Durante
o mês de abril, o Museu Paranaense recebe indígenas da tribo Fulni-ô, do
interior de Pernambuco, e abre a exposição "A Arte de Daniel Conrade:
Povos Indígenas e Natureza” para celebrar o Dia do Índio, comemorado em 19 de
abril.
O
diretor do Museu Paranaense, Renato Carneiro, conta que no ano passado recebeu
a visita inesperada dos Fulni-ô, chefiados por Towê Veríssimo, que ficaram
vários dias no museu. O que foi uma surpresa acabou tornando-se uma grande
parceria. “Neste ano, com aporte de recursos do Governo do Paraná e da
Secretaria da Cultura, vamos estreitar ainda mais esses laços, para conhecer e
difundir a cultura Fulni-ô em Curitiba. Para isso serão feitas apresentações e
vivências com os integrantes desta tribo nas instalações do museu, voltadas
para o público em geral, mas principalmente para estudantes que
tradicionalmente visitam o MP em abril, por conta da celebração do Mês do
Índio”.
Os
indígenas Fulni-ô vêm à Curitiba divulgar sua cultura e artesanato. Os objetos
e adornos, como colares, cocares e pulseiras estarão à venda no museu e a renda
será revertida para a aldeia. Atualmente, o povo indígena Fulni-ô precisa
comprar até mesmo água potável para consumo, além de outros suprimentos. Os
índios estarão no Museu Paranaense nos dias 25 e 27 de abril, durante todo o dia; no dia
30 na parte da manhã e no dia 2 de maio na parte da tarde.
A
abertura da exposição “A arte de Daniel Conrade: Povos Indígenas e Natureza”
será no dia 19 de abril, às 18h. Na mostra, os visitantes poderão conferir as
pinturas do artista, que registrou com perfeição povos indígenas e a vegetação
e a fauna da Mata Atlântica. Destacam-se os retratos dos amigos indígenas
Mbyá-Guarani, de Guaraqueçaba, que compartilharam com Daniel seus conhecimentos
sobre a arte tradicional. Também impressionam as imagens de tucanos, onças,
periquitos e lobos-guará representantes da fauna paranaense.
Sobre
o povo Fulni-ô - Os Fulni-ô habitam o município de Águas Belas (PE). É a única
tribo do Nordeste que conseguiu preservar a própria língua, chamada Ia-tê,
assim como o sigiloso ritual Ouricuri, que acontece em agosto. O que é de
conhecimento público é que, durante o ritual, é realizada a eleição das
autoridades máximas da tribo: o Pajé, o Cacique e a Liderança.
Sobre
Daniel Conrade - Nascido em Paranaguá, cresceu entre montanhas e rios, o que
lhe deu intimidade com a natureza e profunda identificação com o modo de vida
das populações indígenas. Esses temas serviram de inspiração para os seus
trabalhos artísticos, dedicados à ilustração científica e à arte naturalista.
Em 2016, lançou no Museu Paranaense o livro A Arte Guarani-Mbya de
Guaraqueçaba, aldeia Kuaray Guata Porã, uma preciosa etnografia, na qual
registrou em desenhos, pinturas e textos a arte escultórica dos indígenas
Guarani do litoral do Paraná. Daniel faleceu em janeiro de 2017.
A
exposição “A Arte de Daniel Conrade: Povos Indígenas e Natureza” fica aberta à
visitação até dia 16 de julho, de terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábado,
domingo e feriado. das 10h às 16h. Mais informações: www.museuparanaense.pr.gov.br.
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