terça-feira, 19 de novembro de 2024

Ana Beatriz Artigas é a nova residente artística do Museu Casa Alfredo Andersen

Ana Beatriz Artigas é a nova residente artística do Museu Casa Alfredo Andersen. A artista têxtil de 33 anos iniciou sua ocupação no ateliê na terça-feira (12) e permanecerá produzindo suas obras até dia 12 de dezembro, marcando assim a última residência do ano de 2024. Com o objetivo de continuar seus estudos na tridimensionalidade do fio e dos demais materiais têxteis, a produção artística de Ana conta com a campanha de doação de materiais, concentrada no MCAA e aberta para qualquer um que queira contribuir com suas criações.

A relação de Ana com a arte da costura vem de gerações anteriores. Sua avó dava aulas de corte e costura e a mãe confeccionava peças infantojuvenis para vender na famosa Feira do Largo da Ordem. Ana aprendeu a costurar ainda pequena, mas conta que sua relação com a perfeição das linhas nunca foi pacífica.

O acabamento perfeito era algo que eu não ligava, minha mãe reclamava, mas se eu queria colocar uma linha azul no tecido vermelho, era isso que eu fazia”, diz ela. Assim, Ana descobriu uma relação não convencional com a arte têxtil, e passou a experimentar novas formas de tratar os fios.

Depois de concluir o bacharelado em Pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Ana percebeu que poderia usar seus conhecimentos em costura para iniciar uma produção própria, e assim o fez. A artista começou a costurar no papel, ligando a pintura e a costura. Ela fala sobre o processo de descobrir sua própria técnica.

Eu fui intensificando o mau-acabamento, deixava o erro, exagerava. Aprendi a usar a máquina do jeito errado, do jeito que embolava a costura, deixava o fio do avesso e eu fui cada vez mais gostando disso”. Desta forma passou a se dedicar mais à arte com tecidos e fez sua primeira exposição em 2017.

Para sua residência, Ana afirma que saiu do papel e passou a pensar o fio no tridimensional, na ocupação do espaço central, fora da parede. “Você para de pensar o fio preso e começa a ver ele solto e ocupando o espaço”. Ela enfatiza que quer entender como as pessoas vão se relacionar com a obra fora dos padrões convencionais.

A artista tem pesquisado e explorado mais os conceitos de excesso e acúmulo. Suas obras se concentram em formas não tradicionais da costura. Em vez de pegar um fio de bordado para bordar, Ana pensa em outras possibilidades para o fio, seja na costura, no engessamento, colagem, ou atrelado às estruturas de arame.

CAMPANHA ARTÍSTICA – Com o intuito de envolver o público em sua produção artística, Ana Beatriz Artigas está arrecadando materiais têxteis para sua residência. São aceitos tecidos, fios, retalhos, botões, carretilhas, aviamentos, barbantes e lãs. A campanha ficará aberta até dia 30 de novembro e qualquer quantidade de material é aceita. Para fazer sua contribuição leve sua doação ao Museu Casa Alfredo Andersen, aberto de terça a domingo, das 10h às 17h.

CONEXÃO COM ALFREDO ANDERSEN – Ana afirma que tem uma relação pessoal com Andersen no lugar de artista e também com o espaço do MCAA. Apesar de não usar as mesmas técnicas que o pai da pintura paranaense, Ana declara que as pinturas dele fizeram parte e tiveram influência na formação dela como artista. Além disso, o espaço da Academia Alfredo Andersen também é parte da experiência dela. “Já fiz aula de desenho e cerâmica, além de ter vários amigos aqui. É um lugar que faz parte da minha vivência”, ela diz.

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA – Desde 2019, o projeto de residência artística do Museu Casa Alfredo Andersen se propõe a receber artistas do Paraná, do Brasil e do mundo para uma temporada de produção e interação com o museu e seu acervo. O projeto tem como objetivo estabelecer um espaço de aperfeiçoamento e trocas de experiências com artistas, produções e projetos nas artes visuais.

Desde então, o ateliê já recebeu diferentes nomes importantes da cena local como Rettamozzo e Alfi Vivern, e também abrigou o trabalho de artistas internacionais e outros projetos, como os italianos Alberto Salvetti e Christian Balzano, o chinês Tong Yanrunan e a japonesa Mayumi Taguchi.

O Museu Casa Alfredo Andersen está situado na Rua Mateus Leme 336, Centro e aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 17h.

Com entrada gratuita, aniversário do MON terá mostras inéditas, performance e música

Na sexta-feira, 22 de novembro, dia em que o Museu Oscar Niemeyer completa 22 anos, a entrada será gratuita para todos os públicos. Nessa data, serão inauguradas três exposições inéditas. Outra novidade na celebração será a entrega de obras de infraestrutura, como novos guarda-volumes, iluminação da área externa do Museu e a bilheteria. Haverá ainda performance e apresentação musical.

As novas mostras são “O Olho da Noite”, de Jean-Michel Othoniel; “Afinidades III – Cochicho, Luiz Zerbini” – ambas com curadoria de Marc Pottier – e “Convivendo em Harmonia com a Impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain.

NOVAS EXPOSIÇÕES – “O Olho da Noite” conta com obras do artista francês Jean-Michel Othoniel no Olho, nos Espaços Araucária 1 e 2 e na área externa (espelho d’água). A sala expositiva do Olho foi transformada numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado.

No chão, o público verá um mar de tijolos de vidros azuis que refletem, ao mesmo tempo, a constelação e o arco imaginado pelo arquiteto, numa combinação surpreendente.

No total, a mostra apresenta 25 obras em grandes dimensões. As esculturas são compostas por materiais diversos, como vidro espelhado e aço inoxidável, vidro espelhado e madeira e aço e folhas douradas.

 “Afinidades III – Cochicho”, que será montada na Sala 7, é a terceira edição de uma realização do MON que teve início em 2021. Desta vez, o artista contemporâneo Luiz Zerbini selecionou obras de cinco importantes nomes da arte paranaense que estão presentes no acervo do MON: Guido Viaro, Miguel Bakun, Bruno Lechowski, Guilherme William Michaud e Theodoro de Bona.

Em comum, ou por afinidade, assim como as suas obras apresentadas, todos os trabalhos escolhidos têm como tema a natureza.

A primeira edição do projeto “Afinidades” convidou artistas paranaenses, ou com forte ligação com o Estado, a fazerem uma imersão no acervo do MON. A segunda edição, em 2022, reuniu apenas artistas mulheres, de diversas regiões do Brasil, que mergulharam na coleção permanente do Museu.

ARTE ASIÁTICA – “Convivendo em Harmonia com a Impermanência” é a nova edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, realizada pelo MON, em cartaz na Sala 5.

A chegada da coleção asiática ao MON, anos atrás, elevou a instituição ao patamar dos grandes museus internacionais. A exposição, que apresenta um recorte desse acervo, doado pelo diplomata Fausto Godoy, já teve algumas reformulações e rendeu itinerâncias ao Interior do Paraná, alcançando milhares de pessoas.

Agora, de uma maneira arrojada e singular, a exposição se renova mais uma vez. Entre outras novidades, o público encontrará experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, videoinstalação e um Museu Virtual, com 16 obras de 12 artistas asiáticos. O projeto foi desenvolvido por Géraldine Lenain, curadora especialista em arte asiática.

PERFORMANCE – Também em 22 de novembro, às 11h, e nos dias 23 e 24, às 11h e às 16h, haverá apresentações da performance “Minha Casa no Ar”. É uma criação da artista sul-coreana Jisoo Yoo, atualmente baseada na França, onde se formou pela Escola Nacional Superior de Artes de Paris-Cergy. Após apresentar-se em diversos lugares da Europa, a premiada artista traz agora seu trabalho ao MON.

A performance consiste em uma exploração espacial a partir de uma grande casa inflável que extrapola as questões arquitetônicas e questiona a habitação como limite vivido no cotidiano. A casa transforma-se em um lugar instável, que flutua constantemente no ar, como uma bolha de sabão.

No dia 22, às 16h, haverá uma apresentação musical na área interna do MON, entre as salas 1 e 4. A Orquestra Garoto Cidadão Araucária apresentará o VII Concerto Itinerante “Trilhas – Uma Vivência Sonora”.

SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

I Festival de Clarinetas de Curitiba: imersão musical com programação variada e gratuita

Concertos, palestras e masterclasses vão ocupar diversos espaços culturais da cidade, como a Capela Santa Maria, o Solar da Glória (recém-inaugurado) e o Auditório do Campus Santos Andrade da Universidade Positivo. A programação é aberta ao público e reúne músicos de destaque no cenário nacional e internacional.

Ao todo, o Festival irá oferecer seis concertos, 11 masterclasses e duas palestras que exploram o repertório clarinetístico de diferentes épocas, abordando técnicas e interpretações aprofundadas.

Inclui ainda exposição de clarinetas com apoio da fabricante francesa Buffet Crampon e o lançamento dos livros: ‘Apontamentos para Clarinetistas em Formação’ (Fernando José Silveira), ‘A Voz do Clarinete’ (Ricardo Freire) e ‘Rotina para Warm up Clarineta’ (Guilherme Garbosa).

Os concertos trazem repertórios variados, do erudito ao popular, a música brasileira ganha destaque no concerto de encerramento da Orquestra à Base de Sopro.

O grande destaque do Festival é a música de concerto para clarineta, mas o evento busca abranger 300 anos de história desde a música tradicional, moderna, contemporânea com sonoridades distintas e música popular”, explica Jairo Wilkens (foto), clarinetista e idealizador do projeto.

O público terá acesso gratuito a performances de obras pouco apresentadas e formações de raro acesso, incluindo apresentações do ‘Quarteto Paran4’ (Curitiba/PR), do grupo ‘Sujeito a Guincho’ (São Paulo/SP), de Camila Barrientos Ossio, clarinetista principal da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e Alexandre Ribeiro, professor de clarineta popular, harmonia popular e prática de repertório de gafieira na Escola de Música Emesp Tom Jobim (SP).

O evento celebra a clarineta e sua rica tradição presente em diversos gêneros musicais, desde a música erudita até o choro brasileiro. A intenção do festival é oferecer uma imersão no repertório deste instrumento, proporcionando uma experiência rica e transformadora tanto para o público quanto para os músicos que participam.

A intenção é contemplar o público com um universo de músicas escritas para clarineta em diferentes estilos, estimulando a audição e a percepção sonora deste instrumento. Será uma grande oportunidade de troca entre artistas de Curitiba e de outros estados, assim como dos ouvintes e apreciadores da música”, declara Jairo.

O I Festival de Clarinetas de Curitiba foi idealizado e tem curadoria de Jairo Wilkens, clarinetista principal da Orquestra Sinfônica do Paraná e artista da renomada Buffet Crampon. Realizado pela Catálise Produções Culturais, conta com direção de produção de Josnel Garcia Carvalho.

Este projeto foi viabilizado por meio da Lei Municipal Complementar 57/2005, através do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Apoio: Colégio Positivo.

Para mais informações e programação completa, acesse: https://festivaldeclarinetascwb.com.br/

Em homenagem a Paulo Leminski, Curitiba pode criar o Dia Perhappiness

O calendário oficial de Curitiba poderá contar com uma data em homenagem ao poeta e escritor Paulo Leminski. Tramita na Câmara Municipal um projeto de lei que institui o Dia Municipal “Perhappiness”, que deverá ser comemorado anualmente em 24 de agosto. A matéria aguarda a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) do Legislativo.

O dia 24 de agosto, sugerido para ser o Dia Perhappiness, coincide com o aniversário de nascimento do autor, em 1944. Ele deixou um legado cultural ímpar e se tornou um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea. “‘Perhappiness’ é um neologismo que reúne as palavras ‘talvez’ e ‘felicidade’, em inglês. O conceito, presente nas obras de Leminski, reflete a ambiguidade da existência humana e a necessidade de equilibrar as adversidades com momentos de alegria e aceitação”, complementa a justificativa da proposta.

A matéria é assinada pelos vereadores Angelo Vanhoni (PT), Dalton Borba (Solidariedade) e Herivelto Oliveira (Cidadania), que explicam que, nos anos 2000, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) promoveu diversas edições do Festival Perhappiness: um ciclo de palestras, debates, filmes, tardes de autógrafos e espetáculos musicais em homenagem ao poeta curitibano (005.00149.2024). Se estivesse vivo, Leminski estaria com 80 anos - ele faleceu em 1989.

Instituir o Dia Perhappiness em Curitiba é um reconhecimento ao impacto cultural de Leminski, que, por meio de sua obra, influenciou gerações de leitores e artistas, não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Sua escrita, marcada pela ironia, pela busca de sentido nas coisas simples e pela musicalidade, continua a ser uma fonte de inspiração para todos que buscam compreender e celebrar a complexidade da vida”, completam os parlamentares.

Vanhoni, Borba e Oliveira acreditam que a implementação da data comemorativa também será uma forma de fortalecer a identidade cultural curitibana e valorizar as personalidades locais que, como Paulo Leminski, contribuíram significativamente para a construção da história e da cultura da capital paranaense.

O projeto de lei foi protocolado no dia 13 de novembro e aguarda análise da Procuradoria Jurídica. Após receber a instrução técnica, será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a qual decidirá se o projeto está apto a ser discutido na CMC ou se será arquivado. Se admitido pela CCJ, será apreciado pelas demais comissões temáticas do Legislativo, antes de ser levado para votação em plenário. Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo Executivo, a lei entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do Município.

Exposição de ilustrações no Solar da Cultura resgata a flora brasileira

Desenhos da flora brasileira realizados por artistas do Centro de Ilustração Botânica do Paraná estão em exposição no Solar da Cultura (antigo Solar do Rosário), unidade da Fundação Cultural de Curitiba no centro histórico da cidade. A mostra foi aberta nesta terça-feira (19), pelo prefeito Rafael Greca, na presença dos 17 ilustradores que expõem.

Esse é um trabalho profícuo e interessantíssimo de resgate da flora brasileira, naquilo que há de mais peculiar e exótico, desde as entranhas da floresta amazônica até os campos gerais do Paraná, passando pela nossa mata nativa das araucárias, pelo cerrado, pela variedade das orquídeas”, disse Greca, comparando os artistas aos grandes naturalistas dos séculos 18 e 19. 

Os desenhos retratam folhas, flores e frutos de diversas espécies de plantas nativas de todas as regiões do Brasil. Os trabalhos são feitos em várias técnicas: aquarela, lápis de cor, nanquim, grafite e óleo sobre tela. 

A exposição é uma grande oportunidade de mostrar o nosso trabalho, de divulgar a flora brasileira e contribuir pela sua preservação”, destaca Alessandro Cândido, diretor do Centro de Ilustração Botânica do Paraná.

PRESERVAÇÃO - Com sede no Jardim Botânico, o Centro de Ilustração Botânica do Paraná é a única associação de ilustradores do país. Foi fundado em 2000 com a finalidade de incentivar divulgação e a prática da ilustração botânica e promover a formação de novos ilustradores mediante a organização de cursos, oficinas e orientação individual.

Como ações complementares, os ilustradores apoiam atividades científicas relacionadas à pesquisa botânica e à preservação ambiental. Com esse trabalho, buscam a conscientização sobre a necessidade de preservação das espécies nativas, especialmente aquelas ameaçadas de extinção.

A ilustradora Miriam Bach de Oliveira explica que a arte botânica nasceu para auxiliar pesquisadores e cientistas, mas também tem importante valor artístico.

Trabalhamos na maioria das vezes com a planta ao vivo. Para chegar à obra final, estudamos a espécie, elaboramos os contornos e sombreados e fazemos testes de cor”, explica Miriam, administradora de empresas que começou a desenhar como hobby e atualmente dedica-se exclusivamente a essa atividade.

O Solar da Cultura está situado na rua Dr. Claudino dos Santos, 142, São Francisco)  e está aberto ao público de terça-feira a sexta-feira: 9h às 12h e das 13h às 17h; sábado e domingo, das 9h às 14h, com entrada grátis.


Cine BPP exibe “O Retorno da Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti” na sexta-feira

Em continuidade a um dos novos projetos da Biblioteca Pública do Paraná (BPP) em 2024, na sexta-feira (22), às 15h, acontece a segunda edição do Cine BPP, no auditório Paul Garfunkel. A exibição da vez será a websérie “O Retorno da Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti”, de Paulo Biscaia Filho, diretor e fundador da companhia Vigor Mortis, voltada para o terror nas artes cênicas e audiovisuais.

A obra tem um total de 10 episódios, cada um com duração entre 6 e 14 minutos, e classificação indicativa de 10 anos. O evento contará com a presença do diretor para um bate-papo com mediação de Rodolfo Stancki, jornalista e doutor em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

É muito bacana poder realizar a estreia de 'O Retorno da Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti' na Biblioteca. Não existe ambiente mais propício para isso”, declara Paulo Biscaia. “A websérie expande o universo que construímos a partir de Lucchetti e faz homenagens estéticas a alguns ícones do horror dos anos 60, como os filmes da Hammer e Tura Satana. Foi muito incrível poder revisitar este universo e será ótimo poder compartilhar isso no auditório da BPP”.

O Cine BPP é um evento bimestral, gratuito e aberto ao público, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná, com exibições de curtas, médias e longas-metragens, além de outros produtos audiovisuais, como a websérie dessa edição. As sessões acontecem no auditório com a presença de algum convidado envolvido na produção da obra que será apresentada ao público. Os principais objetivos são promover um diálogo e integração entre cinema e literatura, além de consolidar o espaço da biblioteca como um centro cultural.

SINOPSE – O ano é 1959. O lugar, Curitiba, Brasil. O detetive particular John Clayton é contratado pela misteriosa e sedutora Helen Zola para investigar seu marido, um cientista com um passado secreto e abominável. Contra a vontade de sua fiel amiga Vonetta, Clayton aceita o caso e aos poucos se vê  no meio de uma trama sombria envolvendo uma biblioteca criada pelo lendário Dr. Lucchetti, que abriga os segredos de monstros, vampiros e outras criaturas macabras.

A Biblioteca Pública do Paraná está ituada na rua Cândido Lopes, 133, Centro. Mais informações: 3221-4900 ou www.bpp.pr.gov.br

Estado vai apoiar lançamento da Rota Cervejeira em Curitiba durante evento gastronômico

A capital paranaense recebe no próximo final de semana, dias 23 e 24, a 6ª edição do Festival da Cultura Cervejeira Artesanal, na Praça Afonso Botelho, no bairro Água Verde. Com entrada gratuita, centenas de rótulos estarão à venda com valores acessíveis, atraindo turistas e movimentando o cenário gastronômico de Curitiba. Durante a programação acontece o lançamento da Rota Cervejeira, tour que exalta a produção e degustação da cerveja artesanal, fruto de uma parceria da Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) com o Governo do Estado.

Organizado pela associação, o evento faz parte do calendário da Secretaria do Turismo e do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor, e conta com apoio da Fundação Cultural e da Prefeitura de Curitiba. Conforme dados dos organizadores, a programação deve atrair mais de seis mil visitantes, que terão maiores detalhes a respeito da nova rota de turismo gastronômico.

O tour passa por 17 bairros curitibanos e conta em seu itinerário com mais de 20 pubs, bares e empreendimentos, dando destaque às microcervejarias. O roteiro vai conectar turistas, apreciadores e profissionais à cena curitibana das cervejas artesanais, passando pelos bairros Orleans; Santa Felicidade; Água Verde; Portão; Xaxim; Umbará; Hauer; Prado Velho; Boqueirão; Hugo Lange; Ahú; Pinheirinho; Boa Vista; Centro Cívico; Bom Retiro; Cascatinha; e Pilarzinho.

Para Marcio Nunes, secretário estadual do Turismo, o segmento gastronômico é um dos que mais chama atenção dos viajantes ao visitarem o Paraná. “Temos potenciais em diversas áreas desse recorte, sobretudo em bebidas, como é o caso das cervejas artesanais”, disse. “Esse é um segmento em ascensão e com grande busca por parte dos turistas, por isso, lançar a Rota Cervejeira é necessário, porque temos muitos produtos e experiências que precisam ser divulgadas. Isso é importante aos pequenos e médios empreendedores, fundamentais ao ramo e ao setor paranaense como um todo, porque não existe turismo sem a iniciativa privada”.

Chegamos na sexta edição do Festival da Cultura Cervejeira Artesanal, um evento que tem o objetivo de fortalecer essa cultura que vem crescendo a cada ano que passa, conectando curiosos, apreciadores e profissionais às cervejas artesanais”, comentou Everton Delfino, diretor presidente da Procerva. “Queremos oferecer diferentes experiências no universo da cerveja artesanal, incentivando a descoberta de novos sabores, conhecimentos e entretenimento com responsabilidade”.

ESTADO DA CERVEJA – Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), em 2023 o País registrou 1.847 cervejarias, um aumento de 90,8% desde 2018. Em 2024, o Paraná se configura como um dos maiores detentores de empresas do nicho, com mais de 170 cervejarias registradas e uma produção estimada em 7,8 milhões de litros por ano.

A Associação também aponta que, quando se trata desse ramo, Curitiba é sempre indicada como um dos principais polos cervejeiros do País, apresentando um crescimento consistente no segmento nos últimos cinco anos, diferente do consumo geral de bebidas alcoólicas, que teve uma queda de 9% no mesmo período.

O diretor presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, explica a importância da rota para a promoção do setor estadual. "A questão cervejeira, além de consolidar uma atividade econômica, se configura também como uma expressão cultural, um reflexo muito grande das imigrações germânicas no Paraná, por exemplo. Existe uma grandiosidade de empresas que trabalham com a cerveja artesanal aqui no Estado, por isso a importância de participar de eventos como este e fomentar essa nova rota, gerando um fluxo turístico no entorno desse produto", disse.

Luana Ponciano, chefe do Departamento de Turismo Gastronômico do Viaje Paraná, compara o perfil do turista cervejeiro com o de outros ramos dentro do segmento, como é o caso do Enoturismo - ligado à produção e degustação de vinhos.

"São experiências com perfis de públicos diferentes, que variam até conforme o clima, um lugar com temperatura mais quente é mais propício a ter a busca pelas cervejarias, por exemplo. Hoje temos experiências turísticas consolidadas que buscam envolver a cerveja artesanal, como o passeio de trem em meio a Mata Atlântica – operado pela Serra Verde Express – que conta com um open bar de cervejas da empresa curitibana BodeBrown ao longo do trajeto, ou ainda, uma grande quantidade de cervejarias artesanais abertas para a visitação. Antigamente, a cerveja era consumida apenas por prazer. Hoje, temos paladares que buscam sabores e produções diferentes, inclusive viajando enquanto turistas para conhecê-las", explica.

FESTIVAL – Além do lançamento da Rota Cervejeira, a programação conta com apresentações, espaço kids, música ao vivo e, claro, diversas opções de cervejas artesanais – mais de 200 rótulos de 30 cervejarias. Promovendo a conexão entre o público e o universo cervejeiro, o evento ainda contará com operações gastronômicas que prometem agradar diferentes perfis de públicos. Saiba mais clicando AQUI.

As cervejarias que vão marcar presença no evento são: Araucária; Joy Project Brewing; Bastards Brewing; Bonna Beer; Cervejaria Lobos; Ol Beer; 4 Bodes; Van Dutch; Ignorus; Way Beer; 4HOPS Brew; Alright; Fumaçônica; BenckeBier; Evil Hops Brewing; BierHerr; Buddy Brewery; Hespanha Brewery; Dash; Moondri; Gauden; Xamã; Providencia; DUM; Swamp; Gastbier; Yule Brewing; Coice da Mula; Bonato; e Frohenfeld.