domingo, 22 de agosto de 2010

MON abre mostra fotográfica de Orlando Azevedo‏

Há anos o fotógrafo Orlando Azevedo (1949) produz marinhas, denominadas "arqueologia da morte", em que animais mortos e objetos em deterioração são recolhidos como “náufragos da existência”, como define o próprio autor. Trata-se de um olhar da morte como “a grande viagem da passagem e da vida”, na qual a fotografia, em um resgate da memória, promove a “ressurreição da extinção”.

A exposição Marinhas - Arqueologia da Morte- aberta no Museu Oscar Niemeyer até 21 de novembro - é composta por 33 imagens (1m x 1,30m), produzidas em papel Canson Rag Photographique, papel branco, 100% algodão. A historiadora portuguesa Maria do Carmo Séren explica que esta arqueologia de Orlando Azevedo reconstitui o que foi a vida e o que foi desejo, porque “insinua que o tempo foi interrompido, que a morte evidente dos restos apela para a vida que foi”.

Por outro lado, o fotógrafo admite que estabelece também uma “determinada e intencional ironia e crítica às acadêmicas marinhas”, no universo das artes plásticas. “As imagens possuem como não poderia deixar de ser um mergulho no ciclo da transformação e sua poética”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário