De 18 a 20 de maio a Cinemateca de Curitiba promove a mostra O Cinema Marginal de Ozualdo Candeias, com importantes filmes do cineasta que foi um dos realizadores mais influentes do cinema marginal.
A partir do final dos anos 60, a produção cinematográfica nacional voltada para as classes populares teve um avanço diante da repressão política. Grande parte dessa produção era concentrada na Boca do Lixo principalmente na Rua do Triumpho, em São Paulo. A diversidade na produção cinematográfica no local abrangia diversos filmes de gênero, como as pornochanchadas.
O cineasta Ozualdo Candeias, precursor do Cinema Marginal e um dos expoentes do cinema autoral no Brasil, foi um dos cineastas mais criativos que o país revelou neste período. No início dos anos 1950, Candeias começou a realizar filmagens caseiras com câmeras 16 mm e a partir daí não parou mais, passando a dirigir documentários institucionais e cine-reportagens, além de trabalhar na equipe técnica de muitas produções, como nos filmes de José Mojica Marins, o Zé do Caixão.
Em 1967, dirigiu seu primeiro longa-metragem “A Margem”, todo feito com planos subjetivos, sobre uma misteriosa barca que navega o rio Tietê. O longa conquistou grande público e foi considerado pelo Instituto Nacional de Cinema o melhor filme daquele ano.
A trajetória deste cineasta será retratada na mostra O Cinema Marginal de Ozualdo Candeias, que traz às telas da Cinemateca de Curitiba importantes filmes do cineasta. Falecido em 2007 aos 89 anos, Ozualdo Candeias tem seu nome ligado diretamente à história do cinema marginal, pólo de produção cinematográfica que chegou a ser responsável por cerca de 50% da produção dos filmes nacionais nos anos de 1970.
A mostra O Cinema Marginal de Ozualdo Candeias tem entrada gratuita.
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