O
Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta
a mostra “O Labirinto da Luz”, que celebra os 50 anos de fotografia de Orlando
Azevedo. São 237 imagens, com curadoria de Rubens Fernandes Junior, que podem
ser vistas pelo público a partir de 23 de dezembro, na Sala 1.
O
curador criou um labirinto que divide a exposição em núcleos referentes a algumas
das vertentes criativas do fotógrafo. São eles: Ruínas; Religiosidade; Índia;
Cósmica; Retratos; Marinhas; Corpo e Movimento; Paisagem; Festas e Populares;
iPhone; Surreal e Voo.
“A exposição é um haikai ou a síntese de um
ciclo de vida”, disse o fotógrafo. “Produzi
tanto e em tantos caminhos que há muitas obras que ficaram pelas gavetas”.
Segundo
ele, são no total 160 mil matrizes analógicas e pelo menos o dobro em digitais.
“As imagens selecionadas para a mostra
foram impressas em algodão por Daniel Nitzsche, em Curitiba”, explicou.
A
superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, afirma que a
exposição é, sobretudo, um reconhecimento e uma homenagem. “Orlando Azevedo é um dos nossos grandes
fotógrafos. Sua técnica e sua arte acompanharam os tempos, com sensibilidade e
talento. É importante que a valorização do seu legado seja feita pela terra que
escolheu para viver, o Paraná”, disse.
A
diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, afirma que a vocação do Museu
Oscar Niemeyer para colecionar e expor fotografias, entre outras vertentes
artísticas, se confirma com a realização desta grandiosa exposição. “‘O Labirinto da Luz’ é um marco às cinco
décadas de trabalho de Orlando Azevedo, paranaense por escolha própria, artista
múltiplo, que tem na fotografia sua marca registrada”, disse. “Encontramos aqui
uma coletânea com centenas de imagens que traduzem sentimentos abstratos e
momentos reais, num equilíbrio perfeito”.
O
curador da mostra explica que a exposição traz o melhor da fotografia de
Orlando. “É um conjunto expressivo que
transita livremente entre o documental e o abstrato. São representações e
inquietações que surpreendem pela beleza e pela invenção”, definiu Rubens
Fernandes Junior. Ele informa que, diante de uma obra múltipla e
caleidoscópica, surgiu a opção de criar os núcleos, muito singulares, que
contemplam parcialmente sua produção.
“Orlando pontua suas imagens com a força
bruta do estranhamento. Paisagens oníricas e paisagens marinhas, aparições e
ruínas, o corpo em movimento e o cotidiano popular, retratos perturbadores e
absurdos improvisados que beiram o surrealismo”, disse Rubens.
Além
das abstrações e construções surreais, a mostra apresenta fotos de natureza e
paisagem onde a presença humana e sua saga se fazem presentes. Num dos núcleos,
por exemplo, estão 57 imagens feitas por iPhone, que o fotógrafo usa
frequentemente como se fosse um bloco de anotações ou um diário de emoções.
ACERVOS – Orlando Azevedo possui obras em
diversos acervos do Brasil e de outros países, como no International Center of
Photography, em Nova York (EUA); Centre Georges Pompidou e Museu Francês de
Fotografia, em Paris; Museu de Arte de São Paulo (Masp); Museu de Arte Moderna
de São Paulo; Instituto Cultural Itaú; Museu de Fotografia Cidade de Curitiba;
Empresa Portuguesa das Águas Livres/Lisboa; Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro; Museu Afro-Brasileiro, em São Paulo; Fototeca de Cuba, em Havana, além
do próprio Museu Oscar Niemeyer (MON), e também várias e importantes coleções
privadas nacionais e internacionais
No
total, Orlando tem 12 livros publicados e entre eles estão: “Mestiço – Retrato
do Brasil” (2019), “Augusto Weiss 1890/1990” (2017) e “Rio Grande/RS” (2014).
SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) é
patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da
Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística
nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além
de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com mais
de 9 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de
área construída, sendo 17 mil deles de área para exposições, o que torna o MON
o maior museu de arte da América Latina.
Os
principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel
transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América
Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.
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