Ilustrações
botânicas feitas pela artista britânica Margaret Mee compõem a inédita
exposição “Flores do Amazonas”, que ocupará a Galeria das Quatro Estações, no
Jardim Botânico, a partir desta terça-feira (21).
A
mostra, produzida pela Fundação Cultural de Curitiba, faz parte da programação
da Prefeitura de Curitiba para o Mês do Meio Ambiente, das comemorações da
Semana Cultural Britânica e da programação do Inverno Curitiba 2022.
As
18 ilustrações pertencem ao acervo do Sítio Roberto Burle Marx, unidade
especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e
integram o livro Flores do Amazonas, publicado em 1980. Os trabalhos são
resultado das expedições da artista pela Amazônia brasileira, entre 1970 e
1978.
Na
Galeria das Quatro Estações, cada ilustração ficará num painel de 2,5 metros
por 1,5 metro. As imagens foram aumentadas dentro das proporções desenhadas
pela artista e aplicadas em materiais que resistem às intempéries.
“Com esta exposição, Curitiba é brindada com
a sensibilidade e o talento desta artista, conhecida mundialmente por suas
ilustrações que registraram a riqueza da flora amazônica. Nada mais apropriado
do que celebrar o legado de Margaret Mee neste Jardim Botânico, na cidade que é
reconhecida como referência em sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”,
destaca o prefeito Rafael Greca.
ENCANTO PELA FLORA
BRASILEIRA - Margaret
Mee tinha 43 anos quando chegou ao Brasil em 1952 e se tornou professora na
Escola Britânica de São Paulo. Formada em pintura e design em Londres,
encantou-se com as formas e cores da flora brasileira, o que acabou
direcionando o seu trabalho para a ilustração botânica, técnica secular de
desenho e pintura que se caracteriza pela fidelidade científica.
Mee
ilustrou inúmeras espécies da mata atlântica e da floresta amazônica, esta
última o foco maior de seu interesse e pesquisa. Ao longo de três décadas,
realizou 15 expedições àquela região.
A
obra da artista, além da importância pela descoberta e registro de variadas
espécies, representa um legado para o conhecimento científico do ecossistema e
um chamado para a necessidade de proteção e preservação da Amazônia.
Algumas
espécies de plantas registradas pela artista, desconhecidas pela ciência,
levaram seu nome em sua homenagem, incluindo a Aechmea meeana, a Sobralia
margaretae e a Neoregelia margaretae. Em 36 anos de residência no Brasil
produziu 400 pranchas de ilustrações em guache, quarenta sketchbooks (cadernos
de esboços) e quinze diários.
Margaret
Mee faleceu na Inglaterra em 1988, aos 79 anos, vítima de um acidente de
automóvel.
A
artista também foi várias vezes homenageada no Brasil. Em 1994, foi tema de
desfile de carnaval, com o enredo “Margaret Mee, a Dama das Bromélias”, da
Escola de Samba Beija Flor.
A exposição “Flores do
Amazonas” estará aberta à visitação de 21 de junho (abertura às 11h) a 15 de
setembro de 2022, diariamente, das 10h às 18h, com entrada grátis
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