O filme paranaense “Para Minha Amada
Morta”, que marcou a estreia na ficção do diretor Aly Muritiba, foi um dos
grandes vencedores do 48º Festival de Brasília, ao conquistar seis troféus
Candangos. A produção paranaense se saiu vencedora nas categorias de melhor
diretor, melhor ator coadjuvante (Lourinelson Vladmir), melhor atriz
coadjuvante (Giuly Biancato), melhor fotografia (Pablo Baião), melhor direção
de arte (Monica Palazzo) e melhor montagem (João Menna Barreto).
O filme também ganhou o prêmio de
melhor longa-metragem segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de
Cinema). O curta-metragem “Tarântula”, outra produção da Grafo Audivisual, com
direção de Aly Muritiba e Marja Calafange, venceu na categoria direção de arte.
Outro filme que se destacou na
competição foi “Big Jato”, do polêmico pernambucano Claudio Assis, que levou
cinco troféus Candango. O juri oficial deu o prêmio de melhor filme e os de
melhor roteiro, melhor ator (Matheus Nachtergaele), melhor atriz (Marcélia Cartaxo)
e melhor trilha sonora (DJ Dolores). Assis vence o Festival de Brasília pela
terceira vez, repetindo o feito de 2002 (com “Amarelo Manga”) e de 2006 (com
“Baixio das Bestas). Ele ainda foi vencedor em 2011 com seu filme “A Febre do
Rato”, no Festival de Paulínia.
Além dos prêmios, Assis saiu de
Brasília embaixo de vaias, tanto no começo quanto no fim do festival por conta
de declarações consideradas machistas que fizera no final de agosto em Recife,
durante um debate. No entanto o seu filme foi muito aplaudido ao final da
projeção em Brasília. Um filme que foi rodado em apenas três semanas com um
pequeno orçamento de R$ 1,5 milhão.
Outros filmes premiados no Festival de
Brasília foram “Fome”, de Cristiano Burlan, que conquistou o Candango de melhor
som, além de Prêmio Especial do Júri, que ficou para Jean-Claude Bernardet. “Família”,
de Alan Minas, ganhou prêmio de segundo melhor longa metragem. Entre os curtas,
“Quintal”, de André Novais Oliveira, ficou com os prêmios de melhor filme,
roteiro e atriz (Maria José Novais, que é mãe do diretor).
Confira a lista completa dos premiados:
Longa metragem – Júri Oficial
Melhor filme de longa metragem - “Big
Jato”, de Cláudio Assis
Melhor direção - Aly Muritiba, por
“Para Minha Amada Morta”
Melhor ator - Matheus Nachtergaele, por
“Big Jato”
Melhor atriz - Marcelia Cartaxo, por
“Big Jato”
Melhor ator coadjuvante - Lourinelson
Vladmir, por “Para Minha Amada Morta”
Melhor atriz coadjuvante - Giuly
Biancato, por “Para Minha Amada Morta”
Melhor roteiro - Hilton Lacerda e Ana
Carolina Francisco, por “Big Jato”
Melhor Fotografia - Pablo Baião, por
“Para Minha Amada Morta”
Melhor direção de arte - Monica
Palazzo, por “Para Minha Amada Morta”
Melhor trilha sonora - DJ Dolores, por
“Big Jato”
Melhor som - Claudio Gonçalves e Flávio
Bessa, por “Fome”
Melhor montagem - João Menna Barreto,
por “Para Minha Amada Morta”
Prêmio especial do juri - Jean-Claude
Bernardet, por “Fome”
Filme de curta ou média metragem – Júri
Oficial
Melhor filme de curta ou média metragem
- “Quintal”, de André Novais
Melhor direção - Nathália Tereza, por
“A Outra Margem”
Melhor ator - João Campos, por “Cidade
Nova”
Melhor Atriz - Maria José Novais, por
“Quintal”
Melhor Roteiro - André Novais, por
“Quintal”
Melhor fotografia - Leonardo Feliciano,
por “À Parte do Inferno”
Melhor direção de arte - Fabiola
Bonofiglio, por “Tarântula”
Melhor trilha sonora - Sérgio Pererê,
Carlos Francisco, Gabriel Martins e Pedro Santiago, por “Rapsódia Para o Homem
Negro”
Melhor som - Léo Bortolin, por “Command
Action”
Melhor montagem - Pablo Ferreira, por
“Afonso É Uma Brazza”
Prêmio especial do júri (Pela feliz
conjugação entre o trabalho de direção e atuação coletiva): “História de Uma
Pena”, de Leonardo Mouramateus
Prêmios do Júri Popular
Melhor filme de longa metragem - “A
Família Dionti”, de Alan Minas
Melhor filme de curta ou média metragem
- “Afonso é uma Brazza”, de Naji Sidki e James Gama
Nenhum comentário:
Postar um comentário