sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

No cinema: Desconhecido

Em trânsito em Berlim para uma conferência, o botânico norte-americano Martin Harris (Liam Neeson) sofre um acidente de carro. Acorda num hospital dias depois, sem qualquer identificação.
Fica preocupado, pois sua mulher (January Jones) está sozinha na cidade, e nem sequer fala alemão. Quando a reencontra, no hotel onde o casal está hospedado, ela não o reconhece, e apresenta seu marido, Martin Harris, agora interpretado por Aidan Quinn. Se este é Martin Harris, quem é então o outro cara?
Desconhecido gira em torno dessa questão. O tal Harris, de Neeson, fará de tudo para provar que o outro Harris, de Quinn, é uma fraude. Mas, se ele é um sujeito tão comum - apenas um botânico bem conceituado -, por que alguém se passaria por ele? E mais: por que sua mulher participaria da farsa?
As respostas, dadas em momento propício, fazem de Desconhecido um suspense metido a hitchcockiano, mas que, ao contrário dos filmes do inglês, pouco tem de sutil. Excesso de explicações e suspensão da realidade transformam o longa de Jaume Collet-Serra ("A Órfã") num passatempo insosso, sem grandes momentos ou criatividade.
Em sua jornada em busca da identidade, o suposto Harris conta com a ajuda de Gina (Diane Kruger, de "Bastardos Inglórios"), imigrante ilegal vinda da Bósnia que teve sua família exterminada e agora vive clandestina. Também conhece um ex-agente da polícia secreta da antiga Alemanha Orienta, a Stasi, vivido por Bruno Ganz ("Asas do Desejo"), que o ajuda a desvendar um passado um tanto obscuro.
Neeson, um bom ator (vide trabalhos como "A Lista de Schindler"), aos 59 anos está se tornando heroi de filmes de ação. Depois de trabalhos como "Busca Implacável" e "Esquadrão Classe A", ele encontrou um novo nicho, que pouco explora suas possibilidades dramáticas - mas requer preparo físico.

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