segunda-feira, 26 de março de 2018

Grupo Corpo abre 27º Festival de Curitiba com interpretação dos ritmos da umbanda


O mineiro Grupo Corpo abre o Festival de Curitiba com o espetáculo que é considerado uma de suas obras primas, “Gira”, na noite de 27 de março, no Teatro Guaíra. A companhia de dança ainda se apresenta nos dias 28 e 29 de março com o programa duplo aberto ao público “Dança Sinfônica + Gira”.
É a primeira vez que “Gira” é apresentada em Curitiba. Segundo os curadores da Mostra 2018, Guilherme Weber e Márcio Abreu, responsáveis por convidar os espetáculos participantes, “Gira” traz “os corpos carne e os corpos espírito dos bailarinos em uma celebração da identidade nacional através da leitura de Pederneiras e do grupo Metá Metá para ritos religiosos que recriaram no Brasil uma África simbólica e sua memória de origens fundantes”.
“Dança Sinfônica”, por sua vez, “é uma viagem memorialística pelos quarenta anos da Companhia mineira com os bailarinos presentificando em seus corpos um vocabulário construído através de diferentes peças, em uma vitória da arte contra o tempo”, na opinião dos dois curadores.

“Gira - Os ritos da umbanda” – A mais cultuada das religiões nascidas no Brasil, resultado da fusão do candomblé com o catolicismo e o kardecismo – são a grande fonte de inspiração da estética cênica de “Gira”. Exu, o mais humano dos orixás – sem o qual, nas religiões de matriz africana, o culto simplesmente não funciona – é o motivo poético que guia os onze temas musicais criados pelo Metá Metá para “Gira”. Mergulhar no universo das religiões afro-brasileiras para se alinhar ao tema proposto pelo Metá Metá foram as primeiras providências dos criadores do Grupo Corpo.
Alimentado pela experiência em ritos de celebração tanto do candomblé quanto da umbanda - em especial as giras de Exu -, Rodrigo Pederneiras reconstrói o poderoso glossário de gestos e movimentos a que teve acesso. Nos figurinos, Freusa Zechmeister adota a mesma linguagem para todo o elenco, independente do gênero: torso nu, com a outra metade do corpo coberta por saias brancas de corte primitivo e tecido cru.

“Dança Sinfônica” - Criada para a celebração dos 40 anos de atividade do Grupo Corpo, em 2015, “Dança Sinfônica” se estrutura a partir da reconstrução de memórias da companhia. Marco Antônio Guimarães - autor de trilhas como 21 (1992) e Bach (1996) - funde em uma só trama peças inéditas e passagens musicais que evocam balés que marcaram a história recente da companhia.
O conjunto de temas, escrito para a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e interligado por pontes musicais executadas pelo grupo Uakti, permite a Rodrigo Pederneiras revisitar o vocabulário que havia deixado para trás e sintetizar a escritura coreográfica de 34 anos de residência na companhia.
Garimpados nos acervos particulares de profissionais que colaboraram ou exerceram algum tipo de influência na trajetória do Grupo Corpo ao longo desses 40 anos – de bailarinos e maîtres de ballet a técnicos e camareiros –, mais de mil flagrantes fotográficos informais compõem o painel cenográfico, de oito por 16 metros do espetáculo.

Ingressos - A venda dos ingressos será pelo site www.festivaldecuritiba.com.br, pelo aplicativo “Festival de Curitiba 2018” e nas bilheterias oficiais do evento, no ParkShoppingBarigüi, com funcionamento das 11h às 23h, de segunda a sexta; no sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 14h às 20h; e no Shopping Mueller, de segunda a sábado, das 10h às 22h, domingos e feriados das 14h às 20h.


Circuito Cultural Ademilar traz programação para todos os estilos


Em seu segundo ano, o Circuito Cultural Ademilar fomenta a cena cultural de Curitiba e incentiva cerca de 20 projetos. A Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário já é a terceira maior investidora privada da cultura local. A iniciativa teve início em 2017, quando a empresa passou a usar a Lei do Mecenato Municipal para incentivar projetos com recursos do ISS - Imposto Sobre Serviços. Neste ano, a expectativa é investir cerca de R$ 1 milhão em projetos culturais.
"Nós sempre apoiamos as manifestações culturais, mas desde o lançamento do Circuito, no ano passado, passamos a trabalhar com um calendário de ações durante todo o ano que contemplam praticamente todas as áreas. Desta forma, estamos gerando empregos para empreendedores culturais e artistas e, principalmente, oferecendo entretenimento e aproximação com a arte para o público" destaca Tatiana Schuchovsky Reichmann, diretora-superintendente da Ademilar.

Teatro - O teatro vai ganhar uma peça de importância artística e que promete instigar o conhecimento do público infanto-juvenil. A peça “Da Vinci, O Mago do Conhecimento”, vai mesclar diferentes linguagens cênicas - como teatro de atores, bonecos e de sombras - para resgatar a história de um dos mais importantes gênios da civilização de todos os tempos: Leonardo Da Vinci.
O Circuito também está no Festival de Teatro de Curitiba com a peça “Boca Maldita”, que promete transformar em comédia algumas das principais histórias do centro de fofocas da capital paranaense. A peça fica em cartaz até junho no Teatro Lala Schneider.
E no mês de agosto, o Guairinha recebe uma programação intensa, com 20 apresentações em dez dias, com a “Mostra Novos Repertórios”, que vai oferecer teatro, dança e performances gratuitamente ao público.

Música - Todos os domingos na tradicional Feira do Largo da Ordem, o grupo Choro & Seresta faz um show para o público. Dentro do Circuito Cultural, sempre no primeiro domingo do mês, eles recebem um músico de destaque nacional. As apresentações são ao ar livre em um dos principais pontos turísticos de Curitiba.
E para promover e valorizar a produção musical brasileira dirigida às crianças, a partir deste ano, o projeto “Curitibim” entra no calendário do Circuito. Em agosto, o Guairinha vai receber músicos de todo o Brasil em um dos maiores festivais do gênero do país.
A música de câmara também tem vez na programação. O projeto “Sopro 5” promove a partir do mês de abril seis concertos temáticos com repertórios exclusivos em espaços diferentes de Curitiba. A ideia é desmistificar o conceito de que a música erudita é inacessível e de difícil entendimento.
Mas a área musical não é só feita de atrações. O Circuito também incentiva a segunda edição da “Feira Internacional de Música”, que acontece entre os dias 20 e 23 de junho no Portão Cultural. A FIMS é um espaço estratégico de negócios criado especialmente para reunir artistas, empresários, produtores, selos, gravadoras, diretores de festivais e outros eventos com o intuito de movimentar o mercado musical do Sul do país e divulgá-lo para o restante do Brasil e a América Latina.

Audiovisual - A capital paranaense é um dos maiores centros de desenvolvimento da produção audiovisual brasileira, e o Circuito Cultural em 2018 está apoiando a produção de quatro filmes. O primeiro deles é o “Itálicos”, que mostra a saga dos imigrantes italianos até a região de Santa Felicidade; “No Campo da Galícia” resgata a memória de 100 mil imigrantes polacos no Paraná no final do século XIX; “Parabéns a Você”, um curta-metragem de ficção que se passa em 1988, traz um momento turbulento do país; e “Cinturão de Rosilete” apresenta a história da campeã mundial de boxe Rosilete dos Santos.

Literatura - Um circuito de contação de histórias destinado a crianças da rede municipal de ensino, professores, artistas, agentes de leitura, universitários e idosos, o projeto “Narrativas Itinerantes” vai percorrer todas as regiões de Curitiba levando o incentivo à literatura por meio de um versátil repertório de histórias do conto popular.
Um dos projetos de maior repercussão da cena cultural local no último ano foi o “Mostra Literatura Paraná”, também incentivado pela Ademilar, e para quem pensava que o projeto acabaria com as ativações no Pilarzinho, CIC, Uberaba e Butiatuvinha se enganou. Em abril a “III Mostra Curitiba”, que faz parte da programação do Festival de Teatro, vai trazer os jovens que participaram do projeto nas comunidades para o “Cortejo Literário”, onde grandes nomes da literatura paranaense ganham voz com leituras poéticas nas ruas da região Central.

Dança - O projeto “Disparate” promoverá 20 apresentações gratuitas no Memorial de Curitiba. Coreógrafos profissionais vão explorar o processo de criação com ações que prometem envolver o público e despertar o interesse pela dança.

Múltiplas manifestações - O Circuito também incentiva projetos que celebram etnias, como o “Circuito Cultural Árabe”. Durante dois finais de semana de agosto uma programação intensa vai exaltar as tradições do Oriente Médio com danças folclóricas, apresentações musicais, gastronomia e oficinas.
O patrimônio cultural do Paraná também está contemplado no Circuito com o projeto “Fandango, Registro Material”, uma ação que resgata antigas composições em um livro e promove apresentações de fandango no litoral e na capital do Estado.

Game - Você sabia que Graciosa, nome da bela serra do litoral paranaense, era uma mula? Essa história será contada por meio de um jogo digital de estratégia e sobrevivência em 3D. No game “A Jornada da Graciosa”, a Mata Atlântica paranaense da época dos exploradores é recriada, e a mula que dá nome ao jogo e à serra será a guia dos aventureiros para o desconhecido em uma viagem pelas lendas, pelos mitos e mistérios do lugar.

Artes Visuais - A artista Sandra Hiromoto e a cantora e compositora Fernanda Takai se unem para a exposição “Interafetividade”, que acontece no mês de maio no Pátio Batel. Um ambiente interativo será criado a partir de técnicas digitais, oferecendo ao espectador uma experiência sensorial em um mundo imaginário, onde se contemple uma exposição virtual, alinhando-se a música ao toque.

Mais informações sobre as atrações do Circuito Cultural podem ser obtidas pelo telefone: 3107-2020.

Biblioteca inaugura segunda etapa de modernização


A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) inaugura nesta terça-feira (27) a segunda etapa da modernização de sua sede. A obra faz parte de um amplo processo de reformulação iniciado em 2011, cujos objetivos são melhorar as instalações, aperfeiçoar o atendimento e ampliar os serviços oferecidos. A solenidade acontece às 10h, com a presença do diretor da instituição, Rogério Pereira, do diretor-geral da Secretaria de Estado da Cultura, Jader Alves, e de Marcus Vinicius Aguiar, diretor de relações institucionais e governamentais da Renault - empresa que viabilizou os recursos para a reforma.
O projeto, concebido pelo arquiteto Manoel Coelho, inclui a revitalização das salas destinadas à Literatura, Periódicos, Multimeios e Infantil. Todos os espaços receberam novo mobiliário, iluminação e pintura. Além disso, os funcionários ganharam uma nova cantina. Banheiros também foram reformados.
Nas duas primeiras fases de modernização da BPP, foram investidos R$ 4,6 milhões. Para a terceira fase, a ser iniciada em breve, serão destinados mais R$ 1,8 milhão da Renault e outros R$ 2 milhões do orçamento da própria Biblioteca.
A primeira fase da revitalização do prédio histórico foi finalizada em março de 2017, quando a Biblioteca Pública completou 160 anos. Foram reformados o auditório, o hall do segundo andar, os banheiros do térreo e a seção de empréstimos - que foi remanejada para dar lugar a um café, cuja instalação está prevista para o segundo semestre deste ano. As mudanças realizadas desde 2011 transformaram a Biblioteca Pública em um verdadeiro espaço de cultura, cursos e convivência, por onde passam, diariamente, cerca de 2 mil pessoas.
Mais informações: 3221-4917 ou www.bpp.pr.gov.br.


Museu Paranaense abre exposição sobre Frederico Lange de Morretes


O Museu Paranaense inaugura na quarta-feira (28) a exposição “Arte e Ciência entrelaçadas: Frederico Lange de Morretes”. Os visitantes poderão conhecer o universo das obras de arte e das produções científicas de Lange, pesquisador do museu, malacologista e artista plástico, falecido em 1954. A mostra permanece até 22 de julho de 2018. A entrada é gratuita.
O acervo inédito traz obras reunidas em diferentes instituições do Paraná, proporcionando uma viagem no tempo, além de fotografias de exposições, estudos e desenhos, conchas, zoólitos (artefatos em forma de animais de sambaquis do litoral sul do Brasil), entre muitos outros.
A ideia da exposição surgiu em 2017 após o Museu Paranaense receber a doação de cerca de 700 peças – por parte de familiares de Lange – com pertences pessoais como pincéis e palhetas, artigos científicos, estudos e materiais arqueológicos. “Mesmo após 64 anos de sua morte é possível reviver a memória e se aproximar deste importante artista-pesquisador do Paraná”, diz uma das curadoras da exposição e arqueóloga do Museu Paranaense, Claudia Parellada.

LANGE DE MORRETES - O artista plástico e pesquisador do Museu Paranaense nasceu em 1892, em Morretes, Litoral do Paraná. Foi aluno de Alfredo Andersen aos 13 anos e em 1910, incentivado por Andersen, partiu para a Alemanha e estudou artes gráficas em Leipzig e Belas Artes em Munique. Em 1920 voltou para o Brasil e se dedicou às artes e às ciências, lecionando no Ginásio Paranaense e na Escola Normal. Participou da fundação da Escola de Belas Artes do Paraná, em 1948, ministrando Anatomia e Fisiologia. Foi responsável pela descoberta de novas espécies de moluscos no litoral brasileiro. Morreu em 19 de janeiro de 1954, vítima de um infarto fulminante, após retornar de uma excursão científica. Conforme desejo manifestado em vida, foi enterrado em pé na sua cidade natal e em direção ao pico do Marumbi.
Mais informações: 3304-3300 ou www.museuparanaense.pr.gov.br.

MON abre duas exposições nesta terça-feira

O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura duas novas exposições nesta terça-feira (27), às 19h: “Narrativas em Processo: Livros de Artista – Coleção Itaú Cultural”, na sala 1, e “Seleta Crômica e Objetos”, do artista Tony Camargo, na sala 2.

Narrativas em Processo: Livros de Artista – Coleção Itaú Cultural

Com curadoria de Felipe Scovino, a mostra reúne trabalhos que expandem o conceito e a forma de um objeto mágico – o livro – para muito além do que o público está acostumado. A exposição se propõe a investigar as diferentes relações que podem ser estabelecidas entre objeto e artista. Com foco na criação brasileira, explora 150 anos desse tipo de produção.
Dividida em oito núcleos, inicia com obras de Angelo Agostini (1843 –1910), desenhista que se dedicou a caricaturas e charges durante o Segundo Reinado. Há também referências ao design gráfico, literatura, poesia concreta, livro-objeto e mais.

Seleta Crômica e Objetos – Tony Camargo

“Seleta Crômica e Objetos” é uma exposição panorâmica que contempla 20 anos de produção do artista paranaense Tony Camargo. A mostra reúne pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos.
A produção de Tony Camargo sintetiza importantes questões poéticas da arte brasileira produzida a partir dos anos 2000. Conjugando o rigor visual da tradição construtiva com ações performáticas e o humor do gosto popular, o artista trabalha o confronto de sistemas poéticos aparentemente opostos, explorando os limites do espaço e da linguagem pictórica.

“Seleta Crômica e Objetos” fica em cartaz até o dia 1º de julho de 2018, e “Narrativas em Processo: Livros de Artista – Coleção Itaú Cultural”, até o dia 24 de junho de 2018. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada). Nas quartas-feiras, a entrada é gratuita. Mais informações: 3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br.

Memorial de Curitiba recebe mostra inédita de pinturas de Nini Policappelli


Em comemoração ao aniversário da cidade, a Fundação Cultural de Curitiba abre nesta terça-feira (27) às 19h, a mostra “Policappelli Apresenta”, que exibe pinturas do italiano radicado em Curitiba, Nini Policappelli. A exposição ocupa o Salão Paranaguá do Memorial de Curitiba e vai apresentar 40 obras do acervo pessoal do artista.
A homenagem a cidade foi recebida pelo prefeito Rafael Greca com grande animação, que contagiado pelas obras do artista, comentou o primeiro encontro com Nini: “Margarita e eu conhecemos numa noite na sua villa curitibana, e foi um alumbramento. Vimos que era como nós, feito da mesma matéria dos sonhos. Agora o compartilhamos com a amada Curitiba”, disse o prefeito.
Esta é a primeira vez que Policappelli expõe no Brasil, mesmo vivendo há mais de uma década na capital paranaense. Desenhista, pintor, escultor, designer gráfico e de moda, arquiteto, cientista e inventor, descreve sua criatividade como “arte mental”. Seu fascínio pela forma e cor, substância e dimensão é a essência de sua arte.
As pessoas olham para uma parte do meu trabalho e normalmente não aceitam tudo de uma vez. Em cada visualização, elas veem um significado maior, refletido no movimento, focalização e cores", comenta sobre suas obras.
A vida de Policappelli se reflete nas linhas e cores que ele cria e existe uma energia intensa e penetrante que o rodeia. “A simplicidade é crucial, ajuda-me a entender o hoje e a tirar proveito com o progresso do futuro", diz.
A pluralidade de suas produções e a diversidade de seus interesses profissionais o conduziram a pesquisar os mais diversos materiais e técnicas, inseridos na sua produção artística. Em suas últimas obras usa o alumínio, o aço inox, a seda, que passaram por tratamentos especiais para poderem receber as camadas de pintura, que não são realizadas com pincel.
A exposição fica no Memorial até dia 27 de maio. A visitação é aberta de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h.

Nini Policapelli - Italiano de Triggiano, província da Puglia, Nini escolheu Curitiba para viver nos últimos 10 anos e ficar próximo do seu único filho. Desenhista desde criança, após uma formação básica em sua terra natal, na adolescência teve aulas com Giovanni Rossani, a quem considera um grande educador, e lhe iniciou na técnica da pintura a óleo.
De volta aos Estados Unidos, depois de nove anos viajando pelo mundo em busca de aventuras, se estabeleceu em Los Angeles, Califórnia, onde trabalhou com desenho arquitetônico e design. Como arquiteto, são muitos os projetos de residências de celebridades assinados por ele. Ali também ele criou sua própria galeria de arte comercializando, ele mesmo, suas obras. “Sua experiência de vida, a observação atenta do mundo que o rodeia, não o deixou se estabelecer. Ele não é somente um artista, é um homem do mundo – num sentindo muito mais amplo”, destaca o curador da mostra, Fernando Bini.
Em sua casa, projetada por ele próprio, quadros, esculturas e objetos se espalham pelos amplos espaços, a maior parte de sua autoria. Aos 73 anos, continua produzindo suas obras que ilustram residências e galerias de vários países.

Curitiba é a estrela dos filmes exibidos pela Cinemateca nesta semana


Em comemoração aos 325 anos de Curitiba, celebrados na quinta-feira (29), a Cinemateca promove de terça (27) a sábado (31) uma programação especial de filmes. Serão cinco dias de exibição, sempre às 19h, de filmes que retratam o universo curitibano. A mostra tem classificação livre e entrada franca.
Foi feita uma seleção de filmes bem representativos da cidade de Curitiba. Teremos, por exemplo, a exibição do documentário Belarmino e Gabriela", explicou Marcos Saboia, promotor cultural e um dos responsáveis pelo acervo da Cinemateca. O filme, produzido em 2007, fez muito sucesso e mostra a trajetória do casal de músicos que se destacou entre as décadas de 1940 e 1970.
De acordo com Saboia, todos os filmes que serão exibidos foram ambientados na capital paranaense. “A Cinemateca abre uma oportunidade de o público se reconhecer na tela, tendo Curitiba como protagonista”, afirmou.
A exibição começa nesta terça-feira (27), com o filme “Belarmino e Gabriela’. O documentário retrata a vida da dupla caipira paranaense e traz depoimentos de parentes e amigos, além de alguns dos maiores sucessos do casal, em interpretações modernas.
Na quarta-feira (28) será a vez de “Lance Maior”, de Sylvio Back, ser exibido. O filme, gravado em 1968, inaugurou o cinema de ficção curitibano e representa a inquieta juventude do final da década de 1960.
Os curtas “Curitiba - Identidade Perdida”, animação de Paulo Munhoz, “Curitiba em 4 Estações”, “Pelos Caminhos da História” e “Em Busca da Curitiba Perdida”, baseado no conto de Dalton Trevisan, são as atrações de quinta-feira (29).
Na sexta-feira (30), Anthony Quinn, Paulo Betti e Letícia Spiller entram em cena com o filme “Oriundi”, de Ricardo Bravo. O longa, gravado nos anos 2000, mostra que aos 93 anos de idade, o personagem italiano Giuseppe Padovani não tem motivos suficientes para comemorar seu aniversário, até conhecer uma pesquisadora que chega ao Brasil para estudar sua família.
A mostra termina no sábado (31), com o filme “Curitiba Zero Grau” (foto). A película, dirigida por Eloi Pires Ferreira, narra a história de quatro homens na fria cidade de Curitiba e como eles passam seus dias em trânsito: um deles é motorista de ônibus, outro é catador de papel, um terceiro trabalha como comerciante de automóveis e o último é motoboy.


quinta-feira, 22 de março de 2018

Tanguá terá Serenata para a cidade com apresentações de canto lírico e valsas


A Prefeitura programou um grande espetáculo para este domingo (25), no Parque Tanguá, em comemoração ao aniversário de 325 anos de Curitiba. A partir das 18h15 será apresentada a “Serenata para Curitiba – Apresentação Especial dos 325 Anos”.
O espetáculo será ao ar livre. Em caso de chuva, será adiado. O evento, organizado pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC), conta com apresentações de música, danças e canto lírico. A Banda Lyra também vai tocar seu repertório nas escadarias do Parque Tanguá.
Após o cerimonial de abertura e a execução do hino de Curitiba, será apresentado o Baile de Aniversário, em que bailarinos caracterizados com trajes do século 18 dançarão duas valsas famosas de Johann Strauss: “Danúbio Azul” e “Annen Polka”. A primeira música terá coreografia de Marcos Saddock de Sá Filho e a segunda, de Anna Helms.
Após a declamação do poema “Curitiba Menina”, de Helena Kolody, pelos atores/cantores Leonardo Goulart e Juliana Tosin, do Núcleo de Ópera Comunitário de Curitiba (Nocc), centenas de bailarinos representando as diversas etnias que formaram a cultura da cidade dançarão a “Valsa das Flores”, de Piotr Ilitch Tchaikovsky.
O evento conta também com o Bel Vediamo All´Opera, com apresentação dos solistas e coro do NOCC cantando "Habbanera" e "Toreatore", da Ópera Carmen (Bizet); "A Viúva Alegre" (Franz Lehar); e "Libiamo", da Ópera La Traviatta (Verdi)

Festa nas Regionais - Nesta quinta, sexta e sábado (22, 23 e 24/03) os festejos ainda ocorrem nas Ruas da Cidadania de Santa Felicidade, Pinheirinho, Boqueirão, Fazendinha e Bairro Novo. No Cajuru, as apresentações serão na terça-feira (27). Haverá apresentações da Banda Lyra e do espetáculo “Ciranda das Etnias”, desenvolvido pela Fundação Cultural.
Composto por 15 casais de dançarinos, o grupo apresenta as diversas etnias que formaram a população de Curitiba. Alemanha, Suíça, Ucrânia, Itália, Grécia, Capoeira, Espanha, Áustria, Bolívia, Polônia, Arábia, Japão, África (Angola) serão os países representados, além da cultura cigana e esperantista.
Com apresentações itinerantes, a Ciranda das Etnias irá percorrer todas as Regionais da cidade neste mês. Na semana passada, ocorreram as duas primeiras apresentações, que foram na Matriz e no Tatuquara. Ao todo, o grupo fará 10 apresentações.
“Com a Ciranda das Etnias nós dançamos o Curitim, música de um ritmo só, que trata sobre os povos que formaram Curitiba, que calejaram a enxada e vieram para cá”, explica o coordenador de Etnias da Fundação Cultural de Curitiba, Carlos Hauer. Ele ainda completa que após o Curitim, o grupo realiza ainda mais 15 diferentes danças, com duração de dois minutos cada, uma para cada povo.
Nesta quinta-feira (22), o grupo se apresenta às 10h na Regional Santa Felicidade e às 16h no Pinheirinho. Na sexta-feira (23), às 10h é a vez do Boqueirão e às 15h, Fazendinha. No sábado (24), o Parque dos Tropeiros, na CIC, recebe o grupo às 15h, e às 18h, a apresentação será no Bairro Novo.
Na terça-feira (27), a Regional Cajuru recebe o grupo às 10h.

Orquestra Ouro Preto lança CD "Música Para Cinema" na Capela Santa Maria


A Orquestra Ouro Preto, regida pelo maestro Rodrigo Toffolo, faz concerto de lançamento do álbum “Música Para Cinema”, em duas récitas na Capela Santa Maria, nos dias 24 (20h) e 25 de março (18h30). Os ingressos para o concerto podem ser adquiridos na bilheteria do espaço, ao valor de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).
Com direção musical de Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra Ouro Preto, o concerto reproduz o disco na íntegra. O projeto que culminou na gravação do álbum nasceu há dois anos, com a finalidade de promover uma homenagem ao cinema, ao contar parte da história da sétima arte através de trilhas sonoras que, ao longo do século XX, tornaram-se inesquecíveis e de grande importância para a cultura moderna.
O tema de “O Carteiro e O Poeta”, dirigido por Michael Redford, abre o disco, remetendo à poesia de Pablo Neruda, ao recriar em um arranjo inédito a atmosfera de amor e amizade inerente ao filme lançado em 1994. Seguida por ele, o álbum apresenta “Manhã de Carnaval”, obra primorosa de Luiz Bonfá, em arranjo de Pedro Milmam, que se consolidou como paisagem sonora do premiado filme “Orfeu Negro” (1959), dirigido por Marcel Camus.
“Música Para Cinema” conta ainda com quatro obras que celebram o período clássico do cinema hollywoodiano. Garimpado da filmografia de Charles Chaplin, o disco apresenta um pot-pourri de “Smile” e “Eternarlly”, trilhas de “Tempos Modernos” (1936) e “Luzes da Ribalta” (1952), respectivamente. As obras ganharam arranjos inéditos, pelas mãos de Mateus Freire. O violinista assina ainda os arranjos dos temas de “A Noviça Rebelde” (1965) e “Casablanca” (1942), este, remetendo à emblemática cena em que Ilsa Land, interpretada por Ingrid Bergman, solicita a Sam (Dooley Wilson) que toque, ao piano, a canção “As Times Goes By”.
Como não só de drama e romance vive o cinema, o álbum revive, em uma de suas faixas, aquela que é considerada uma das cenas mais hilárias da sétima arte, com “The Typewriter”, de “Who’s Mind The Store?” (1963), no Brasil traduzido como “Errado pra Cachorro”, protagonizado por Jerry Lewis, que “toca” uma máquina de escrever imaginária, impactado pelo mundo do trabalho e as novas formas de experienciar o tempo promovidas pela modernidade.
O sétimo álbum da Orquestra Ouro Preto traz ainda o tema de “Cinema Paradiso” (1988) e do documentário brasileiro “Três Irmãos de Sangue” (2006).
No total, o álbum possui 11 faixas. Gravado no Estúdio Solo, em Belo Horizonte, o disco contou com gravação, edição, masterização e mixagem do engenheiro de som alemão Ulrich Schnneider (USC Brasil), com passagens pela Filarmônica de Berlin e Osesp.

Caixa Cultural Curitiba apresenta espetáculo sobre a vida da cantora Dalva de Oliveira


A Caixa Cultural traz a Curitiba - neste final de semana - o espetáculo “Dalva de Oliveira - Estrela do Brasil” que homenageia uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. O projeto celebra o centenário de Dalva de Oliveira, comemorado em 2017, e traz as conhecidas intérpretes Ithamara Koorax e Soraya Ravenle (foto). As duas artistas revivem a trajetória musical percorrida por Dalva, passando pelos sucessos que marcaram a carreira dela, tais como “Ave Maria no Morro” (Herivelto Martins), “A Bahia Te Espera” (Herivelto Martins / Chianca de Garcia), “Olhos Verdes” (Vicente Paiva), “Máscara Negra” (Zé Kéti / Pereira Matos), “Bandeira Branca” (Laércio Alves / Max Nunes) e “Zum Zum” (Paulo Soledade / Fernando Lobo), entre tantas outras.
Soraya Ravenle, considerada a primeira dama dos musicais brasileiros; e Ithamara Koorax, aclamada pelo jornal The New York Times e eleita, por 15 anos consecutivos, uma das dez melhores cantoras do mundo pelos leitores da revista DownBeat, também percorrem as canções criadas para o duelo musical travado entre Dalva e Herivelto Martins, seu primeiro marido, durante o processo de separação do casal. Marcado por polêmicas e batalhas musicais, nas quais os músicos se acusavam mutuamente pelo fim da união, o período gerou grandes canções e interpretações calorosas. As farpas trocadas entre eles eram acompanhadas com muito interesse pelos fãs da dupla, que associavam as letras das músicas ao casamento desfeito. No duelo musical surgiram grandes composições como: "Errei Sim" (Ataulfo Alves), "Que Será" (Marino Pinto/ Mário Rossi), "Vingança” (Lupicínio Rodrigues), “Calúnia” (Wilson Batista) e “Segredo” (Herivelto Martins / Marino Pinto), que também são apresentadas no espetáculo.

Sobre Dalva de Oliveira - Nascida em 5 de maio de 1917, na cidade de Rio Claro, no estado de São Paulo, foi batizada como Vicentina de Paula Oliveira. Filha de pai brasileiro e mãe portuguesa, teve uma infância humilde. Em 1936, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Ao frequentar o Cine Pátria, conheceu o cantor Herivelto Martins, que se tornou seu primeiro namorado e, e com quem viria a se casar. Naquela época, Herivelto Martins e Francisco Sena formavam o duo Preto e Branco. Ao se unirem a Dalva de Oliveira, eles passaram a integrar o Trio de Ouro.
Dona de um a voz potente e de grande extensão, indo do soprano (que alcança as notas mais altas) ao contralto (que canta em regiões mais graves), fez uma carreira solo brilhante e recebeu os títulos de Rainha da Voz e Rouxinol do Brasil. Além de suas qualidades técnicas, arrebatava legiões de fãs por causa de suas interpretações sensíveis e apaixonadas. Suas canções estão em dezenas de discos que foram gravados pelos principais selos musicais, tais como Emi Odeon, Columbia, Continental e RCA Victor. Ao todo, foram mais de 400 gravações, a maioria delas como cantora principal. Além do Brasil, também fez muito sucesso na Argentina, onde morou por alguns anos.
Dalva também participou de coros em gravações protagonizadas por Carmen Miranda, Orlando Silva, Francisco Alves e Mário Reis. Participou ainda de dois filmes - “Maria da Praia” e “Milagre de Amor” - e dublou os diálogos da personagem principal do filme “Branca de Neve”, dos Estúdios Disney. Além de Herivelto Martins, também foi casada com Tito Climent e Manuel Nuno Carpinteiro. Faleceu no dia 30 de agosto de 1972, na cidade do Rio de Janeiro, deixando três filhos: o cantor Pery Ribeiro e Ubiratan Oliveira Martins, frutos do casamento com Herivelto Martins; e Dalva Lúcia Oliveira Climent, que Dalva e seu segundo marido, o argentino Tito Climent, adotaram em Buenos Aires.

Livres para todas as idades, as apresentações de “Dalva de Oliveira - Estrela do Brasil” acontecem sexta-feira (23) e sábado (24), às 20h; e domingo (25), às 19h. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia, conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito Caixa). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura. Mais informações: 2118-5111.

Sessão Sabedoria de março exibe o filme “Imensidão Azul”


Nesta sexta-feira (23), o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) promove mais uma edição da Sessão Sabedoria e, dessa vez, o filme em cartaz é “Imensidão Azul” (1988), do diretor francês Luc Besson. A exibição inicia às 15h no miniauditório do MIS-PR e a entrada é gratuita. A classificação indicativa é de 10 anos.
O longa-metragem conta a história dos mergulhadores Jacques Mayol (Jean-Marc Barr) e Enzo Molinari (Jean Reno) que se conhecem desde a infância e, ao mesmo tempo, são amigos e rivais. Já adultos, os dois competem entre si no campeonato mundial de mergulho. Jacques acaba vencendo o torneio e Enzo não aceita a derrota e acaba por forçar uma revanche entre os dois.

Sessão Sabedoria - A ideia do projeto, voltado para a terceira idade e aberto a toda a comunidade, é exibir e criar discussões a partir de filmes que abordam temas considerados relevantes para toda a sociedade. Ao final da sessão é realizado um debate incentivando o público presente a se manifestar em relação à obra ou ao tema apresentado, fazendo uso da sua experiência de vida pessoal. O bate-papo será mediado pelo historiador José Luiz de Carvalho.
O Museu da Imagem e do Som está situado na Rua Barão do Rio Branco, 395, Centro. Mais informações: 3232-9113 ou www.mis.pr.gov.br.

Voz e violão é tema de workshop no Conservatório de MPB de Curitiba


O Conservatório de MPB de Curitiba recebe o workshop “Caminhos Interpretativos Para Voz e Violão”, neste sábado (24), das 10h às 12h. Esta oficina, ministrada por Eduardo Lobo e Ana Salvagni, tem o objetivo de ilustrar algumas abordagens de interpretação da voz com o violão, procurando expandir as possibilidades para além do tradicional violão rítmicoharmônico. A participação custa R$ 30,00 e as inscrições podem ser feitas pelo email anacardoso@fcc.curitiba.pr.gov.br.
A voz acompanhada do violão é algo muito presente na música popular brasileira desde o final do século XIX. Modinhas e serestas, algumas das primeiras gravações realizadas pela Casa Edison nos anos 1900, e os discos “Canções Praieiras” (1954), de Dorival Caymmi, e “Chega de Saudade” (1958), de João Gilberto, ilustram a diversidade de ritmos, sonoridades e momentos em que a sonoridade resultante do encontro da voz com o violão esteve presente.
Sendo assim, a oficina se divide em duas partes: a primeira, expositiva, em que os ministrantes falam da própria experiência; a segunda, interativa, em que os participantes, em solo, em duo ou outras formações, poderão trabalhar suas canções no formato de masterclass.
Ao trazer outros elementos musicais como o acompanhamento com linha melódica, a improvisação e a interpretação baseada no ritmo do texto da poesia, abrem-se outras possibilidades aos músicos, que podem, a partir destas outras perspectivas, criar arranjos com maior diversidade.


Quatro exposições estreiam no Museu da Gravura nesta quinta-feira


Simultaneamente, o Museu da Gravura Cidade de Curitiba recebe quatro exposições nesta quinta-feira (22). São elas: “Sombras Inversas”, “Não Deu Certo. Longe ou Perto?”, “Plano Gráfico – Rótulos II: Acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba” e “Gravura e Imagem”.
“Sombras Inversas” traz uma série de obras de Faustino Zardo, a maioria cerâmicas, e resgata a pesquisa autoral do artista. A exposição, com curadoria de Carlos Henrique Tullio, vai focar os últimos trabalhos do artista, que se utilizou de câmeras pneumáticas para a construção de sua poética.
Construída em dois momentos, a mostra “Não Deu Certo. Longe ou Perto?” surgiu a partir de discussões da disciplina Projetos Avançados – Curadoria e Crítica, do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Paraná. A mostra ganhou forma a partir da elaboração de um projeto final e coletivo de curadoria que compreendeu a escolha de propostas artísticas de um acervo, seu conceito curatorial, expografia, mediação cultural e design gráfico.
Sob a orientação do professor Paulo Reis, participam os seguintes estudantes: Anna Elisa, Bruna Fernandes, Bruna Krauze, Caroline Bortolon, Ester Vitor, Fabiana Caldart, Flora Aimbiré, Greyce Santos, Laís Gomes, Leonardo Achnitz, Liana Lemos, Marcellen Neppel, Talita Rauber, Renan Acher e Tayná Milléo.
“Plano Gráfico – Rótulos II: Acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba” traz ao público parte do acervo de pedras litográficas do espaço, com reimpressões recentes. A mostra também apresenta imagens de rótulos da década de 1950, quando a pedra litográfica ainda era utilizada como matriz para reprodução de material gráfico. O processo consiste em reproduzir, pela impressão, desenhos traçados com um corpo gorduroso numa pedra calcária de grãos muito finos. A mostra tem curadoria de Juliana Leonor Kudlinski.
E por último, na Loja da Gravura do Museu da Gravura Cidade de Curitiba a exposição “Gravura e Imagem” apresenta as obras de artistas gravadores que trabalham com litografia, linóleogravura, xilogravura, gravura em metal e serigrafia.

O Museu da Gravura Cidade de Curitiba está situado na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533 e pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. Estas exposições terminam no dia 3 de junho e têm entrada gratuita.

Concerto da Sinfônica do Paraná tem música brasileira como tema


Roberto Tibiriçá é o maestro convidado da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) para o concerto “Música Brasileira” que acontece no domingo (25), às 10h30, no Guairão. O programa contempla grandes compositores nacionais como Carlos Gomes (Abertura da Ópera Fosca e Lo Schiavo - Alborada); Francisco Braga (Episódio Sinfônico); Heitor Villa-Lobos (Bachianas Brasileiras nº 4).
Um dos maiores defensores da música brasileira, Tibiriçá presenteia o público com um repertório especial, incluindo três importantes compositores. “São peças mais representativas do repertório de música brasileira e de épocas também. O concerto inicia com Carlos Gomes, maior compositor brasileiro de ópera, com as obras Ópera Fosca (abertura) e Lo Schiavo (alborada)”, disse o maestro.
Ele conta que Carlos Gomes, em certo momento de sua vida, conheceu Giuseppe Verdi e ficou muito encantado com sua música. “Ele seguiu os passos do mestre da ópera italiana, dando continuidade em seus princípios estéticos. Por isso tem muitos elementos de Verdi em suas obras”, conta Tibiriça.
Em seguida, será apresentada a peça “Episódio Sinfônico”, de Francisco Braga. “Ele é autor do Hino à Bandeira. Braga viveu uma época em Paris e foi aluno de composição de Jules Massenet, conhecido por suas óperas que se tornaram populares no final do século XIX e início do século XX”, explica o maestro.
O concerto encerra com quatro peças de Bachianas Brasileiras n°4 de Heitor Villa-Lobos: Prelúdio, Coral (Canto do Sertão), Ária (Cantiga) e Dança (Miudinho). Villa-Lobos foi o maior gênio da música de concerto.

O REGENTE – Roberto Tibiriçá é um dos mais importantes regentes da atualidade. Ocupa a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Música. Trabalhou com inúmeras orquestras nacionais. Premiado várias vezes, também ocupou cargo de regente em outros países. Regeu a Orquestra Sinfônica do Paraná várias vezes. É Reconhecido como um defensor da música brasileira, diz que é seu dever.

Indicado para maiores de 7 anos, este concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná tem ingressos custando R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).

Páscoa em Curitiba tem feiras e celebrações típicas nos atrativos turísticos


A Páscoa está chegando e Curitiba terá diversas atrações e festividades típicas. A cidade tem uma grande comunidade de descendentes de ucranianos e poloneses, o que torna a Bênção dos Alimentos um dos destaques da programação. A cerimônia típica das culturas eslavas acontece sempre no Sábado de Aleluia, quando as pessoas levam cestas de alimentos para serem abençoadas.
Marcos da imigração na capital do Paraná, o Memorial Ucraniano, no Parque Tingui, e o Memorial Polonês, no Bosque João Paulo II, terão solenidades para marcar a data. A cerimônia é aberta e todos podem levar cestas para a benção.
Para os curitibanos que gostam de artesanato, a opção é conferir os produtos de mais de 80 artesãos expostos na Feira Especial de Páscoa das praças Osório e Santos Andrade, no Centro. Além do artesanato alusivo à data, também é possível degustar comidas típicas nas barraquinhas no local.
O Mercado Municipal terá uma feira com produtos típicos da época e oficinas gastronômicas para crianças e adultos.
Os interessados podem ainda fazer aulas gourmet sobre o preparo de bacalhau e pescados, além de dicas de harmonização de queijos e vinhos para a data. No dia 24, o Desfile de Coelhos vai tomar os corredores do mercado.

Benção dos Alimentos - No Bosque João Paulo II, no Centro Cívico, a cerimônia tem início às 17h e será oficiada pelo Provincial da Sociedade de Cristo, padre Kazimierz Dlugosz, com acompanhamento do Coral João Paulo II.
A celebração começa às 12h e seguirá até 19h com almoço, apresentação de grupos folclóricos, quiosques com produtos típicos e uma exposição de pisanki, ovos pintados da tradição eslava.
No Memorial Ucraniano, no Parque Tingui, o tradicional festejo começa às 16h. Os interessados podem montar as cestas na loja de produtos típicos que fica no parque.
Um dos momentos mais importantes é a benção das paskas, pães especiais e ritualísticos enfeitados com ramos de trigo, folhas e flores feitos com a própria massa.

Cultura e gastronomia da Itália, Alemanha e Brasil na última semana da Páscoa Gourmet


A Páscoa Gourmet chega a sua última semana no Shopping Curitiba. Na agenda estão os costumes, as culturas e a gastronomia de Itália, Alemanha e Brasil, acompanhados de saborosas degustações.
Na sexta-feira (23), a partir das 19h, o grupo Giuseppe Garibaldi conduz um bate-papo sobre a Itália. Os participantes também aproveitam a degustação da Colomba Pascal (pão doce com frutas) e da Pastiera Napolitana (torta de ricota), além da harmonização de cafés comandada por Miguel Izepão e Carlos Eduardo Costa.
No sábado (24) é a vez da Alemanha, com degustação de cordeiro assado e batatas, bate-papo sobre o país com o Grupo Alte Heimat e oficina de decoração de mesa para a ceia de Páscoa com base nas tradições alemãs.
Quem encerra o tour pelas diferentes tradições de Páscoa é o Brasil, no domingo (25). Os participantes vão aprender com a doceira Anne Schuartz a fazer ovos gourmet, conhecer a história do cacau e provar os deliciosos chocolates.
As apresentações do fim de semana têm início às 17h. Para participar, é necessário retirar uma pulseira individual uma hora antes, na Praça de Eventos do Shopping (piso L2). As vagas são limitadas e serão ocupadas de acordo com a ordem de chegada.
Todas as informações estão no link https://www.facebook.com/events/1634054063345463/

segunda-feira, 19 de março de 2018

Uninter incentiva a criação de jornais de bairros, em oficina aberta ao público


O Centro Universitário Internacional Uninter promove nos dias 24 e 31 de março a Oficina de Jornal de Bairro, focada na mídia impressa. O evento é aberto à comunidade e indicado principalmente a alunos de Comunicação Social e professores de ensino fundamental ou médio que querem produzir jornais educativos.
Os participantes vão aprender as principais etapas para o desenvolvimento de um jornal comunitário. “Essa é uma das grandes apostas do mercado de comunicação, por ser personalizado, atuante e ter baixo custo, além de caráter pioneiro e de resistência”, explica Guilherme Carvalho, coordenador do curso de Jornalismo do centro universitário.
A oficina levará os alunos a pensar em novas formas de empreender. “Queremos formar profissionais que construam uma trajetória, que saiam do curso pensando no próprio negócio e em maneiras de manter o jornalismo impresso vivo e atuante”, destaca o coordenador.
As aulas serão ministradas pelo jornalista Carlos Bahia, que tem 18 anos de experiência nas redações e edições de jornais de bairro. “Ensinaremos técnicas simples e acessíveis, para que os alunos estejam aptos a produzir publicações de qualidade e com padrão jornalístico”, explica.
Durante os dois encontros, os estudantes aprenderão sobre a história e a importância dos jornais comunitários e o futuro do jornalismo impresso. Vão conhecer também as principais técnicas para a produção de uma mídia impressa, desde o planejamento editorial até a elaboração da reportagem e a orientação gráfica. No fim da oficina, todos sairão com o seu próprio jornal impresso.

Inscrições - O evento é aberto ao público, mas há limite de 20 vagas. As inscrições custam R$ 132,50 podem ser feitas no site da Uninter, enquanto houver vagas: http://ficha.uninter.com/fichadeinscricao/?Evento=2003

Livro de receitas típicas paranaenses está disponível para download


A Secretaria de Estado da Cultura está disponibilizando para download gratuito o livro “Delícias do Paraná - Tradições e Sabores da Nossa Terra”, publicação que reúne 81 receitas enviadas por 51 municípios paranaenses com o objetivo de preservar e divulgar a gastronomia paranaense. Lançado em dezembro de 2017, o livro pode ser acessado em www.cultura.pr.gov.br.
O secretário da Cultura, João Luiz Fiani, lembra que um dos patrimônios culturais do Paraná mais significativos e de maior riqueza é a culinária. “Este projeto possibilita o contato com a pluralidade da gastronomia paranaense, fruto de uma colonização diversificada. Por meio dele identificamos a mistura de várias culturas, de influências trazidas pelos imigrantes que ajudaram a construir o nosso Estado, somadas aos costumes dos povos que já viviam aqui”, comenta.

Municípios - Para realizar o projeto, a Secretaria convidou dirigentes culturais de cada um dos 399 municípios do Estado a enviarem receitas que representassem a identidade cultural da cidade e a culinária local.
A secretaria fez toda a produção da edição, com organização das receitas recebidas, produção de fotos, elaboração do design gráfico e revisão. O chef Flávio Frenkel, do MON Café, foi convidado para elaborar a releitura de alguns pratos e escolheu três deles: Quirera (releitura do prato da Lapa), Porqueta (releitura da leitoa mateira de Mamborê) e Gnocchi de abacate (releitura do prato de Arapongas). O livro foi publicado com o selo Biblioteca Paraná, da Biblioteca Pública do Paraná.



Biblioteca Pública reúne autores para celebrar universo dos quadrinhos


A Biblioteca Pública do Paraná promove, de 19 a 24 de março, a 1ª Semana de HQ da BPP. O evento conta com oficinas de criação, lançamentos de livros, feira e escambo de HQs e bate-papos sobre o universo dos quadrinhos. A abertura acontece na segunda-feira (19), às 17h30, no hall térreo, com a inauguração de uma mostra que reúne trabalhos de artistas que participam da programação. A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição para participar das atividades.
No dia 19, às 18h30, Marcelo Oliveira ministra a primeira aula da oficina “Aprendizado de Roteiro Básico para HQ”, na Gibiteca, no 2º andar da biblioteca. No dia 20, acontece um bate-papo sobre quadrinhos infantis, com Márcia Garcia, às 14h, no auditório, e Oliveira ministra a aula final de sua oficina, novamente na Gibiteca, às 18h30.
Na quarta-feira (21), José Aguiar participa de um bate-papo sobre quadrinhos, no auditório, às 10h. Na Seção Infantil, às 14h30, Ursa Maior ministra uma Oficina de Criação de Personagem. Às 18h30, acontece na Arena BPP a mesa-redonda “Quadrinhos em Curitiba”, com mediação de Aguiar.
Na quinta-feira (22), duas oficinas ocorrem na Seção Infantil. Às 10h, Amanda Barros e Ariel Morais da Cunha, da editora Ursereia, apresentam noções de desenho infantil para HQ. O curso volta a ser ministrado no dia 23, às 14h30. Às 17h30, Mylle Silva explica a escrita criativa voltada para roteiros de quadrinhos. E na Gibiteca, às 18h30, Fulvio Pacheco ministra uma Oficina de HQ.
Tako X comanda a Oficina Básica de HQ no dia 23, às 10h, na Seção Infantil. Já às 18h30, Fulvio Pacheco conduz o bate-papo “Jovens Quadrinistas de Curitiba”, na Arena BPP.
Para encerrar a 1ª Semana de HQ da BPP, acontece uma feira e escambo de quadrinhos a partir das 9h30 do dia 24, no hall térreo. Às 11h30, na Arena BPP, sessão de autógrafos e distribuição de tirinhas com Tako X.
Mais informações: 3221-4980.


Cantora Michele Mara e convidadas fazem show no Mês da Mulher


Nesta quarta-feira, dia 21 de março, às 20h, a cantora Michele Mara e convidadas se apresentam no auditório Poty Lazzarotto, no Museu Oscar Niemeyer (MON). O evento faz parte da programação do Mês da Mulher e ocorre no Dia Internacional contra a Discriminação Racial, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e considerada de luta contra o racismo. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados 1h antes do show no auditório.
Junto com Michele Mara, as cantoras convidadas Bia Ferreira, Janine Mathias e Katia Drumond interpretam clássicos nacionais e internacionais da soul e black music, com canções que falam de amor, sentimento e também de como é ser negro. Areta Franklin, Sandra de Sá, Elza Soares e Luciana Mello estão no repertório, que traz ainda músicas autorais de Michele Mara.

Michele Mara - Cantora e compositora de Curitiba, Michele Mara é uma das organizadoras do movimento Orgulho Crespo Curitiba, que teve sua 1ª edição em 2016 buscando valorizar a beleza negra. Ficou nacionalmente conhecida após ganhar o título de Maior Imitadora do Brasil e Maior Imitadora da América Latina da cantora norte-americana Aretha Franklin em 2011, no programa do Faustão. Já participou do Programa Criança Esperança e de vários Festivais de Música. Atualmente se prepara para gravar o videoclipe de “Preta Até o Osso”.

Mês da Mulher - A SEEC promove pelo segundo ano consecutivo, em março, o Mês da Mulher, com atividades voltadas à valorização da mulher em diferentes contextos: na área acadêmica, artística, cultural, pessoal e profissional. Bate-papos, exposições, palestras e shows fazem parte da programação aberta ao público em vários espaços culturais da secretaria. A programação completa está disponível em www.cultura.pr.gov.br.

Curitiba recebe exposição em alto relevo para pessoas com deficiência visual


O Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba está recebendo a exposição “De Fotografia à Tactography”. A mostra foi especialmente concebida para pessoas com deficiência visual por meio da tecnologia de Tactography, técnica suíça que escaneia o objeto fotografado e mapeia as proporções e profundidade para criação de peças em alto relevo, por meio de impressão em 3D. A exposição é do artista Gabriel Bonfim, fotógrafo brasileiro radicado na Suíça. A mostra tem entrada gratuita e fica em cartaz até o dia 10 de junho.
Os visitantes vão se deparar com um movimento diferente de uma exposição tradicional de fotografias. Desta vez, os portadores de deficiência visual serão conduzidos por guias no chão para tocar as obras em Tactography™, enquanto isso, os que têm visão apreciam as obras um pouco mais de longe, como peças brancas em relevo”, explica Bonfim.
Dividida em duas séries, a exposição destaca o tenor italiano Andrea Bocelli, e o jovem bailarino catarinense Denis Vieira, integrante do Ballet da Ópera de Zurique. Cada série apresenta sete imagens tridimensionais, num total de 14 obras.
"Um dos objetivos de nossa exposição é também motivar deficientes visuais a ler e, consequentemente, a vivenciar uma nova dimensão da percepção. A nova tecnologia de impressão de Tactography™ tridimensional cria uma oportunidade a mais para os deficientes visuais", completa.

Sobre o artista - Gabriel Bonfim nasceu em São Paulo em 1990. Desde cedo desenvolveu uma grande afeição pela arte. Depois de dedicar três anos à faculdade de Direito e de trabalhar em um escritório de advocacia, decidiu dedicar-se permanentemente à fotografia. Como fotógrafo de moda, desenvolveu sua habilidade profissional e técnica. Depois de anos de aprendizado e viagens pela Holanda, Alemanha e Bélgica, mudou-se para a Suíça, onde conheceu Thomas Kurer atualmente gerente de seu acervo. “Gabriel Bonfim tem um olhar excepcional para o ser humano e seu ambiente. Esse talento é o que o eleva de um fotografo de alta performance de pessoas para um Fotografo de Arte”, afirma Kurer.

Sobre a tecnologia Tactography™ - Tomando como base o princípio da impressora 3D – a confecção de objetos tridimensionais por meio de um arquivo digital – Gabriel Bonfim chegou a dois processos que considerou satisfatórios: reproduzir suas obras com acessibilidade para deficientes visuais. O primeiro deles foi pensado para as fotografias que Bonfim já tinha em seu acervo. Neste processo, a imagem digital tradicional foi enviada a um software e um programador apontava para o computador estimativas de proporções e profundidades – um trabalho bastante minucioso de marcação de profundidades ponto a ponto. A partir dessa técnica, foram impressas 12 imagens de uma série especial captada por Bonfim com o grande tenor italiano Andrea Bocelli durante uma turnê na Turquia, em 2014, que revelam os principais momentos do astro, inclusive com sua família.
O segundo processo, em conjunto com o estúdio Digitalwerkstatt, dos alemães Claudio Kuenzler e Daniel Koelliker, Bonfim chegou a uma solução em que a captação da foto tradicional já gerava a obra em 3D. Foi, então, que convidou o jovem bailarino brasileiro Dênis Vieira, integrante do Ballet da Ópera de Zurique, na Suíça, para este desafio. A sessão de fotos teve dois momentos. Primeiro, Bonfim fotografava Vieira com uma câmera digital. Em seguida, um scanner 3D fazia a leitura das mesmas informações visuais, criando a modelagem digital do bailarino. Enviada à impressora 3D, a fotografia era impressa em alto-relevo. Com este processo, foram produzidas mais 12 obras.

O Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba está situado na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533 (Solar do Barão) e pode ser visitado de terça a sexta, das 9h às 12h e 14h às 18h, sábado e domingo, das 12h às 18h. Mais informações: 3321-3260. A entrada é gratuita.


Obras do Cine Passeio estão na fase de acabamento


As obras de requalificação e revitalização que estão transformando o antigo quartel do exército no complexo cultural Cine Passeio estão na fase final de acabamento. E um grupo de professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná, UniCesumar Curitiba, Centro Universitário FAE e Uniandrade puderam conhecer de antemão os últimos detalhes da reforma do prédio, construído em 1930, na Rua Riachuelo.
A iluminação do prédio já foi concluída. Luminárias de LED já foram instaladas no espaço. As poltronas das futuras salas de projeção do “Cine Luz” e do “Cine Ritz” já começaram a ser montadas. As salas, em conformidade com as normativas de acessibilidade, disponibilizarão assentos especiais para pessoas obesas e com deficiência.
Para o professor do Centro Universitário FAE, Fábio Domingos Batista, a obra de revitalização do prédio reativa o conceito de cinema de rua. “Eu gosto bastante do edifício. Eu moro no centro e acho muito interessante a prefeitura voltar com a proposta de cinema de rua. É um prédio para a cidade em um lugar singular”, destacou. “Me senti privilegiada em conhecer antecipadamente esta obra que é a reciclagem de um prédio histórico”, afirmou a professora Elizabeth Amorim de Castro, da UFPR.
De acordo com o diretor de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Sutil, será realizado de 5 a 8 de junho o Seminário Cidade & Patrimônio – Centro Histórico de Curitiba, no Memorial de Curitiba. O encontro é fruto de uma parceria da FCC com cursos de arquitetura de oito instituições e ele destacou a importância dessa visita. “É muito rico os professores virem conhecer uma obra dentro do Centro Histórico, que vai revitalizar um espaço, vai proporcionar uma revalorização, não só do prédio, mas também do entorno. Estamos pensando na hipótese de que este é um espaço que pode estar aberto para visitação durante o seminário”, pontuou.
A visita contou com a participação dos professores Elizabeth Amorim de Castro (UFPR), Letícia Gadens (UFPR), Fábio Domingos Batista (FAE), Luciano Suski (UniAndrade) e Analu Cadore (UniCesumar) e da Fundação Cultural estiveram presentes a arquiteta Dóris Teixeira e o diretor de Patrimônio Histórico Marcelo Sutil.

Cinema de rua - O projeto do Cine Passeio foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) em conjunto com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC). A obra marca o retorno dos cinemas de rua na cidade.
Serão três salas, cada uma com 100 lugares, que levarão os nomes de Cine Ritz e Cine Luz, homenagem aos dois tradicionais cinemas de rua do Centro, que funcionavam na Rua XV de Novembro. A outra sala, que ficará no subsolo, será uma homenagem ao cineasta curitibano Valêncio Xavier, que foi o fundador da Cinemateca de Curitiba. O prédio ainda abrigará uma biblioteca especializada em cinema, estúdios de edição de imagem e som, uma sala de projeção especial, espaços para exibição de filmes em 8mm e 16mm, área de convivência, local para encontro e exposições.
O terraço será equipado para o lançamento de filmes e adaptado para projeções externas. O complexo será administrado pela Fundação Cultural de Curitiba por meio do ICAC.

Escola de cinema - O Cine Passeio também funcionará como uma escola de cinema. No subsolo do antigo quartel, onde antes eram as casernas, ficarão salas de aulas para oficinas de cinema, cursos de edição de imagem e som e produção audiovisual.
Inauguração do Cine Passeio - Com 85% da obra concluída, as próximas etapas para a conclusão da reforma serão a instalação de mobiliário, dos equipamentos e dos projetores. Esses elementos serão adquiridos por meio de processo licitatório que está em fase de conclusão de elaboração de edital.
A previsão é que o Cine Passeio seja inaugurado no fim de maio. No total foram construídos 2.640 metros quadrados. Somente na parte de estrutura foram usados 50 mil quilos de ferro.

terça-feira, 13 de março de 2018

Série Solo Música abre 10ª temporada com o violão plural de Ulisses Rocha


A Série Solo Música chega em 2018 a sua décima edição na Caixa Cultural de Curitiba. São 10 anos apresentando mensalmente artistas em trabalho solo, tendo o projeto como suas principais marcas a qualidade e a diversidade musical, além do fato de só mostrar artistas sozinhos no palco. A temporada de 2018 tem sua abertura nesta terça-feira (13), às 20 horas, com a música inventiva e plural de Ulisses Rocha, um dos principais violonistas do país.
Ulisses Rocha transita por diversos gêneros da música brasileira e é reconhecido como um artista versátil, que transita sem problemas do clássico ao rock”, afirma Alvaro Collaço, produtor e idealizados da Série Solo Música que, como aconteceu com muitas pessoas, conheceu o trabalho de Ulisses através do Grupo D´Alma. “Muitos anos depois tive a felicidade de produzir recitais e gravá-lo para um disco, apresentando a música de Waltel Branco. Esta será a primeira vez que produzirei Ulisses tocando sua própria música, o que é motivo de honra para mim”, diz. Em dez temporadas, o Solo Música já trouxe a cidade 91 artistas, de diversos gêneros musicais e países. “A temporada de 2018 talvez seja a que traga maior diversidade. Há um pouco de gêneros musicais muito diferentes: música antiga, clássica, MPB, música instrumental, de cultura popular, música popular colombiana, eletrônica e, pela primeira vez no Solo Música, a música oriental. Um espectro amplo com músicos de qualidade”, explica Collaço.

Ulisses Rocha - Violonista, compositor e arranjador Ulisses Rocha nasceu em Loureiro, Rio de Janeiro e passou a infância em Pirassununga, no interior de São Paulo. Com 14 CDs gravados, é um dos violonistas mais influentes de sua geração.
Integrou o Grupo D´ Alma com André Gereissati e Rui Saleme, depois Mozart Mello, tendo gravado o segundo e terceiro Lps do trio, em 1981 e 1983. Realizou turnês no exterior, como instrumentista e professor, apresentando-se na Alemanha, Bélgica, Canadá, Croácia, Estados Unidos, França, Holanda,Japão, Kuwait, Lituânia, Paraguai, Polônia, Rússia,  Síria, Suíça e Zimbabwe, dentre outros.
Além do trabalho próprio, participou de concertos e gravações com artistas como Al Di Meola, Cesar Camargo Mariano, Eliane Elias, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Roberto Carlos, Margareth Meneses, Gal Costa, Cida Moreira, Nei Lisboa e Marlui Miranda. Lançou CDS em duos com Marco Pereira, Altamiro Carrilho e Teco Cardoso, em trio (“Trio 202”, com Nelson Ayres e Toninho Ferraguti) e em quinteto (“O Quinteto”, com Ivan Vilela, Vitor Loureiro. Walmir Gil e Raiff Dantas Barreto).
Em 2016, foi indicado para o prêmio Brazilian Press Awards, dedicado aos artistas brasileiros mais destacados no cenário artístico norte-americano.Além de sua atuação como artista realiza importante trabalho como professor doutor do Departamento de Música da Unicamp, e como professor convidado na Universidade da Flórida, cidade onde residiu por 5 anos.
A apresentação de Ulisses Rocha dentro da Série Solo Música tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e é uma realização de Alvaro Collaço Produções. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria da Caixa Cultural, na Rua Conselheiro Laurindo, 280. Informações pelo fone 2118-5111.


PROGRAMAÇÃO DE 2018 - Além da apresentação de Ulisses Rocha, em 13 de março, esta é a programação da temporada 2018 do Solo Música em Curitiba, sempre às terças-feiras.

10 de abril - Oliveira de Panelas - voz e viola dinâmica (PE/PB)
Referência em cultura popular no país, o músico pernambucano, radicado na Paraíba, fará um recital tradicional de cordel (quando o repente é cantado só), marcado pela poesia. Oliveira possui 22 CDs gravados, 11 Lps e 15 livros de poesia editados. Curiosamente, apresentou-se uma única vez em Curitiba, nos anos 80.

08 de maio - Alessandro Borgomanero - violino (ITA/GO)
Nascido em Roma, Alessandro Borgomanero passou a infância e adolescência em Curitiba, estudou na Áustria e Itália e hoje reside em Goiás. Tem se destacado como violinista e apresentado recitais solo com obras brasileiras. No Solo Música fará um recital com obras latino-americanas.

12 de junho - Maria Cristina Plata - voz e violão (COL)
Uma das principais cantoras colombianas da atualidade, Maria Cristina Plata mostrará canções dos seus CDs “Todas las flores” e “Después de Tudo- Compilado Latinoamericano”. Um recital marcado pelo romantismo, bem no Dia dos Namorados.

10 de julho - Paulo Beto - Anvil FX - sintetizadores analógicos (MG/SP)
Show de música eletrônica, com uma das referências no gênero no país. Mentor do grupo Anvil FX, Paulo Beto em seu trabalho autoral repagina a música eletrônica dos anos 70 e 80, ao mesmo tempo que traz ao público um pouco do lado clássico do gênero musical, na referência aos compositores Jocy de Oliveira e Jorge Antunes.

14 de agosto - Kyungso Parkgayageum - gayageum (COR)
Um raríssimo recital de gayageum, espécie de harpa e instrumento tradicional da Coréia, com uma das intérpretes que tem renovado a música escrita para o instrumento. Recital que mistura tradição e contemporaneidade, marcado sobretudo pela delicadeza dos sons.

11 de setembro - Marc Mauillon - voz (FRA)
Outro recital muito raro, com obras do período medieval interpretadas pelo barítono francês Marc Mauillon, sem auxílio de instrumentos. Mauillon mostrará o repertório de “Songline”, CD lançado em 2016 e que trouxe o repertório da música medieval sobre um prisma até então inédito, o do canto solo.

09 de outubro - Fernanda Cabral - voz, violão e kalimba (DF)
A cantora e compositora brasiliense Fernanda Cabral se apresenta pela primeira vez em Curitiba, com um show baseado no seu CD “Praianos”, em que destaca-se pelo seu trabalho autoral e parcerias com Chico Cesar, Cope Gutierrez e Leo Minax.

13 de novembro - KaouruKakizakai - shakuhachi (JAP)
Outro recital raríssimo, com um mestre em shakuhachi, a flauta de bambu do Japão. No recital, Kakizakai apresentará a música japonesa tradicional e que, no caso do shakuhachi, relaciona-se diretamente com o zen-budismo. Kakizakai é um dos principais intérpretes de shakuhachi da atualidade, além de ser reconhecido professor do instrumento no Japão e ocidente.

11 de dezembro - LuiCoimbra - voz, violoncelo e outros instrumentos (RJ)
Músico com ampla contribuição a música popular basileira contemporânea, sobretudo ao utilizar o violoncelo com recursos eletrônicos, Lui Coimbra trará no Solo toda a diversidade que caracteriza seu trabalho, entre o clássico e o pop: Villa-Lobos e Pedro Luís, Pixinguinha e Beatles, além de composições próprias.