
Sacher-Masoch criou dois personagens (Wanda e Severim) profundamente originais, que em termos de opções por sexualidade, inverteram atitudes e desejos comuns à época e, até hoje, controversos. Severim encontra em Wanda a mulher ideal para experimentar uma relação afetiva e sexual que posteriormente viria a ser um ícone de patologia: o masoquismo aberto e franco.
Nas palavras do próprio autor, por conta desse romance ele, que era considerado um excepcional escritor, transformou-se num ideal de patologia. Wanda, seu personagem mais profundo, deu às mulheres de todos os tempos, um espírito de revolução e uma postura de liberdade sexual e social, raras no século XIX.
Na adaptação de Pagu Leal, dividem a cena, o próprio escritor, mais Severim, Wanda e a própria “Vênus” ideal de beleza e perfeição. Ao mesmo tempo em que a história de Severim e Wanda vai se descortinando diante do público, Sacher-Masoch e sua Vênus encaram de frente os conceitos de amor, desejo, literatura, filosofia e, claro, de masoquismo e sadismo.
Os talentosos Edson Bueno e Pagu Leal são os atores. Áldice Lopes faz o figurino; artista plástico Cleverson Antunes de Oliveira é o cenógrafo, programador visual e vídeomaker e a trilha sonora é composta especialmente pelo músico Cassiano Fagundes.
Entre cenas de palco e imagens projetadas, os atores ousam oferecer à plateia o melhor da literatura de Masoch e o mais carnal de suas experiências com sexo, masoquismo e sadismo.
“A Vênus das Peles” será encenada de quarta a sábado, às 21h; no domingo, será às 19h. Os ingressos custam R$ 10,00 (quarta e quinta) e R$ 20,00 (sexta, sábado e domingo).
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