sexta-feira, 29 de março de 2019

Camerata Antiqua celebra 45 anos em concerto na Catedral Basílica de Curitiba


Com mais de 70 concertos programados, a temporada 2019 da Camerata Antiqua de Curitiba celebra os 45 anos do grupo. Obras que marcaram sua trajetória serão executadas relembrando os principais desafios e conquistas encontrados nessa jornada. O concerto de abertura, sob a regência da maestrina Mara Campos, é gratuito e acontece neste sábado (30), às 18h30, na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na Praça Tiradentes.
Essa trajetória de sucesso é fruto de um nível de qualidade excepcional e de uma capacidade brilhante de se reinventar. Celebrar os 45 anos da Camerata é enaltecer o talento de nossos artistas e reconhecer o trabalho desenvolvido pela Prefeitura, Fundação Cultural e Instituto Curitiba de Arte e Cultura para promover e valorizar a cultura em nossa cidade”, afirma a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro.
A temporada 2019 será de reafirmação dos valores e de resgate das principais obras e compositores apresentados na história da Camerata, como é o caso do Programa de abertura, Te Deum Laudamus, de Luís Álvares Pinto (1719-1789) e Missa nº 2 em Sol Maior, ID 167 Franz Schubert (1797-1828). Solos da soprano Ana Paula Machado (PR), do tenor Sidney Gomes (GO/PR) e do baixo Cláudio de Biaggi (PR) completam o programa.
A Camerata apresenta um trabalho exímio e próspero. O entusiasmo e a confiança do público eternizam cada vez mais o seu brilho. São 45 anos de maturidade musical que encanta os ouvidos mais sensíveis”, diz Marino Galvão Jr, diretor-executivo do Instituto Curitiba de Arte e Cultura.

TEMPORADA - O grande destaque do ano são as homenagens a Georg Friedrich Händel (1685-1759). Nos 260 anos de sua morte, o compositor será lembrado em dois programas. Com regência do especialista em Música Antiga, Luís Otávio Santos, está prevista em julho a execução de Dixit Dominus. A obra será apresentada também no tradicional Festival Internacional de Campos do Jordão e na prestigiosa Sala São Paulo. Dedicado também ao compositor, o concerto Viva Händel!, da Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, traz árias das óperas Alcina, Rinaldo e Giulio Cesare, na interpretação de Marília Vargas.
As datas comemorativas entraram na programação com concertos especiais. Em abril, sob a regência de Tobias Volkman, a Páscoa será festejada com Stabat Mater, de Pergolesi, e a Cantata BWV nº 4 – Christ lag em Todesbanden, de Johann Sebastian Bach. Uma homenagem às mães está prevista para maio, pelo Coro da Camerata com obras sacras “Das Wunderkind Mozart”.
Apresentações em projetos tradicionais também integram a agenda. A Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba participa do Mia Cara Floripa e Curitiba, com direção musical e violino solo da italiana Olívia Centurioni, e o Coro promove pelo quarto ano seguido a Semana de Canto Coral Henrique de Curitiba, desta vez homenageando a fundadora do grupo, Ingrid Müller Seraphim.
Existem ainda outras oportunidades de assistir ao grupo através dos concertos sociais nos programas Concertos nas Igrejas, que somam apresentações nas dez regionais de Curitiba, e o Música pela Vida, nas instituições de acolhimento e hospitais. Ainda estão previstas ações específicas pelo Dia Mundial do Doador de Sangue, Dia Nacional de Combate ao Fumo, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e pelo Dia Mundial do Diabetes.

HISTÓRICO - Constituída por Coro e Orquestra, a Camerata Antiqua de Curitiba nasceu em 1974, sob a égide do talento de seus fundadores, Roberto de Regina e a cravista Ingrid Seraphim. A proposta inicial de execução exclusiva de música barroca e renascentista vem sendo enriquecida com o acréscimo de um repertório de compositores contemporâneos nacionais e estrangeiros.
Mantida pela Fundação Cultural de Curitiba e administrada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, a Camerata possui em seu percurso o comando de músicos notáveis, como o contratenor Gerard Galloway e o violinista Paulo Bosísio, responsáveis por um longo período de orientação técnica do coro e da orquestra. Entre 1987 e 1988, Lutero Rodrigues se tornou seu regente titular.
A maturidade musical conquistada pela Camerata em mais de quatro décadas de atuação está registrada em oito discos (long plays) e seis CDs, com obras de grandes compositores da música erudita universal. Entre os inúmeros concertos de ação cultural realizados entre 1990 e 2000 destacam-se: o programa “Curitiba Abraça o Paraná”; em 1995, a realização do Concerto de Aniversário da Cidade de Assunção-Paraguai, no Centro Cultural Paraguai-Japão; em 1996, os concertos em Washington, a convite do Banco Interamericano de Desenvolvimento, realizados em sua sede e na Embaixada do Brasil, assim como na Epiphany Church; no Brasil, em 22 de abril do ano 2000, teve importante participação nas Comemorações dos 500 Anos da descoberta do país, em Porto Seguro (Bahia).
A preocupação com as questões sociais também marca a atuação da Camerata, no decorrer dos anos. Os programas “Música pela Vida” (1990), “Alimentando com Música” (1993) e “Concerto nas Igrejas” (2002) têm estabelecido um forte vínculo socioeducativo e cultural com a comunidade curitibana. A Camerata Antiqua de Curitiba tem como sede oficial a Capela Santa Maria Espaço Cultural.

Mais informações no site www.camerataantiqua.org.br

Feiras de Páscoa dão novas cores às praças Osório e Santos Andrade


A estudante Raissa Pellanda, 19 anos, planeja uma Páscoa cheia de detalhes lúdicos para sua irmã, Valentina, de 3 anos. Na hora de comprar os “pesinhos” decorativos que servirão de caminho para encontrar os ovos, a tiara com orelhas de coelho que a menina usará e a cesta que dará um toque ainda mais especial aos chocolates, não pensou duas vezes. “Tinha que vir aqui na Feira Especial de Páscoa, onde a gente encontra tudo!”, afirmou ela, nesta sexta-feira (29), primeiro dia dos dois pontos de artesanato da Prefeitura no Centro. As feiras ocorrem até o dia 20 de abril, nas praças Osório e Santos Andrade.
Os pesinhos decorativos e a tiara de coelho escolhidos por Raissa foram comprados na banca da artesã Luciana Petenuci Gabriel, na Praça Osório. Além dos dois itens com clima de Páscoa, ela confecciona máscaras de coelho e cestas de chocolates de EVA, papel crepom e papelão micro-ondulado. “Tudo é feito à mão, inclusive, acabamentos como laços, flores e aplicação de pérolas, por exemplo”, conta Luciana.
Os divertidos pijamas e pantufas de coelho chamam a atenção na barraquinha de Rosymeri Santos, na Osório. Em seu ateliê em Araucária, na região metropolitana, a artesã passou as últimas semanas finalizando todos os produtos. “Tenho uma freguesia aqui e preciso oferecer opções tanto para as crianças, que adoram os pijamas e as pantufas, como para os adultos, que também querem se divertir com os pequenos usando uma pantufa”, explica Rosymeri.
Os delicados biscuits de coelho, pequenos bonecos feitos com massa de modelar, são o carro-chefe na banca da artesã Alexandra Ripinskas. “É um trabalho minucioso e as peças são muito procuradas por quem busca um presente diferente de Páscoa”, salienta ela, que também está expondo, na Praça Osório, caixas e cestas de ovos.
Na barraquinha de Margareth Hofstaetter, na Osório, há cestas de Páscoa de todos os tamanhos e, como se espera, repletas de detalhes lúdicos, com flores, fitas, letras e apliques com brilho. “Eu mesmo confecciono tudo e a criançada adora”, revela a artesã.

CULINÁRIA - Além de coelhos, pêssankas, cestinhas e ovos decorativos, as Feiras Especiais de Páscoa da Prefeitura reúnem expositores de artesanato culinário, com pães, geleias, mel e chocolate. A confeiteira Dulcileia Santos já está preparada para a grande procura por suas linhas caseiras de bombons, alfajores, pão de mão e biscoitos. “Temos opções de doces, inclusive, sem lactose, como as cocadas alemãs, que não trazem leite em sua receita”, frisa ela, que oferece, na Praça Osório, doces com inusitados formatos, como coração e pirulito.
Nas Feiras Especiais de Páscoa, da Prefeitura, também não faltam barracas com comidas de diversas regiões do Brasil e do mundo, como acarajé, bolinho de bacalhau, pierogi, empanadas chilenas e polpeta. Só na Praça Osório serão 25 bancas com delícias gastronômicas. Ao todo, são 72 expositores nas praças Osório (59) e Santos Andrade (13).
A feira da Praça Osório fica aberta de segunda-feira a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos, das 14h30 às 19h30. A feira da Praça Santos Andrade funciona de segunda a sábado, das 10h às 20h e, domingos, das 14h às 18h.

Venda do pinhão está liberada a partir desta segunda-feira


O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) destaca que a colheita, a venda, o transporte e o armazenamento do pinhão estão liberados a partir de segunda-feira, 1º de abril. As normas e instruções são estabelecidas com o objetivo de conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, árvore símbolo do Paraná e ameaçada de extinção.
Mesmo sendo colhido na data permitida, a regulamentação proíbe, em qualquer data, o consumo e a venda das sementes verdes, quando o pinhão apresenta cor esbranquiçada e alto teor de umidade. Nesse estado, as pinhas podem conter fungos e ser prejudicial à saúde.
A recomendação é que a semente seja colhida de pinhas que já caíram, evitando também o risco de queda ao subir numa araucária. “É importante respeitar a data estabelecida para maior probabilidade da semente estar madura, garantindo a perpetuidade da espécie e alimentação da fauna”, explica o chefe do Departamento de Fiscalização Ambiental do IAP, Ivo Good.
Também não é permitida a venda de pinhões trazidos de outros Estados, sendo obrigatório respeitar as normas locais.

MULTA - De acordo com as normas ambientais, a pessoa que for flagrada na venda, transporte ou no armazenamento do pinhão antes de 1º de abril está sujeita a responder a processos administrativo e criminal, além de receber auto de infração ambiental e multa de R$ 300,00 para cada 60 quilos de pinhão.

DENÚNCIAS - Denúncias sobre a venda irregular de pinhão e demais infrações ambientais, podem ser feitas no link “Fale Conosco”, no site do IAP (http://www.iap.pr.gov.br), pelo telefone do IAP Curitiba: (41) 3213-3700 ou regionais do IAP e Polícia Ambiental.

Exposição “História Sem Fim” homenageia a crítica de arte Adalice Araújo

A sala de casa lotada de documentos, a seriedade com a qual levava o seu trabalho e a generosidade com os artistas são algumas das lembranças recorrentes de quem conviveu com a crítica de arte, professora, pesquisadora, historiadora e poeta Adalice Araújo (1931-2012), considerada o principal nome na análise da arte paranaense. Em homenagem à sua trajetória, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR) e a Secretaria de Estado da Cultura apresentam a exposição “História sem fim: o pensamento revolucionário de Adalice Araújo”, que será inaugurada neste sábado (30), às 11 horas, no hall da secretaria.
Com a mostra, que tem curadoria da diretora do MAC-PR, Ana Rocha, e pesquisa do Setor de Pesquisa e Documentação, o museu inicia as celebrações aos seus 50 anos, comemorados em março de 2020. A instituição lança ainda a sua nova logo, outra ação comemorativa rumo ao seu meio século de arte.
A exposição também encerra a programação do Mês das Mulheres promovida pela secretaria ao longo de março, com atrações que reforçaram a importância e o talento de artistas mulheres em diferentes segmentos artísticos.
O evento marcará também a abertura da sala homônima à crítica de arte, administrada pelo MAC-PR e pela Coordenação do Sistema Estadual de Museus (Cosem). A Sala Adalice Araújo, na Secretaria da Cultura, será dedicada exclusivamente a artistas paranaenses.
MOSTRA - “História sem fim: o pensamento revolucionário de Adalice Araújo” retrata parte da trajetória da artista e pesquisadora, apresentando o seu trabalho crítico jornalístico, iniciado em 1969, no Diário do Paraná, com a coluna Artes Visuais - publicada também em parte dos anos 1970 e 1990 na Gazeta do Povo, por meio de obras de mulheres artistas que estão no acervo do MAC-PR, e sobre as quais Adalice escreveu. São elas: Eliane Prolik, Guita Soifer, Dulce Osinski, Juliane Fuganti, Leila Pugnaloni, Letícia Marquez e Ida Hannemann de Campos, falecida no começo de março.
Cronologia, fotografias de Adalice, sua atuação como diretora do MAC-PR (entre 1987 e 1988), um compilado de suas críticas em jornais, publicadas entre 1968 e 1994, e informações sobre a elaboração de sua obra máxima, o “Dicionário das Artes Plásticas do Paraná”, também farão parte da mostra.
Os visitantes poderão entender ainda mais o universo de Adalice na Praça de Leitura, espaço no hall da Secretaria da Cultura que terá vários textos impressos para que os espectadores possam fazer as leituras tranquilamente. A curadora Ana Rocha também fez questão de incluir textos de Adalice sobre outros temas, como literatura, patrimônio e arquitetura. “A ideia é mostrar a amplitude de sua atuação como crítica”, salienta.

DESCENTRALIZAÇÃO DA ARTE - Ana Rocha destaca que Adalice fez um “esforço hercúleo” para descentralizar a produção artística - crítica valorizou e deu espaço aos artistas que, em alguma medida, se sentiam excluídos por estarem fora do eixo Rio-São Paulo. Esse papel também é relembrado por Juliane Fuganti. “A gente deve muito a ela como uma incentivadora ao Paraná”, disse artista.
Juliane conheceu Adalice cedo, logo na primeira exposição que realizou, aos 19 anos. Começou a estudar gravura, ganhou prêmios no Salão Paranaense, do qual Adalice era jurada, e foi incentivada por ela a buscar formação na Belas Artes. Juliana havia estudado Economia. “Ela sempre via o que você tinha de bom. Fazia uma crítica construtiva aos artistas”, diz Juliane, que também se impressionava com a documentação que a crítica mantinha em seu apartamento. “Era um setor de pesquisa melhor do que muitos lugares, a sala inteira era tomada por arquivos”.
A artista Leila Pugnaloni rememora que, no início dos anos 1980, a expectativa máxima dos artistas no Paraná era ter um texto escrito por Adalice sobre a sua obra. “Ela era a pessoa que fazia as melhores análises. Quando ela ia a uma exposição, eu e os outros artistas ficávamos na expectativa”.

VIDA E OBRA - Nascida em Ponta Grossa em uma família de ervateiros, Adalice Araújo iniciou a sua formação artística nos anos 1950, no curso superior de Pintura da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Logo na sequência, seguiu para uma especialização na Itália. De volta ao Brasil, criou e presidiu o Círculo de Artes Plásticas do Paraná, com ateliê coletivo no subsolo da Biblioteca Pública do Paraná, onde começaram artistas como Helena Wong e Antonio Arney.
Na década seguinte, estudou outras técnicas, como Gravura, Xilogravura, Desenho e Crítica Teatral. Em 1969, iniciou sua carreira jornalística no Diário do Paraná com a coluna Artes Visuais, também publicada no jornal Gazeta do Povo entre 1974-1976 e 1978-1994. Em 1971, passou a integrar a Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).
Foi professora no Departamento de Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Dirigiu o MAC-PR entre 1987 e 1988 e desenvolveu projeto de descentralização do 44º Salão Paranaense. Em 2003, recebeu o Prêmio Mário de Andrade da ABCA e, em 2006, publicou o Volume 1 do Dicionário das Artes Plásticas do Paraná (verbetes de A e C) - o segundo, de D a K, foi publicado postumamente. Faleceu em 8 de outubro de 2012, em Curitiba.

A Secretaria de Estado da Cultura está situada na Rua Ébano Pereira, 240, Centro. A exposição “História Sem Fim” ficará aberta à visitação até dia 1º de julho, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h; aos sábados, das 9h às 13h.

MON tem programa voltado para pessoas com mais de 60 anos


O Museu Oscar Niemeyer convida o público para participar da edição de abril do programa Arte para Maiores, voltado especialmente para pessoas maiores de 60 anos. As atividades acontecem na próxima terça-feira (2).
Para esse encontro, a equipe do Educativo do MON preparou uma mediação na exposição “Diáfano – Reflexos, Transparências e Opacidade na Obra de Carlos Fajardo”. Após a visita, acontecerá também uma oficina de prática artística relacionada ao tema da exposição.
São 40 vagas e a atividade é gratuita. Quem tem menos de 60 anos paga apenas o ingresso para entrada no MON. As reservas podem ser feitas pelos telefones 3350-4412 e 3350-4468, ou pelo e-mail: agendamento@mon.org.br. Já as inscrições são feitas diretamente na bilheteria, no dia do evento. Entretanto, sugere-se verificar a disponibilidade de vagas.
É importante que os participantes cheguem com 15 minutos de antecedência e, também, aconselhável usarem roupas e calçados confortáveis, devido à climatização e extensão do museu.

Os ingressos do MON custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada). Maiores de 60 anos têm entrada gratuita. Mais informações: www.museuoscarniemeyer.org.br.


Exposição "Tempo e Memória" vai apresentar a linha do tempo da criação de Curitiba


Um passeio por Curitiba desde sua pré-história até os dias atuais é a proposta da exposição permanente “Curitiba: Tempo e Memória”, que a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) abrirá ao público nesta sexta-feira (29), às 18h, no Memorial de Curitiba. A data coincide com o dia em que a cidade completa 326 anos de fundação. O prefeito Rafael Greca abrirá o evento, que contará também com a exposição dos monumentos de bronze restaurados pela administração municipal e um concerto da Camerata Antiqua.
No mesmo espaço, mas em ambientes diferentes, outras três atrações poderão ser vistas: a exposição dos monumentos de bronze restaurados pela administração municipal, a dos mosaicos inspirados em fotografias de Guilherme Pupo feitas nas ruas de Curitiba e um concerto da Camerata Antiqua.
Esta linha do tempo da ocupação do território, onde nasce o Rio Iguaçu e onde hoje se ergue nossa grande cidade, significa que a história é mestra da vida. Ali está toda Curitiba – dos dias de dinossauro ao Smart City, do sucesso do nosso planejamento urbano e do pioneirismo da inovação”, explica o prefeito Rafael Greca.
Segundo ele, a mostra é importante para os visitantes conhecerem a história da cidade e projetarem o futuro. “Tudo nasce das nossas raízes e ninguém pode amar aquilo que não conhece. Por isso, toda geografia e toda história estão reunidos nesta exposição permanente, que completa o Memorial de Curitiba ao arrematar nosso resgate cultural, iniciado em 1993. Só a tradição gera a inovação”, completa Greca.
Para a presidente da FCC, Ana Cristina de Castro, a mostra promete cativar adultos de todas as gerações e crianças. “As informações estarão disponíveis por meio de recursos variados e acessíveis pelos diversos perfis de público”, conta. Mediadores treinados ajudarão o público organizado em grupos de visitantes a percorrer a mostra.

O ANTIGO E A TECNOLOGIA - Concebida como um evento cultural e didático, o início da mostra colocará os visitantes em contato interativo com a chamada Ave do Terror – um dos animais de grande porte que habitaram a região de Curitiba há cerca de 40 milhões de anos.
Personagem de animação e de realidade ampliada especialmente criada para a mostra, a ave tinha cerca de 2 metros de altura, não voava e se alimentava de carne. Essas informações foram obtidas a partir do estudo dos vestígios fósseis localizados há cerca de cinco anos no geossítio Formação Guabirotuba, na atual CIC.
Informações sobre o bicho poderão ser obtidas por meio de recursos variados, desde os tradicionais painéis até áudio-guias oferecidos em três idiomas e aplicativo para smartphone. A tecnologia também permitirá “tocar” a ave e tirar fotos ao lado dela.

ACERVO - Fruto de seis meses de pesquisa e dois de montagem, a exposição “Tempo e Memória” também reúne documentos manuscritos, fotografias, filmes com sobreposição de imagens antigas e atuais e réplicas de obras de arte. Entre elas estão a primeira imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e quadros pintados por Theodoro de Bona sobre as origens da cidade.
Esses recursos ajudarão os visitantes a caminhar pela evolução da cidade desde a fauna pré-histórica aos paleoíndios que caminharam pelo atual solo curitibano há cerca de 15 mil anos, conhecer a formação da cidade desde a fundação, em 1693, e percorrer os ciclos econômicos da mineração, do tropeirismo e da erva-mate.
Também ganha destaque na mostra a presença dos imigrantes europeus que chegaram à cidade depois dos portugueses e dos afrodescendentes, ajudando a mudar o rosto da antiga capital da província do Paraná, no século XIX, para a cidade de quase 2 milhões de habitantes que se tornou referência mundial em inovação.

A mostra “Tempo e Memória” pode ser visitada de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h.

Precursora das artes visuais no Paraná ganha exposição no Museu Paranaense


O Museu Paranaense (MP) abriu a exposição individual da artista Iria Corrêa, precursora das artes visuais no Paraná. Com curadoria de Amélia Siegel Corrêa e Giselle de Moraes, a mostra “Em Foco: Iria Corrêa” é composta por obras do acervo e coleções particulares, objetos pessoais e uma fotografia (daguerreótipo) pouco conhecida da artista. O evento integra a programação do Mês das Mulheres da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), que evidencia o protagonismo das mulheres em diferentes áreas artístico-culturais.
Para a diretora do Museu Paranaense, Gabriela Bettega, “é uma satisfação trazer à luz as obras da artista Iria Corrêa. A mostra será formada por obras do acervo do museu, de coleções particulares e outras instituições. Todo esse esforço tem como objetivo apresentar sob uma nova abordagem uma artista ainda pouco conhecida e com uma produção fértil”, comenta.

A ARTISTA - Nascida em uma família tradicional de Paranaguá em 20 de outubro de 1839, Iria foi a segunda filha entre nove irmãos. Aos 10 anos foi matriculada no Colégio Particular Feminino James, das britânicas Jéssica e Willie James, onde se destacou nas aulas de música e pintura. A artista produziu obras em crayon, pastel, aquarela e óleo. Entre os temas retratados estavam imagens de santos, paisagens, naturezas-mortas e retratos. Iria Corrêa foi contemporânea de figuras como Julia da Costa e Fernando Amaro, e é considerada uma das mulheres mais instruídas de seu tempo.
Seu pioneirismo está, principalmente, na carreira que desenvolveu como artista em uma época em que as mulheres eram quase invisíveis enquanto profissionais. Ela recebia encomendas, dava aulas e, por um determinado momento, sustentou sua família com seu trabalho – é considerada a primeira mulher a se dedicar profissionalmente à pintura no Paraná. Iria faleceu aos 48 anos, em 14 de março de 1887.
A mostra individual ‘Em foco: Iria Corrêa’ apresenta-se como uma primeira etapa de pesquisa e posicionamento da obra da artista no contexto da arte paranaense e brasileira. O significativo conjunto de obras e objetos de Iria Corrêa que conseguimos reunir, alguns deles nunca expostos em Curitiba, é fundamental para a análise de sua contribuição às artes visuais”, explicam as curadoras.

RECONHECIMENTO - Ainda que o trabalho de Iria Corrêa não seja lembrado como o de outros nomes de referência das artes no Paraná, o reconhecimento ao seu legado tem se intensificado no decorrer dos anos. Em trecho do artigo “Uma Pintora Personagem”, assinado por Juliana de Menezes e publicado no 62º Boletim do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná de 2010, a autora comenta: “Iria não faz parte de uma história da arte paranaense que é, ou deveria ser, contada, salvo exceções. Lembrada, pesquisada e estudada seriamente por pessoas esclarecidas, dentro ou fora das Artes Plásticas do Paraná, que a reconhecem e valorizam os seus trabalhos de um modo geral, sem preconceitos, bem como respeitando-se sua época, considerando tantas adversidades para expandir todo o seu potencial artístico e sensibilidade para o belo”.
De 23 de agosto a 17 de novembro de 2019, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) vai expor duas obras da artista paranaense na exposição “Histórias das Mulheres”, dedicada ao trabalho de mulheres artistas do século XVI ao XIX.

O Museu Paranaense está situado na Rua Kellers, 289, São Francisco, e a exposição “Em Foco: Iria Corrêa” fiará aberta à visitação até dia 15 de julho, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h. Mais informações: 3304-3300 ou www.museuparanaense.pr.gov.br.


quinta-feira, 28 de março de 2019

No MIS, exposição “Revisitando Curitiba” celebra a cidade ao longo do tempo


Para comemorar o 326º aniversário da capital paranaense, o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS/PR) inaugura nesta quinta-feira (28), às 19 horas, a exposição Revisitando Curitiba. A mostra reúne 28 fotografias, todas do acervo do museu, que retratam as transformações vivenciadas pela cidade e seus habitantes ao longo do tempo.
Segundo a diretora do MIS/PR, Cristiane Senn, a proposta da exposição, que será aberta um dia antes da data em que se celebra a fundação de Curitiba, é retratar uma cidade habitada, em movimento, e não apenas a sua arquitetura, seus monumentos e natureza. Nas fotografias selecionadas, veem-se pessoas em situações do dia a dia, ocupando espaços públicos.
Um dos curadores da exposição, o historiador José Luiz de Carvalho, conta que a curadoria buscou imagens da região central de Curitiba. Muitas delas, inclusive, retratam locais próximos à atual sede do museu, à Rua Barão do Rio Branco.
As fotos integram coleções que hoje pertencem ao acervo da instituição – que atualmente conta com mais de um milhão de itens –, como as dos fotógrafos Guilherme Glück, feitas entre as décadas de 1920 e 1950, e Jesus Santoro, que as realizou nos anos 1960 e 1970.
Há também na exposição fotos da coleção que pertenceu ao poeta e escritor simbolista Dario Vellozo, fundador do Instituto Neopitagórico, mostrando Curitiba entre 1920 e 1940. Por fim, compõem a mostra cliques da Coleção do Palácio Iguaçu, que retratam o Centro Cívico, à época de sua construção e inauguração, em 1953, por ocasião do Centenário da Emancipação Política do Paraná.
O conceito da mostra “Revisitando Curitiba” também prevê que essa viagem ao longo do tempo se estenda aos dias atuais, e o visitante saia às ruas da cidade e reconheça logradouros públicos vistos na exposição. A Seção Educativa do museu organizará grupos de interessados em fazer visitas guiadas pela mostra, que também se estenderão pelo Centro da cidade. Esses tours poderão ser agendados pelo e-mail miseducativo@seec.pr.gov.br.

A mostra “Revisitando Curitiba” fica aberta à visitação até o dia 28 de junho, de terça a sexta-feira das 9h às 18h; sábado, domingo e feriado das 10h às 16h. O Museu da Imagem e do Som do Paraná está situado na Rua Barão do Rio Branco, 395, Centro.  Mais informações: 3232-9113 ou www.mis.pr.gov.br.

Museu Paranaense promove curso de língua e cultura kaingang


O Museu Paranaense (MP) está com inscrições abertas para o curso de Língua e Cultura Kaingang, que acontecerá de 3 de abril a 26 de junho. As aulas serão às quartas-feiras, das 17h às 19h, no auditório José Loureiro Fernandes. O curso será ministrado pelo pedagogo Florêncio Rekayg Fernandes, nascido na Terra Indígena Rio das Cobras, no município de Nova Laranjeiras. Os interessados podem acessar o formulário de inscrição em http://bit.ly/lingua_kaingang.
A responsável pelo Setor de Antropologia do MP, Maria Fernanda Maranhão, explica que 2019 é o Ano Internacional das Línguas Indígenas, celebrado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com ações voltadas para a preservação, revitalização e promoção das línguas indígenas no mundo.
Dentro dessa perspectiva de conscientização da população para o direito dos povos originários à sua diversidade linguística e cultural, oferecemos este curso para que o público em geral possa se aproximar deste universo tão pouco conhecido pelos paranaenses”, destaca Maria Fernanda.
Indígena kaingang, Florêncio Rekayg Fernandes ministrou vários cursos para professores indígenas e não indígenas das escolas indígenas do Estado. “Acredito que as minhas iniciativas de valorização e fortalecimento da cultura kaingang para a sociedade não indígena só vêm a contribuir no combate ao preconceito, valorizando sempre o trabalho coletivo e as práticas do meu povo”, comentou.
Desde os primeiros contatos com a escola, Florêncio sentiu necessidade de se aprofundar e adquirir conhecimento dos não indígenas para conseguir contribuir com o seu povo. “Na aldeia ingressei na pré-escola com professores indígenas, visto que, a minha primeira língua foi a materna. Concluí a 4ª série e após essa fase os meus pais me matricularam numa escola fora da aldeia, na cidade, para dar continuidade ao ensino fundamental e cursar o ensino médio”, relembra.
Por orientação de professores não indígenas e das próprias lideranças de seu povo, Florêncio teve a oportunidade de dar aulas na mesma escola onde estudou na infância. E desde então não parou mais.
Iniciou com a formação para o Magistério, depois licenciou-se em Pedagogia pela Universidade Católica Diocesana do Sudoeste do Paraná, em Palmas, seguida de especialização em Gestão Escolar, Supervisão Escolar e Orientação Educacional, na Faculdades Integradas Camões, em Curitiba, e de mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Hoje é doutorando em Antropologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador pedagógico na Educação Básica pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Este evento integra o Abril Indígena do Museu Paranaense. A programação prevê uma mesa-redonda sobre arte contemporânea indígena e apresentações dos povos Fulni-ô durante o mês de abril.

Mais informações: 3304-3300 ou http://www.museuparanaense.pr.gov.br.

Concerto na Capela Santa Maria mostra contribuição feminina à música erudita


“Do Convento à Sala de Concerto” é o espetáculo internacional que estreia na Capela Santa Maria nesta quinta-feira (29), às 21h. O concerto traz a soprano brasileira radicada em Londres Gabriella Di Laccio, que chega ao Brasil logo após ser nomeada uma das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo pela rede britânica BBC.
Ao lado da pianista Cristina Capparelli e da pianista e compositora Catarina Domenici, a soprano apresenta um recital de voz e piano com repertório que cobre mais de cinco séculos de contribuição feminina para a música erudita ocidental. A peça integra a programação do Festival de Teatro de Curitiba, é livre para todas as idades e os ingressos custam R$ 70,00 e R$ 35,00 (meia).
Homens compositores da música clássica são citados com frequência e suas obras estão em renomadas casas de concertos do mundo, mas poucas pessoas conhecem as grandes compositoras eruditas”, explica Gabriella.
A soprano começou a se dedicar a esse universo ao descobrir a Enciclopédia Internacional das Mulheres Compositoras, publicada em 1987 pelo pesquisador Aaron Cohen. Gabriella foi incluindo peças dessas mulheres em suas apresentações. Formada pelo Royal College of Music e passando pela Universidade de Música e Belas Artes do Paraná, ela criou o site Donne Women in Music, em que divulga obras de autoras clássicas.
Segundo um levantamento recente feito pelo selo independente de música clássica Drama Música, dos 1.445 concertos clássicos programados para 2018 e 2019, apenas 76 contém ao menos uma peça escrita por uma mulher, o que nos mostra que 95% das apresentações terão apenas músicas compostas por homens”, conta Gabriella.


segunda-feira, 25 de março de 2019

Programa Rosto da Cidade começa a recuperar imóveis particulares


A Casa Federico Kirchgässner, na Rua Treze de Maio, é o primeiro imóvel particular a ser pintado e receber a resina antipichação pelo programa Rosto da Cidade. Os trabalhos começaram neste fim de semana para limpar a pichação e restaurar as cores originais da casa modernista projetada em 1929 pelo arquiteto alemão que dá nome à construção.
O nosso programa quer preservar do vandalismo o Rosto Histórico da Cidade de Curitiba, num perímetro que vai do Alto de São Francisco até a velha Estação, do Passeio Público até as ruas XV e Comendador Araújo”, explica o prefeito Rafael Greca.
A atuação em imóveis particulares é permitida após aprovação de um projeto do Executivo na Câmara Municipal de Curitiba. Estão em fase final os trabalhos de restauro dos imóveis públicos, inseridos na primeira etapa do programa. Tratam-se de um total de 16 construções, além das trincheiras da Rua Treze de Maio, Travessa Nestor de Castro e Alameda Augusto Stellfeld.

ADESÃO - De acordo com a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, já estão mapeados cerca de 140 imóveis particulares que estariam aptos a participar do programa. “Três proprietários já fizeram a adesão”, conta. “Com a autorização, o município faz a pintura, aplica a resina e o proprietário se responsabiliza pela manutenção”, completa Marilza.
Os proprietários de imóveis interessados em fazer parte do programa Rosto da Cidade deverão fazer o cadastro no site www.curitiba.pr.gov.br/rostodacidade e protocolar o termo de adesão na Prefeitura, no núcleo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente na Rua da Cidadania da Matriz ou na sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, na Avenida Manoel Ribas, 2.727, Mercês.

ROSTO - Com seis etapas de execução, o Rosto da Cidade é uma ação conjunta desenvolvida pelo Ippuc, em parceria com a Fundação Cultural e das secretarias municipais do Meio Ambiente e de Obras Públicas. Além da pintura, prevê intervenções nos monumentos, iluminação pública e acessibilidade.

Biblioteca Pública dá marcadores de página que homenageiam escritoras

A Biblioteca Pública do Paraná distribui no mês de março marcadores de página que homenageiam as mulheres. A série contempla três importantes autoras: a romancista inglesa Virginia Woolf (1882-1941) e as poetas brasileiras Helena Kolody (1912-2004) e Ana Cristina Cesar (1952-1983). As ilustrações são do artista gráfico Samuel Casal.
Além dos desenhos, os marcadores também trazem informações biográficas sobre as homenageadas, além de um resumo da história da BPP, que neste mês completou 162 anos. Com tiragem de 3 mil exemplares (1 mil por autora), a distribuição é gratuita e acontece no balcão de empréstimos da Biblioteca.
A atividade da BPP faz parte da programação do Mês das Mulheres, série de eventos promovida pela Secretaria de Estado da Cultura e que visa a valorização da mulher na área cultural. Mais informações sobre a programação no site www.cultura.pr.gov.br.

COLEÇÃO DE MARCADORES - Esta é a quarta edição da Coleção BPP de Marcadores de Página. O primeiro conjunto homenageou os escritores Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, Jorge Amado e Machado de Assis. A segunda edição trouxe desenhos de Jamil Snege, Samuel Beckett, Clarice Lispector e Graciliano Ramos. A terceira contemplou Mário de Andrade, W.G. Sebald, Caio Fernando Abreu, William S. Burroughs, Miguel de Cervantes e Valêncio Xavier. Os desenhos foram assinados por importantes artistas do Paraná e outras regiões do Brasil.

Informações: (41) 3221-4917.

Conservatório de MPB terá curso de produção sonora e musical


Produção Sonora e Musical é tema de um curso especial no Conservatório de MPB de Curitiba. A atividade ministrada pelo produtor e instrumentista Gerson Kornin explora a criatividade com as ferramentas de gravação digital. São quatro encontros de 3 horas/aula, sempre aos sábados das 10h às 13h, para músicos, compositores, arranjadores e produtores com conhecimentos musicais de nível médio. As inscrições estão abertas até dia 27 de março, pelo e-mail conservatorio@fcc.curitiba.pr.gov.br.
Os encontros visam aumentar o entendimento sobre recursos de produção sonora do estudante, aliando conhecimentos artísticos com as atuais ferramentas digitais disponíveis. São previstas explanações teóricas, apoiadas por apresentações em Power Point, explanações práticas em DAW (digital audio workstation), com acompanhamento de trabalhos propostos, produzidos ou em produção pelos alunos. Mais informações: 3321-3315

EXPERIÊNCIA - Gerson Kornin é compositor, arranjador, instrumentista e bacharel em Música. Utilizando a tecnologia dos VSTIs (Virtual Studio Technology Instruments) e DAWs (Digital Audio Workstations) produz gravações de trilhas sonoras e composições com inserção no mercado internacional.
Tem experiência em várias formações de grupos musicais, entre orquestras sinfônica e de câmera, bandas de jazz, instrumental, rock e MPB.

Conheça o trabalho de Gerson Kornig:

http://indiesound.com/u/gkornin
https://gekornin.wixsite.com/producaosonoramusica
https://www.youtube.com/watch?v=ZNsVJ9oQJnI&list=PLCJoz3dWUH6pFfjyA8bfca1Zga_ceUluW
*Também está no Spotify, iTunes, Deezer, Tidal, Amazon e Cinematic Electro Channel (Youtube)

Filmes inéditos abrem a programação do Cine Passeio nesta quinta-feira


O Cine Passeio abre suas portas ao público na quinta-feira (28) com a estreia do filme “Albatroz”, que será exibido simultaneamente nas Salas Luz e Ritz, às 20h. O lançamento terá a presença do diretor Daniel Augusto e dos atores Alexandre Nero e Maria Flor e dará início oficialmente às atividades do novo complexo cultural, que será inaugurado pela Prefeitura e Fundação Cultural de Curitiba nesta quarta-feira (27), como parte das comemorações do aniversário da cidade.
A partir de sexta-feira (29) entra em cartaz uma programação de lançamentos e filmes inéditos, nacionais e estrangeiros. Além da produção “Albatroz”, serão exibidos na Sala Ritz os filmes “Vox Lux: O Preço da Fama” e “Suspíria: A Dança do Medo”. Na Sala Luz serão apresentados “Happy Hour: Verdades e Consequências, “Uma Viagem Inesperada” e “Um Banho de Vida” (o único já exibido).
Outra exclusividade da programação é o filme “Morto Não Fala”, uma produção nacional inédita, do gênero terror, que só chegará ao circuito comercial em meados deste ano. O filme será mostrado na sessão da meia-noite de sexta-feira (29), com a presença do diretor Dennison Ramalho.
Essa sessão especial acontecerá regularmente uma vez por mês. Haverá também a sessão matinê, aos domingos, às 10h30, duas vezes por mês. Neste primeiro domingo a atração é o filme infantil “Tito e os Pássaros”.              
No Estúdio Valêncio Xavier (sala multiuso, com projetor móvel e tela retrátil) será exibida a “Mostra Glauber Rocha”, com os principais filmes do cineasta brasileiro, que estaria completando 80 anos em 2019. A mostra será aberta sábado (30), às 15h, com uma palestra do crítico de cinema Fernando Brito sobre a vida e a obra de Glauber Rocha (1939-1981).
Também no sábado, às 19h30, o cinema a céu aberto exibirá o filme “Estômago”, de Marcos Jorge, dentro do projeto Cinco Sentidos. A atriz Fabíula Nascimento, que faz parte do elenco, estará presente.
Durante a sessão haverá um evento de gastronomia e os participantes poderão degustar um menu especialmente criado pela Coffeterie Passeio. O valor do ingresso (a ser definido) inclui o menu. O cinema a céu aberto está localizado no terraço do Cine Passeio.

CURADORIA - A programação do Cine Passeio conta com curadoria do crítico de cinema Marden Machado e do cineasta Marcos Jorge. A proposta, de acordo com os curadores, é garantir ao público curitibano uma seleção de filmes de qualidade. A programação da semana inaugural é um retrato do que se pretende oferecer.
A ideia é sair da dieta oferecida pelas salas de shopping. Há muitos filmes interessantes que não conseguem espaço de exibição. Nossa intenção é explorar esse conjunto e oferecer um cardápio diversificado, que seja representativo do cinema brasileiro e internacional, dos diferentes diretores e movimentos cinematográficos”, explica Marden.
De acordo com o curador, a Sala Ritz exibirá preferencialmente filmes com maior apelo de público, enquanto a Sala Luz será dedicada a filmes experimentais, alternativos ou pouco conhecidos, que despertam o debate e a reflexão. “Nossa intenção é que o Cine Passeio seja um porto seguro para aqueles que gostam de ir ao cinema para ver um bom filme. Queremos que essas pessoas possam ir até lá mesmo sem consultar a programação, mas tendo a certeza de que sempre vão encontrar um filme interessante, provocativo, criativo, inovador”, destaca Marden.
O curador enfatiza que o Cine Passeio será um espaço onde o audiovisual poderá ser apreciado não só como um produto acabado, mas será discutido e conversado, fazendo com que a experiência cinematográfica não fique limitada somente à sala de cinema. “O Cine Passeio é um oásis dentro da vida cultural da cidade, não só pelo resgate de um espaço físico, mas pelo resgate da tradição do cinema de rua”, afirma.

CASA DO CINEMA - O cineasta paranaense Marcos Jorge explica que a proposta curatorial é oferecer um mix equilibrado de filme autorais e comerciais, com particular cuidado com o cinema brasileiro. Marcos Jorge destaca as várias outras atividades que acontecerão no Cine Passeio, envolvendo antologias temáticas e de autores, como a Mostra Glauber Rocha, além de master classes com importantes profissionais do cinema.
Ele lembra que as sessões da meia-noite e as matinês de domingo também foram inseridas na programação por fazer parte da tradição dos antigos cinemas de rua. “São tradições nostálgicas. Eu cresci e despertei para a arte do cinema vendo filmes nas matinês”, conta. E da mesma forma, foi numa sessão da meia-noite do antigo Cine Astor, na Rua Voluntários da Pátria, que Marcos assistiu ao filme que considera ser a sua maior influência – “Koyaanisqatsi”, de Godfley Reggio.
O cineasta acredita que o Cine Passeio será a casa do cinema paranaense e um espaço que chamará a atenção do país. “O Cine Passeio se apresenta ao mesmo tempo como algo de vanguarda e de resgate do cinema clássico. Isso é algo muito raro no cinema brasileiro”, avalia.

INGRESSOS - As sessões têm horários variados e os ingressos poderão ser adquiridos na própria bilheteria a R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada).
A Coffeterie Passeio funcionará de terça-feira a domingo, das 10h às 22h. Haverá dois estacionamentos conveniados na região: Tri Park (Rua 13 de Maio, 411) e Cine Park (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 347).


PROGRAMAÇÃO DO CINE PASSEIO DE 28/3 A 3/4

SALA RITZ

ALBATROZ (Brasil/Israel, 2017, suspense, 93’)
Casado com Catarina, Simão se apaixona pela atriz judia Renée, com quem viaja a Jerusalém. Ali o fotógrafo registra um atentado terrorista e se torna mundialmente famoso, porém muitos disparam críticas à sua atitude: em vez de tentar evitar a tragédia, preferiu fotografar.
Elenco: Alexandre Nero, Andréa Beltrão, Maria Flor, Camila Morgado
Direção: Daniel Augusto
Classificação Indicativa: 12 anos
Estreia: 28/3 – 20h (abertura oficial das salas de exibição)
Data e horário: 29/03 a 03/04 – 14h45
Ingressos: R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)

SUSPÍRIA: A DANÇA DO MEDO (EUA, leg, 2018, suspense/terror, 152’)
Susie Bannion, uma bailarina americana, vai para a prestigiada Markos Tanz Company, em Berlim. Assim que ela chega, Patricia desaparece. Tendo um progresso extraordinário com a orientação de Madame Blanc, Susie faz amizade com outra dançarina, Sara, que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras.
Elenco: Dakota Johnson, Tilda Swinton, Doris Hick
Direção: Luca Guadagnino
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 17h30
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)

VOX LUX: O PREÇO DA FAMA (EUA, leg, 2018, drama, 170’)
Celeste (Natalie Portman) é uma menina que sobrevive após uma grande tragédia, o que a torna conhecida nacionalmente. Após um tempo, ela se lança como cantora e alcança o estrelato.
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Stacy Martin, Raffey Cassidy
Direção: Brady Corbet
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e Horário: 29/3 a 3/4 – 20h15
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)


SALA LUZ

UM BANHO DE VIDA (França, leg, 2018, Comédia, 122’)
Bertrand está no auge dos seus 40 anos e sofre de depressão. Depois de usar uma série de medicamentos que não surtiram nenhum efeito, ele começa a frequentar a piscina do bairro em que vive. Lá ele conhece outros homens com histórias semelhantes à sua.
Elenco: Mathieu Amalric, Guillaume Canet, Benoît Poelvoorde
Direção: Giles Lellouche
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 15h
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada).

UMA VIAGEM INESPERADA (Brasil, leg, 2018, Drama, 86’)
Pablo é um engenheiro argentino que mora no Brasil. Ele trabalha como responsável pela criação de uma nova plataforma de petróleo numa empresa localizada no Rio de Janeiro. Porém, quando seu filho passa por um problema, Pablo retorna em busca de soluções.
Elenco: Pablo Rago,Tomás Wicz, Débora Nascimento
Direção: Juan José Jusid
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 17h45
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)

HAPPY HOUR: VERDADES E CONSEQUÊNCIAS (Argentina, leg, 2018, Comédia, 115’)
Após um acidente, Horácio muda completamente suas perspectivas de vida e decide confessar para sua esposa, Vera, que deseja ter relações com outras pessoas, embora ainda queira continuar o casamento.
Elenco: Letícia Sabatella, Pablo Echarri, Luciano Cáceres
Direção: Eduardo Albergaria
Classificação Indicativa: 14 anos
Data e horário: 29/3 a 3/4 – 20h
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada).


SESSÃO DA MEIA-NOITE

MORTO NÃO FALA (Brasil, 2018, terror, 110’)
Plantonista de um necrotério, Stênio possui um dom paranormal de se comunicar com os mortos. Porém, quando essas conversas revelam segredos sobre sua própria vida, o homem ativa uma maldição perigosa para si e todos a sua volta.
Elenco: Daniel de Oliveira, Fabíula Nascimento, Bianca Comparato, Marco Ricca
Direção: Dennison Ramalho
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e horário: 29/3 (sexta-feira) – meia-noite
Local: Salas Luz e Ritz
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)


CINEMA A CÉU ABERTO

ESTÔMAGO (Brasil, 2007, Drama, 110’)
Raimundo Nonato é um migrante nordestino que chega à cidade grande em busca de oportunidade. Aprende a profissão de cozinheiro, na qual se desenvolve e recebe uma melhor oportunidade de trabalho. Sua vida se complica ao se envolver com a prostituta Iria.
Elenco: João Miguel Serrano, Fabíula Nascimento, Babu Santana, Carlo Briani
Direção: Marcos Jorge
Classificação Indicativa: 16 anos
Data e Horário: 30/3 (sábado) – 19h30
Local: Terraço
$ confirmar


MOSTRA GLAUBER ROCHA - 80 ANOS

30/03 - 15h Palestra Glauber Rocha - 80 anos, com Fernando Brito                                     / 17h Exibição do filme “Barravento”                                       
31/03 - 17h “Deus e o Diabo na Terra do Sol’                                   
02/04 - 19h “Terra em Transe”                                
03/04 - 19h “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”                                 
04/04 - 19h “O Leão de Sete Cabeças”                                 
05/04 - 19h “A Idade da Terra”
Local: Estúdio Valêncio Xavier                                 
$ gratuito


SESSÃO MATINÊ

TITO E OS PÁSSAROS (Brasil, 2018, Animação, 73’)
O filme conta a história de um menino que é responsável, junto com seu pai, por achar a cura para uma doença que é contraída após a pessoa tomar um susto.
Elenco: Pedro Henrique, Marina Serretiello, Matheus Solano, Enrico Cardoso
Direção: Gustavo Steinberg/Gabriel Bitar/André Catoto
Classificação Indicativa: livre
Data e horário: 31/3 (domingo) – 10h30
Local: Salas Luz e Ritz
R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada)