domingo, 12 de junho de 2011

Paris vai virar "laboratório" de design urbano

Paris, a cidade que inspirou inúmeros artistas e pensadores criativos ao longo dos séculos, está com os olhos voltados ao futuro, procurando projetos de design urbano que estejam na vanguarda da inovação e da utilidade.
Desde plantações urbanas de cogumelos até redes de deitar com Wifi espalhadas pela avenida Champs-Elysées, 40 projetos temporários serão instalados por toda a capital francesa entre julho e dezembro, e será pedido aos parisienses que dêem sua opinião sobre a conveniência de mantê-los no longo prazo.
"A ideia é converter a cidade em um 'laboratório vivo', um laboratório experimental", disse Jean-Louis Missika, o vice-prefeito encarregado da inovação, pesquisas e universidades.
"Alguns dos projetos terão utilidade zero, mas outros serão tremendamente populares, tenho certeza".
Pode ser este o caso de detectores de estacionamento que poderão guiar os motoristas parisienses para lugares vagos para estacionar nas redondezas, ou de um guichê na rua onde as pessoas poderão gravar mensagens em vídeo e enviá-las a amigos ou pessoas queridas.
Outros projetos são mais esdrúxulos. É o caso de um cultivador de cogumelos alimentado por borra de café ou de um jardim aquático móvel no qual podem ser criados peixes e cultivadas verduras.
A prefeitura de Paris subsidiou mais ou menos metade dos projetos, no valor de até 30 mil euros (43.820 dólares).
Os locais turísticos não foram esquecidos nos esforços para modernizar a cidade. Um terminal multimídia vai ajudar a guiar visitantes pelo famoso cemitério de Montparnasse, lugar do descanso final de luminares literários como Charles Baudelaire, Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre.
E, na praça movimentada em volta da Saint-Sulpice, a popular igreja na margem esquerda do Sena que data do século 17, turistas poderão enviar cartões postais virtuais a partir de um quiosque.
Enquanto alguns podem fazer pouco caso da praticidade ou do valor estético de alguns dos projetos de design, a ideia toda é fazer experimentos, disse o vice-prefeito Missika.
Afinal, disse ele, até mesmo a torre Eiffel-- hoje o símbolo de Paris mais reconhecido por pessoas em todo o mundo - criou polêmica quando foi erguida.
"Cada século tem sua própria revolução", disse Missika.

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