sexta-feira, 3 de junho de 2011

No cinema: Não Se Pode Viver Sem Amor

Premiado roteirista ("Pixote") e diretor eventual ("Proibido Proibir"), Jorge Durán trilha caminhos ousados em seu novo longa, Não Se Pode Viver Sem Amor, que desde sua première colheu mais incompreensão e pedras do que alguns merecidos elogios, no mínimo, por sua coragem.
Dono de uma imaginação prodigiosa, o garoto Gabriel (o estreante Victor Navega Mott), ao lado de Roseli (Simone Spoladore) sai de uma cidade do interior e vai para o Rio de Janeiro em busca do pai, também chamado Gabriel, que os abandonou. No Rio, o professor Pedro (Ângelo Antonio) trabalha no táxi do pai (Rogério Froes). Sua vida se cruza com a de João (Cauã Reymond), jovem sem perspectivas de futuro que eternamente espera passar num concurso público. Apaixonado por uma dançarina, Gilda (Fabiula Nascimento), e sofrendo com a falta de dinheiro, João toma medidas drásticas para conquistar o amor da garota e fugir com ela.
Essas vidas se encontram num Rio de Janeiro que está longe da Cidade Maravilhosa dos cartões postais.
O belo título do filme de Durán começa a fazer sentido ao longo da narrativa. A solidão é a inimiga maior desses personagens, sempre em busca de alguém que os complemente. E quando a realidade é impossível de ser transformada, a fantasia assume o controle.

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