A
paisagem urbana de Curitiba vai receber até o fim do ano três novas obras de
arte que homenageiam personalidades marcantes da história da cidade. Produzidas
no Ateliê de Esculturas do Memorial Paranista, no Parque São Lourenço, as
esculturas em bronze da engenheira Enedina Marques Alves, do ex-jogador de
futebol Barcímio Sicupira e a releitura da obra Exílio de João Turin
(1878-1949) estão em processo de criação.
Nesta
terça-feira (8), o prefeito Rafael Greca visitou o ateliê para acompanhar o
progresso das esculturas, ainda na fase de modelagem em argila, que serão
posteriormente finalizadas em metal.
"Aqui é uma fábrica de obras de arte e todas
essas criações que prestarão homenagem a pessoas importantes e que enriquecem a
história da nossa cidade estão lindas", destacou o prefeito.
ENEDINA: PIONEIRA DA
ENGENHARIA - Uma das
esculturas em desenvolvimento é a da ilustre curitibana Enedina Alves Marques,
a primeira mulher a se diplomar em engenharia civil no Sul do Brasil, em 1945,
pela Universidade Federal do Paraná. Além desse feito notável, ela também foi a
primeira engenheira negra do país.
A
escultura, uma colaboração entre a Prefeitura de Curitiba e o Centro
Universitário Internacional Uninter, será instalada no calçadão da Rua XV de
Novembro, próxima à praça Osório.
Antes
de alcançar a engenharia, Enedina desempenhou funções como babá e empregada
doméstica. Sua jornada educacional começou aos 12 anos, quando foi alfabetizada
e posteriormente ingressou no curso normal. Tornou-se professora e a escultura
retrata a fase em que ela se preparava para realizar um sonho.
"A escultura representa precisamente esse
período, mostrando-a como professora e se preparando para realizar seu grande
sonho de se tornar engenheira", explica o escultor Rafael Sartori.
SICUPIRA: ÍDOLO
CURITIBANO - Outro
projeto em andamento no Ateliê do Memorial Paranista é a escultura em tamanho
real de Barcímio Sicupira, ex-jogador e ícone do Club Athletico Paranaense. Com
quase 2 metros de altura, a escultura será instalada na Praça Afonso Botelho,
imortalizando a história do atleta que ainda mantém o título de maior
artilheiro da história do Furacão.
EXÍLIO: RELEITURA DE
JOÃO TURIN - Outra
peça significativa, a obra Exílio, com 2,70 metros de altura, também está em
processo mais avançado de execução. Criada pela artista Luna do Rio Apa,
trata-se de uma releitura da primeira escultura de grandes proporções feita
pelo escultor João Turin durante o período em que viveu na Europa, no início do
século 20.
A
releitura foi esculpida em gesso para marcar o centenário do Movimento
Paranista, do qual João Turin foi um dos fundadores, e a escultura está
atualmente em exibição no Memorial de Curitiba. A Prefeitura de Curitiba está
empenhada em transformar essa obra em bronze para integrar o acervo do Memorial
Paranista.
Ainda
está sendo preparada no Memorial Paranista uma placa em relevo para homenagear
Aristides de Souza Mendes, cônsul de Portugal.
Participaram
da visita a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de
Castro, o gerente de Marketing da Uninter, Gionane Varella, o diretor de
criação da agência OpusMultipla, Alexandre Catarino, e as filhas de Sicupira,
Mariana e Flávia.
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