas, perseguições e tiros. Se o filme fizer sucesso de bilheteria, pode abrir as portas para outras adaptações, como "Miami Vice" ensaiou em 2006, mas não conseguiu.

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