segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Exposição traz trajetória do ator José Maria Santos

A Exposição “Viva Zé”, que mostra a trajetória do ator paranaense José Maria Santos, abriu nesta segunda-feira (26), no teatro que leva o nome do homenageado, em Curitiba. O evento tem direção do jornalista e ator Ulisses Iarochinski, em parceria com o Teatro Guaíra. As atividades iniciaram em junho com um encontro entre artistas que dividiram o palco com o ator José Maria Santos durante a sua carreira. A mostra pode ser visitada até dia 26 de setembro, de terça a sexta-feira, das 14h às 18h. A entrada é franca.
A exposição é composta por 40 fotografias e mais de 20 painéis com matérias divulgadas na imprensa sobre o trabalho do ator entre 1959 e 1989 e suas atuações no teatro amador, profissional, na televisão e no cinema.
José Maria Santos é considerado um ícone do teatro paranaense e completaria 80 anos em dezembro de 2013. Natural de Guarapuava, nasceu em 12 de dezembro de 1933. Começou sua carreira no Teatro de Adultos do Sesi, em 1954, e a encerrou em 1989 com as peças "Casal do Barulho" de Dario Fo com sua Companhia Dramática Independente, "Médico a Força", de Molière, com o grupo Tecefet, e o filme "O Mal", de Valêncio Xavier. Recebeu vários prêmios de melhor ator e diretor. Em 1977, ganhou o “Kikito de Ouro do Festival de Cinema de Gramado” como melhor ator coadjuvante por seu trabalho no filme “Aleluia Gretchen”. Em 1972, criou o grupo amador de teatro “TUT” (Teatro da Universidade Tecnológica) - Escola Técnica Federal do Paraná - que completa 40 anos de atividades. O ator esteve frente ao grupo até sua morte, em 4 de janeiro de 1990.

PROGRAMAÇÃO - Além da Exposição “Viva Zé”, estão previstas para o segundo semestre de 2013 diversas atividades que mostram o legado cultural deixado pelo artista. Na última semana de setembro será lançado o documentário "José Maria Santos - Arteiro do Paraná", longa de Ulisses Iarochinski. Em outubro, chega ao público o livro "José Maria Santos - Um Homem de Teatro", de Ulisses Iarochinski, Luiz Solda e Ismael Scheffler", publicação que traz fotos e textos com as principais entrevistas com o ator ao longo de sua carreira. Em novembro, acontece o lançamento de outro livro - “Zé Maria - José Maria Santos e Seu Teatro", escrito por Márcia Regina Pereira de Souza e que traça a carreira do homem de teatro, ator, diretor, professor e produtor e de suas atuações na televisão e cinema.

TEATRO - O ator teve seu nome perpetuado com a Lei Estadual nº 9896, de 11/09/1991, que nomeou o Teatro José Maria Santos, inaugurado em 27 de junho de 1998. O espaço, uma construção do final do século XIX, abrigou atividades bem diferentes antes de se tornar local dedicado à arte. Funcionou no local a fábrica de malhas e confecções da família Hoffman e a Malharia Curitibana. A primeira atividade artística a ocupar o espaço foi a “Fábrica do Samba”.

Com a venda do imóvel e o início da demolição nos anos 90, o ator José Maria Santos mobilizou a classe artística paranaense e o Governo do Estado e conseguir o tombamento do prédio. Em 27 de junho de 1998, o espaço foi batizado com o novo nome - Teatro José Maria Santos - sob a administração do Centro Cultural Teatro Guaíra. 

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