Quatro
atores, Carolina Meinerz, George Sada, Rodrigo Ferrarini e Sidy Correa,
emprestam a voz e o corpo para os personagens de “Bull”, do dramaturgo inglês
Mike Bartlett. Com tradução de Luci Collin, o texto aborda as relações humanas
dentro do ambiente de trabalho, mostrando até que ponto o ser humano é capaz de
chegar para manter-se em uma posição “privilegiada”. O espetáculo tem temporada
no auditório Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório do Teatro Guaíra, entre
os dias 3 a 14 de julho; de quartas a sábados às 20h, e domingos às 19h. Os
ingressos custam R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia-entrada), e estão à venda no local.
“Bull”
pode ser uma tradução para touro ou uma abreviação em inglês para a palavra
“besteira” (bullshit), ou ainda para bullying. A peça de Mike Bartlett foi
encenada pela primeira vez no Reino Unido, onde ganhou o prêmio de Melhor Peça
no Theatre Awards em 2013, e agora ganha a primeira montagem curitibana, com
direção da premiada atriz e diretora Laura Haddad. “Tenho uma grande admiração pelo trabalho do Mike, inclusive gosto muito
desse texto, que particularmente me interessa muito pela temática do bullying,
do assédio e das relações tóxicas que estão em voga em diversos ambientes
comuns de convivência, causando stress e comprometendo a saúde mental de muita
gente, especialmente após a pandemia”, contou a diretora.
Nos
60 minutos de espetáculo, o público é convidado a acompanhar Tony, Isobel e
Thomas, três funcionários que aguardam em uma antessala a decisão do chefe
Carter sobre qual deles perderá o emprego. “Bull” aborda as relações humanas de
maneira superficial e quando estão em um ambiente de competição, apontando os
defeitos e as fraquezas de cada um. Em muitos momentos o público vai esperar
uma redenção ou uma escapatória, mas ela não vem porque o mais surpreendente de
Bull é que não há reviravolta. “São 60
minutos intrigantes e desconfortáveis”, adiantou Laura.
Indicada
para maiores de 12 anos, a peça mostra que os personagens não medem suas
palavras, um jogo que mostra a linha tênue entre as políticas empresariais e o
bullying praticado nos playgrounds. “Essa
é a grande sacada de “Bull”, um espetáculo realista que mostra o pior das
pessoas principalmente quando elas estão sob pressão. Traz para a cena o
ambiente corporativo e o assédio moral. E nós do elenco e da equipe temos o
desejo comum de revelar um pouco dessas relações, dessas guerras que são
travadas entre os personagens, e que o público só vai saber no final se algum
deles irá ser salvo”, revelou Sidy Correa.
O projeto foi aprovado
pela Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet e conta com apoio da
Padaria América, Cena Hum, Bait Nazha, Johnny Braza e Lumen Audiovisual.
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