(Reuters) - A cantora Whitney Houston, cuja potente voz levou-a ao topo da música pop no mundo e cujo declínio pessoal foi alimentado pelo uso de drogas, morreu na noite de sábado, em um quarto de hotel em Beverly Hills, aos 48 anos.A superstar pop morreu às vésperas do prêmio do Grammy em Los Angeles, no mesmo hotel onde o seu menor, Clive Davis, realizava uma pré-festa anual com dezenas de celebridades da indústria da música.
Uma cena dramática se desenrolava no hotel Beverly Hilton enquanto convidados que chegavam para a festa expressavam choque com a morte da cantora, repórteres invadiam o hotel, fãs se reuniam em frente para acender velas em sua memória e helicópteros sobrevoavam o local.
A polícia de Beverly Hills disse que foi chamada ao Beverly Hilton por volta das 3h43 da tarde, no horário local, e os bombeiros que já estavam no local reagiram imediatamente. Houston estava em seu quarto, no quarto andar, e foi declarada morta às 03h55.
"Ela foi identificada por amigos e família que estavam com ela no hotel, e parentes foram notificados", disse o tenente Mark Rosen aos repórteres. A polícia disse que não havia sinais de intenção criminosa.
Médicos legistas de Los Angeles removeram o corpo depois da meia noite através de uma porta dos fundos para evitar a imprensa.
Normalmente, os médicos legistas realizam uma autópsia em um ou dois dias para poder liberar algumas informações preliminares sobre a morte. Se drogas ou álcool estão envolvidos, no entanto, um anúncio oficial sobre a causa da morte não seria liberado até depois que os testes toxicológicos sejam realizados o que pode levar de seis a oito semanas.
Durante a sua carreira de cerca de 30 anos, Whitney Houston se estabeleceu como uma das mais admiradas e influentes cantoras da sua geração, ganhou seis Grammys, 30 prêmios Billboard e 22 prêmios American Music Awards. Ela lançou sete albuns e vendeu cerca de 170 milhões de CDs, singles e videos. A música tema do filme "O Guarda-Costas" esteve entre umas das trilha sonoras mais vendidas na história.
Mundo da música lamenta morte da artista
Músicos, produtores e fãs saudaram a memória e a voz excepcional de Whitney Houston, celebrada como "uma das maiores cantoras pop de nossa época".
Vários artistas escreveram no Twitter sobre a morte da diva pop, como a cantora Mariah Carey, que disse estar com o "coração despedaçado.
"Estou chorando com a morte chocante de minha amiga, a incomparável Whitney Houston", escreveu Mariah Carey.
"Perdemos outra lenda. Meu amor e minhas orações à família de Whitney", afirmou Christina Aguilera, enquanto Rihanna escreveu: "Não tenho palavras! Apenas lágrimas".
"Espero que as pessoas lembrem das coisas positivas dela, não tanto dos problemas. Todo mundo tem problemas", declarou o cantor Smokey Robinson ao canal CNN.
A cantora, que viu a carreira desmoronar nos últimos meses pelo uso de drogas, "tinha uma das vozes mais belas da história da música", completou o Robinson.
Para Tony Bennett, a morte de Whitney Houston é uma "tragédia". Para ele, a cantora vai fazer falta.
Neil Portnow, presidente da Recording Academy, organizadora dos prêmios Grammy - que terá sua cerimônia neste domingo em Los Angeles -, destacou em um comunicado que a artista, premiada ao longo da carreira com seis Grammys, "era uma das maiores cantoras pop de nossa época".
O músico e produtor Quincy Jones, um dos grandes colaboradores de Michael Jackson, elogiou "um talento realmente original e incomparável. Sempre lamentei não ter tido a oportunidade de trabalhar com ela".
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