quarta-feira, 30 de outubro de 2024

MIS-PR recebe a mostra multissensorial "Desver", de Ivana Cassuli e Marcelo Eggers

O Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) está recebendo a exposição "Desver", uma instalação multissensorial, criada pelos artistas Ivana Cassuli e Marcelo Borges Eggers, do grupo Blanche Bois. 

A exposição “Desver” propõe a reflexão sobre os ciclos de nascimento, vida e morte. O conceito questiona as percepções condicionadas e abre espaço para novas maneiras de ver o mundo. A instalação reúne “glitch art”, “vídeo painting” e intervenções artísticas que utilizam erros tecnológicos como ponto de partida para novas expressões visuais e sonoras.

Ao combinar tecnologia e arte, “Desver” dialoga com o acervo do MIS-PR, que abriga equipamentos de reprodução de imagem e som e destaca obras da exposição como glitch art e a “vídeo painting” de Nam June Paik. A proposta da exposição é ressignificar a percepção das imagens e dos sons ao criar uma experiência sensorial que envolve o espectador e questiona o papel da tecnologia na relação das pessoas com o universo.


ARTISTAS
– Ivana Cassuli é arquiteta, urbanista e produtora cultural, formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com especialização em Design de Mobiliário pelo Institut Français du Design, em Paris. Ela tem vasta experiência na coordenação de eventos culturais, como o Festival da Aldeia, e na produção de exposições de arte. Também trabalha com ilustração e está envolvida na criação de uma coleção de livros da Biblioteca Pública do Paraná. Ela integra o grupo Blanche Bois, cuja proposta transita por diversas áreas artísticas.

Marcelo Borges Eggers é um artista visual multifacetado, cineasta e diretor de fotografia, natural de Curitiba. Com formação em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Artes Cênicas pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), estudou em Londres, no Hackney College e no Islington College. Ele dirigiu diversas produções audiovisuais, como videoclipes e documentários, além de participar de edições do Festival Rock de Inverno. Seu trabalho já foi exibido em festivais como o JVC Tokyo Video Festival e em espaços como a Saatchi Gallery e a Phillips Auction House, em Londres. Atualmente, atua como diretor artístico no Espaço Cultural Dogwood373.

O Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) está situado na Rua Barão do Rio Branco, 395, Centro e tem entrada franca. Mais informações: www.mis.pr.gov.br.

Cursinho Solidário abre inscrições para 2025

As inscrições para o Cursinho Solidário, em Curitiba, estão abertas até 4 de Dezembro. O programa é um curso preparatório para Enem e vestibulares gratuito, voltado para estudantes de baixa renda que estejam matriculados ou tenham concluído o terceiro ano do Ensino Médio em 2025. O projeto oferece 500 vagas, com professores voluntários, em colaboração com a ONG Formação Solidária, o Curso Positivo e com o apoio do Instituto Positivo. A taxa de inscrição é de R$ 65, com pagamento até o dia 5 de Dezembro.

O Cursinho Solidário já aprovou mais de 3 mil alunos em diversas universidades do Brasil. Interessados com renda de até 1,5 salário mínimo por membro da família podem se inscrever pelo site www.cursinhosolidario.org.br.

Os candidatos passam por duas etapas. A primeira é uma prova objetiva, no dia 10 de dezembro. A segunda fase, que ocorrerá nos dias 16 e 17 de Dezembro, consiste em uma entrevista socioeconômica, abordando questões como histórico familiar, vida acadêmica, expectativas e objetivos do candidato em relação ao curso. A classificação final do processo seletivo será determinada pela média da prova e pela avaliação da entrevista.

O projeto tem como objetivo preparar os jovens para os vestibulares, oferecendo educação de qualidade e ampliando as oportunidades para o futuro. As aulas são presenciais estão previstas para começar em fevereiro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 18h45 às 22h20, e aos sábados, das 07h10 às 12h20, no Curso Positivo. 

Mais informações: www.cursinhosolidario.org.br.

Museu Oscar Niemeyer promove exposição de tapetes afegãos

“Afeganistão – tapetes de paz e guerra” é a nova promoção do Museu Oscar Niemeyer (MON). A exposição foi inaugurada na Torre do Olho (térreo e primeiro andar). A curadoria é do colecionador Victor Nosek, com a colaboração do professor e diplomata Fausto Godoy.

A mostra reúne 37 tapetes do Afeganistão que retratam cenas de paz e guerra e refletem momentos diferentes do panorama sociopolítico e cultural daquele país. Conta com 19 joias afegãs que fazem parte do cotidiano dos povos de regiões nas quais os tapetes foram confeccionados.

Hoje, um museu não é apenas um lugar de preservação, mas um espaço de diálogo e reflexão. O Museu Oscar Niemeyer exemplifica esse papel com um acervo que vai da arte aos itens históricos e antropológicos, expandindo as barreiras físicas do que é um espaço museal”, afirma Luciana Casagrande Pereira, secretária de Estado da Cultura.

Nosso objetivo também é ampliar as referências culturais. Assim, o MON destaca a riqueza das culturas asiática e africana, que compõem uma das maiores coleções especializadas das Américas, apresentadas tanto em exposições de longa duração quanto em itinerâncias pelo Paraná”, diz a ela.

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, diz que a exposição apresenta os tapetes como arte, uma oportunidade para o visitante apreciar de perto a milenar tradição da tapeçaria afegã. “Vale lembrar que o MON possui o maior acervo de arte asiática da América Latina, após a doação de milhares de obras, anos atrás, pelo diplomata e professor Fausto Godoy, o que marcou uma nova vocação curatorial”.

Segundo ela, abriu-se, então, espaço no acervo, com ênfase também para as artes asiática, africana e latino-americana, em consonância com os grandes museus do mundo, tornando-o distinto da tendência eurocêntrica que domina a cultura ocidental. Tal iniciativa posicionou o Museu Oscar Niemeyer no patamar dos grandes museus internacionais.

Nesta vertente, levamos agora até o nosso público à milenar tradição de tapeçaria afegã que, nas últimas décadas, incorporou temas bélicos aos seus tradicionais desenhos”, diz Juliana. Ambas as temáticas são apresentadas nesta inédita exposição, dividida em dois eixos: paz e guerra.

Fausto Godoy, que por aproximadamente dois anos atuou como embaixador do Brasil no Afeganistão, fala sobre a importância política da exposição, e o curador Victor Nosek explica que os tapetes que refletem o tema da paz são os mais antigos, e representam cenas pastoris, de natureza em geral ou formas geométricas.

Tribais e contemporâneos, os tapetes de guerra refletem o período entre 1970-1980 e estarão expostos, separadamente, no primeiro andar da Torre. “Precisamos olhar para eles, perceber aquela estética e refletir sobre como é possível criar beleza na guerra”, afirma Godoy.

Ele lembra que o Afeganistão é uma das regiões mais politicamente sensíveis do planeta. “Encravado entre gigantes tão diversos como Rússia, Índia, Paquistão, Irã e China, sua localização geográfica não somente o coloca na encruzilhada de grandes civilizações, como também de algumas das religiões mais importantes do planeta: o islã, o hinduísmo e o budismo, principalmente”, diz.

O colecionador e curador da mostra explica que os tapetes tribais de guerra afegãos fazem parte da tradição: arte como retrato da guerra. “Eles são uma dramática atualização dessa tradição”, informa Nosek.

Segundo ele, tais peças representam os primeiros anos da guerra russo-afegã e foram produzidas por distintas tribos seminômades pastoris, cujo modo de vida se manteve inalterado por séculos. “Que esta mostra contribua para reflexão e a humanidade alcance finalmente a paz e o progresso a que está destinada”, diz o curador.

SOBRE O MON - O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Mais informações: www.museuoscarniemeyer.org.br

Jornal Cândido de outubro discute o impacto ambiental no meio literário

Na 155ª edição do Cândido, publicação da Biblioteca Pública do Paraná, o meio ambiente e a literatura se entrelaçam. O repórter Francisco Camolezi resgata a trajetória do Brasil ao longo dos séculos, marcada pela cafeicultura, e investiga como resquícios da fase extrativista do grão foram retratados por grandes escritores brasileiros. A literatura, seja ficcional ou não, que descreve uma paisagem, também serve como um importante registro da história, mesmo quando inclui as práticas predatórias da monocultura no país.

Exemplos disso podem ser encontrados nos cenários da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, retratados por Clarice Lispector, Monteiro Lobato e José de Alencar. Na seção de retranca, uma prateleira de livros que inspiraram o tema da reportagem.

O jornalista Luiz Felipe Cunha, na entrevista da edição, conversa com Mariana Carolo, que está lançando o livro “Meridiano Infinito: Notas de David Foster Wallace”, pela editora Madame Psicose, um ensaio sobre a influência de Cormac McCarthy nos textos de Wallace.

Na série Mulheres contra a Ditadura, os relatos da paranaense Almira Maria Maciel, militante histórica do Movimento Negro Unificado (MNU) que enxergou no cenário de militarização um espaço para inserir os debates sobre raça. Adriana Tulio Baggio analisa a obra de Carolina Nabuco (1890-1981), escritora com uma trajetória pouco conhecida no Brasil.

O Cândido também publica poesias de Gustavo Condimoura e Hiago Rizzi, cofundador e coordenador de comunicação, respectivamente, da Telaranha Edições e da Livraria Telaranha. Ainda, o poema visual “Simetria do Não”, um inédito de Marianna Camargo. Na seção de fotografia, Charly Techio explora maneiras de alterar a realidade por meio de recursos de inteligência artificial na captura de imagens, abordando temas como a finitude da vida, a memória e a relação entre homem e natureza. A arte de capa é de Hugo Mendes.

Leia ou baixe no site www.candido.bpp.pr.gov.br

Magia do Super 8 invade a Caixa Cultural Curitiba

Que tal assistir a exibição de um filme, em película, e sentado ao lado do projetor?  Esta é a experiência que será vivida por quem participar da 19ª edição do CURTA 8 - Festival Internacional de Cinema Super 8 de Curitiba, que acontece no Teatro da Caixa Cultural. De 30 de Outubro a 3 de Novembro, com entrada franca, o público curitibano terá uma mostra significativa do que já foi realizado, e do que está sendo produzido atualmente na chamada “bitola pequena”.

Desenvolvido em meados dos anos 60, o filme super 8 foi criado tendo como proposta seu uso amador, para registrar imagens familiares, viagens e eventos sociais. Com o passar do tempo, no entanto, em função da facilidade de operação e do baixo custo, ele foi utilizado por estudantes e cineastas iniciantes para o desenvolvimento de experiências cinematográficas.

Este ano o CURTA 8 exibirá 59 filmes, vindos de vários estados brasileiros e ainda da Índia, Reino Unido e Argentina. Segundo Fábio Allon, curador do evento, isto é uma prova que a produção de super 8 continua firme e forte! “O super 8 é leve, é descontraído, é amador, é experimental, é ousado, é afrontoso e é, sobretudo, cinema”, salienta ele. 

FILMES FEITOS NUMA ÚNICA TOMADA - Na categoria “Tomada Única”, que é o grande diferencial do Festival, concorrem os filmes realizados na Oficina promovida pelo Festival, que foram captados e montados na própria câmera, sem edição. Fábio Allon, destaca que isto cria uma atmosfera de mistério tanto para os espectadores, quanto para os realizadores. “Mas é justamente essa característica intrigante uma peça essencial do Curta 8, que já conquistou o público ao longo dos anos”, observa o curador.

O resultado, segundo Allon, é sempre uma surpresa, tanto para o público como para os produtores, que assistirão aos filmes pela primeira vez durante o festival. “Cada cartucho que será exibido está repleto de promessas e mistérios, aguardando ansiosamente para serem desvendados. A única certeza é que, independentemente do que aconteça na tela, a diversão e a emoção estarão garantidas, proporcionando ao público uma experiência cinematográfica única e memorável”, finaliza Allon.

A sonorização também fica a critério dos próprios realizadores, que podem optar pela execução de um CD com a trilha sonora, ou realizar performances, dublagens, e até mesmo executar o som ao vivo a partir de instrumentos tocados durante a exibição do filme.

Além das competitivas, o CURTA 8 deste ano terá várias mostras especiais. Entre elas se destacam as dos cineastas Otoniel Santos Pereira e Katia Mesel, realizadores das décadas de 1970 e 1980. Outras mostras são a do Super Lab – Plantas Mágicas do Cerrado, que apresenta filmes produzidos na Chapada dos Veadeiros, e revelados com produtos preparados com insumos botânicos da região; e a Mostra Pedro Merege, o grande homenageado desta edição do Festival.

O CURTA 8 exibirá, ainda, o longa-metragem “O Tubérculo”, feito totalmente em super 8.  O filme conta a história de Gustavo que deixou sua pequena cidade natal aos 15 anos para viver fora do país, e mostra seu retorno para casa, depois de muitos anos, ressuscitando amores e lembranças. Outro filme apresentado, este em cópia especial com janela de Libras, será “Censura Livre”. O média-metragem do pernambucano Ivan Cordeiro, retrata o fim dos cinemas de rua do Recife.

Também merece destaque na programação a sessão do Dia do Filme Caseiro. Nela o público pode encaminhar os filmes que possui que, após revisados, são exibidos. E como já é tradicional, o Festival terá ainda uma oficina “Projeção em cinema super 8”, com o cineasta Lucas Vega. 

O CURTA 8 - Criado em 2005 por Leandro Schip (de saudosa memória), o Festival conseguiu parcerias fora do país, e graças ao apoio da CAIXA Cultural, em 2008, acabou se consolidando como evento mundial. Atualmente é uma das maiores iniciativas de super 8 já realizadas no Brasil, um dos poucos festivais dedicados ao exclusivamente ao culto desta bitola nas Américas, sendo o mais longevo festival de cinema de Curitiba.

O CURTA 8 tem produção da PERFIL comunicação e cultura e da Processo MultiArtes. É um projeto realizado por meio da Lei Municipal Complementar 57/2005, do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba. O incentivo cultural é da Uninter, tendo ainda os apoios da Caixa Econômica Federal e da Eye See Films. 

Confira a programação detalhada no site www.curta8.com.br ou no Instagram @curta8. Ingressos: Entrada franca. Distribuição de ingressos 30 minutos antes de cada sessão. Informações: Site Curitiba Caixa Cultural | Instagram @caixaculturalcuritiba ou (41) 4501-8722

Cadeia Produtiva do MIS-PR recebe sessão do festival de cinema fantástico de Curitiba

O Cadeia Produtiva, novo espaço cultural vinculado ao Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), receberá em 6 de novembro, às 20h, uma sessão especial de cinema do DJANHO!, um dos maiores festivais de cinema fantástico do Brasil. Após o sucesso das edições anteriores, o evento retorna em 2024 com uma programação que promete trazer o melhor do gênero para as telas de Curitiba. O festival começa em 31 de outubro, aproveitando o clima de Halloween, e segue até 6 de novembro.

Com o nome oficial "DJANHO! É a Mostra Internacional e Interbairros de Cinema Fantástico de Curitiba, piá", o evento apresentará 59 filmes de quatro continentes, além de curtas e longas-metragens de países como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Indonésia. As obras vão desde histórias de horror visceral até tramas de ficção científica e fantasia para o público infantil.

Para intensificar a atmosfera sombria e aterrorizante proposta pelo festival, além dos tradicionais cinemas da cidade e do Cadeia Produtiva, outra locação que receberá sessões especiais é o antigo Necrotério do Instituto Médico Legal (IML). As sessões no extinto IML e no Cadeia Produtiva do MIS-PR são gratuitas, mas é necessário chegar cedo para garantir ingresso.

O cineasta Paulo Biscaia Filho, diretor do festival, destaca que esses espaços oferecem uma experiência única aos cinéfilos, em que o ambiente realista e cheio de história amplifica o impacto dos filmes exibidos. “Esses locais icônicos de Curitiba trazem uma atmosfera especial para o festival, intensificando a experiência cinematográfica”, comenta.

ESPAÇO – O antigo Centro de Triagem da Polícia Civil, agora em processo de ressignificação, faz parte do terreno do Palácio da Liberdade, sede original do Governo do Paraná e atualmente casa do MIS-PR. O espaço foi progressivamente desocupado graças a um acordo entre a secretaria estadual da Segurança Pública (Sesp/PR) e a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC). Esse acordo possibilitou a transferência dos detentos para outras unidades, abrindo caminho para que o museu assumisse a totalidade do espaço.

Sob a gestão do MIS-PR, o local passa por uma transformação cultural profunda, com o objetivo de promover diálogos, reflexões e trocas sobre questões sociais e de direitos humanos.

A ressignificação do espaço é resultado de um amplo trabalho de pesquisa e parcerias com instituições como o Museu do Carandiru e o Museu da Resistência, além de diálogos com a Defensoria Pública, a Polícia Penal do Paraná (PPPR), o Instituto Médico Legal (IML) e a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O objetivo é readequar o local de forma sensível, refletindo sobre memória, cultura e direitos humanos.

No dia 6 de novembro, o Cadeia Produtiva será palco de uma sessão especial de “Godzilla” (1954), de Ishiro Honda, em comemoração aos 70 anos da estreia do clássico do cinema kaiju no Japão. Na trama, um monstro gigante radioativo destrói Tóquio, e um grupo de cientistas tenta impedi-lo. O Cadeia Produtiva faz parte do projeto de expansão do MIS-PR.

PROGRAMAÇÃO – Nos dias 31 de outubro e 2 de novembro, o extinto Necrotério de Curitiba, na Avenida Visconde de Guarapuava, receberá duas exibições especiais da programação do DJANHO!. Os eventos inauguram o espaço do Cineclube da Polícia Científica e acontecem ao lado das antigas gavetas de geladeira, agora desativadas.

A primeira sessão no local, no dia 31, às 20h, será de “Morgue Story - Sangue, Baiacu e Quadrinhos” (2008), dirigido por Biscaia Filho. A programação celebra os 20 anos do espetáculo que deu origem ao filme, que conta a história de duas pessoas que acordam em um necrotério e descobrem que foram sequestradas por um assassino em série. O elenco inclui Mariana Zanette, Leandro Daniel Colombo e Anderson Faganello.

No dia 2 de novembro, o local recebe a sessão “Sangrentos do DJANHO!”, uma coletânea de cinco curtas-metragens internacionais de horror mais violentos e gráficos, com produções da Argentina, Estados Unidos, Espanha e Sri Lanka. Entre os destaques está “One for the Road”, baseado em um conto de Stephen King. Essa sessão não é recomendada para menores de 18 anos.

O evento contará também com exibições em outros espaços conhecidos da cidade, como o Cine Passeio, a Cinemateca de Curitiba e o Teatro da Vila. Entre os destaques nacionais estão o slasher “A Última Casa no Topo da Colina”, de Julio Cesar Napoli, e a ficção científica curitibana “Dublê de Namorado”, do cineasta Christopher Faust.

O DJANHO! também celebra os 40 anos de “Gremlins” (1984), de Joe Dante, com uma exibição ao ar livre no Terraço do Cine Passeio. O festival homenageia ainda o lendário cineasta Roger Corman, falecido em 2024, com exibições de clássicos como “O Intruso” (1962) e “A Mulher Vespa” (1959).

Além das sessões especiais e dos filmes inéditos, a mostra apresenta curtas-metragens brasileiros e internacionais, além de produções universitárias no Pupilos do DJANHO!. Após as exibições presenciais, uma seleção dos filmes do DJANHO! 2024 estará disponível na plataforma Darkflix, entre os dias 7 e 15 de novembro, permitindo que o festival alcance públicos além de Curitiba.

Mais informações e programação completa no site www.djanho.com

Teatro Guaíra abre edital para participação de jurados no 41º Troféu Gralha Azul

O Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG) abriu as inscrições para o credenciamento de profissionais da área teatral que tenham interesse em atuar como jurados na 41ª edição do Troféu Gralha Azul. Serão selecionados cinco jurados titulares e dois suplentes que ficarão responsáveis ​​por avaliar os espetáculos. Os critérios estabelecidos para seleção dos jurados será publicado em edital que estará à disposição, a partir da mesma data, nesta página.

As inscrições poderão ser feitas entre 28 de outubro e 17 de dezembro de 2024 no site do CCTG.

Cada jurado vai receber R$ 175,00 para cada espetáculo avaliado em Curitiba e municípios que não compõem a Região Metropolitana da Capital. Para cidades que fazem parte da RMC o valor será de R$ 250,00. Nestes casos, os jurados terão que arcar com as despesas de transporte. Nas demais cidades do Estado – exceto Curitiba, as despesas de deslocamento serão bancadas pelo Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG).

Dúvidas sobre as inscrições podem ser enviadas para o e-mail gralha.azul@cctg.pr.gov.br.

Uma iniciativa do Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Cultura e do Centro Cultural Teatro Guaíra, com apoio do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado do Paraná (SATED/PR), o Troféu Gralha Azul foi criado em 1974 e é um dos mais emblemáticos prêmios teatrais do Brasil. Foi o primeiro troféu oficial a homenagear os artistas e técnicos do teatro no Paraná, tornando-se um marco de reconhecida importância nas artes do Estado.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Sesc Paraná traz show Oswaldo Montenegro & Orquestra ao Teatro Guaira

O Sesc Paraná promove mais um grande evento de música em Curitiba, que reafirma seu compromisso em promover o acesso do público a equipamentos culturais e a shows nacionais. Nesta quinta-feira, dia 17, o Teatro Guaíra recebe o show “Oswaldo Montenegro & Orquestra”, às 21h.  

Os ingressos para o show serão solidários, ou seja, cada ingresso poderá ser trocado, por dois quilos de alimentos não perecíveis, em qualquer unidade do Sesc PR na capital e em São José dos Pinhais. Cada pessoa só poderá retirar até quatro ingressos mediante a troca pelas doações de alimentos. Todos os itens arrecadados serão destinados ao Programa Mesa Brasil, que beneficia instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social no estado.

Os portões do teatro serão abertos às 20 horas. É importante que o público chegue cedo para garantir seu lugar, pois os assentos não serão marcados. Dez minutos depois do início do show, às 21h10, caso haja poltronas disponíveis, os ingressos remanescentes poderão ser trocados por alimentos na hora.

Lembre-se de verificar a data de validade. Não serão aceitos alimentos fora da data de validade ou que não estejam próprios para o consumo até 31 de Outubro deste ano.

O SHOW - Acompanhado da musicista e flautista Madalena Salles; do guitarrista Alexandre Meu Rei; do produtor executivo e técnico de som, Paulo Moreira; do técnico de monitor João Ribeiro e de uma orquestra formada por 13 músicos, o palco do Teatro Guaíra receberá o músico, cantor, compositor e diretor de teatro, cinema e televisão, Oswaldo Montenegro.

Neste espetáculo, com arranjos para orquestra criados por Dudu Trentin, Gabriel Novais, Sérgio Chiavazzoli e Oswaldo Montenegro, o repertório traz canções consagradas pelo público, como A Lista, Lua e Flor, Léo e Bia, Estrada Nova, Estrelas e Bandolins.

Além das canções, Montenegro fará um bate-papo com a plateia, transformando o encontro em um momento único e afetivo.

O ARTISTA - Oswaldo Montenegro tem mais de 50 anos de carreira, com 45 álbuns e sete DVDs lançados, sendo 2 CDs de ouro, um de platina e um DVD de ouro. Participou como diretor e roteirista de cinema de quatro longa-metragens: Léo e Bia (2010), premiado como Melhor Trilha Sonora e Melhor Atriz (para Paloma Duarte), no Festival Cine-PE; Solidões (2013); o Perfume da Memória (2016), com mais de 10 milhões de visualizações ao redor do mundo e premiado internacionalmente como Melhor Filme Estrangeiro no California Film Awards e Melhor Som e Música na Open World Toronto Film  Festival; A Chave do Vale Encantado (2019), vencedor de cinco prêmios no Festival de Cinema dos Sertões: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino e Melhor Filme Voto Popular, além da série para o Canal Brasil: De Sonhos e Segredos, em duas temporadas.

Ele também criou e dirigiu mais de 20 peças musicais, entre elas: Filhos do Brasil; Veja Você, Brasília; Noturno e A Dança dos Signos.

No teatro, cinema, TV e balé possui mais de 40 trilhas sonoras. Seu livro infantil O Vale Encantado foi premiado e indicado pelo Ministério da Educação e Cultura para ser adotado nas escolas brasileiras. Teve composições gravadas por Ney Matogrosso, Gonzaguinha, Zizi Possi, Glória Pires, Zélia Duncan, Zé Ramalho, Alceu Valença, Zeca Baleiro, Paulinho Moska, Belchior, Geraldo Azevedo, Sandra de Sá, Marília Pêra, Renato Teixeira, Luiza Possi, Altemar Dutra, Sivuca, Mariana Rios e Lucinha Lins.

MON promove oficina “A Música das Cores” para crianças de 1 a 2 anos

Na edição de outubro do programa MON Primeiros Passos, o Museu Oscar Niemeyer (MON) promove para crianças de 12 a 24 meses uma oficina de pintura com sons. A atividade “A Música das Cores” acontecerá no dia 17, das 10h30 às 11h30. É obrigatório que cada participante esteja acompanhado de um adulto responsável.

As cores e os sons irão guiar as crianças ao longo da atividade, incentivando a criatividade e as sensações. A ação é inspirada nos instrumentos que compõem a mostra “África: expressões artísticas de um continente”, em cartaz na Sala 4, com curadoria de Renato Araújo da Silva.

A programação terá início no Espaço de Oficinas, no subsolo do MON. Em seguida, os participantes visitarão a exposição para uma dinâmica de interação com as obras da coleção africana. Ao final, as crianças irão participar da oficina sensorial de pintura, utilizando tintas feitas com trigo e corantes alimentícios nas cores amarelo, azul e magenta.

MON PRIMEIROS PASSOS - Por meio de investigações e ações multissensoriais, o programa MON Primeiros Passos proporciona para crianças de 1 a 2 anos (12 a 24 meses) um contato sensível com a arte e com o espaço do Museu. Os encontros envolvem dinâmicas, oficinas e atividades nas exposições em cartaz e no Espaço de Oficinas do MON.

SOBRE O MON - O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Museu Casa Alfredo Andersen inaugura exposição de Leila Versetti

O Museu Casa Alfredo Andersen inaugura nesta terça-feira (15) a exposição “Essência em Preto e Branco”, individual da artista Leila Versetti. Nesta jornada sensorial, ela guia o público em um encontro íntimo com sua identidade artística, proporcionando reflexões sobre a força e resiliência da verticalidade e encoranjando os olhares a explorar as nuances de cada detalhe. Com inauguração às 16h, a mostra permanece na Sala Ana de Oliveira até 24 de novembro.

A inspiração da artista para esta exposição tomou um rumo diferente do habitual. Reconhecida por buscar as cores vibrantes da natureza como inspiração de suas obras, desta vez Leila Versetti recorre ao estudo em preto e branco. Segundo a pintora, a exposição se dá a partir de “uma reflexão de como as emoções podem ser expressas através das formas e contrastes.”

Natural de União da Vitória, a artista reside atualmente em Campo Grande (MS) e é artista plástica desde 1980, com formação em artes na Belas Artes do Paraná. Seu trabalho é caracterizado pelas camadas ricas e contrastantes, com pinceladas marcantes e texturas expressivas que conferem vida a cada obra. Suas telas refletem uma constante reconstrução, combinando cores sobrepostas, formas delicadas, folhas de ouro e elementos de abstração, criando um "caos controlado" que expressa pura emoção.

A trajetória da artista conta com exposições nacionais e internacionais, incluindo uma amostra permanente no Estúdio Kamylle Perotto e mostras em Lisboa. Leila foi destaque em eventos como a Casacor, onde contribuiu com murais e painéis que receberam prêmios na categoria de sustentabilidade.

CURADORIA - A curadoria desta exposição foi feita pela especialista em conservação e restauradora de bens culturais Suely Deschermayer, que acompanha o trabalho de Leila Versetti há mais de 40 anos, destacando a dedicação total da artista à sua arte. “Ela não para de pintar, está o tempo todo se dedicando a transferir seu sentimento em manchas, transmitindo o equilíbrio das composições em vários traços e caminhos”.

Formada na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e mestra em Conservação e Restauro de Bens Culturais pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Portugal Suely é atualmente a diretora e editora-chefe da instituição Arte & Restauro.

SALA ANA DE OLIVEIRA – O casal Alfredo Andersen e Ana de Oliveira, um europeu e uma indígena brasileira, se conheceram no Paraná, e provavelmente iniciaram seu relacionamento pouco antes de 1902, quando nasceu sua primeira filha. O primeiro retrato de Ana feito por Andersen data de 1893, quando ela tinha 8 anos. Ela foi uma figura central na vida e na obra do artista e sua iconografia reflete seu papel na trajetória do pintor e na inserção social da família Andersen em Curitiba.

Em outubro de 2022, em sua memória e reconhecimento, foi inaugurada a Sala Ana de Oliveira, com a exposição "Papel Moeda". Desde então, a sala foi espaço de exposição de vários artistas, incluindo Daniela Marton, Eliana Brasil e Carla Ruschmann.

O Museu Casa Alfredo Andersen está situado na Rua Mateus Leme, 336, Centro. Mais informações: https://www.mcaa.pr.gov.br/

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A atriz Patricia Reis Braga inicia nova etapa do Festival Homero, interpretando o Canto 22 de “Ilíada” no Mini Guaíra

Depois de uma bem sucedida primeira etapa de apresentações, o Festival Homero dá sequência à sua temporada, desta vez no Miniauditório do Teatro Guaíra, nos dias 11, 12 e 13 de outubro (sexta e sábado às 20h e no domingo às 19h). A cada dia, sobe ao palco uma atriz para apresentar um dos segmentos da obra “Ilíada”, conhecidos como cantos: Patricia Reis Braga dá vida aos personagens do Canto 22 (em 11/10), Eliane Campelli encena o Canto 14 (em 12/10), enquanto Katia Horn finaliza a temporada com o Canto 13 (em 13/10). Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos e custam R$ 50,00 e R$ 25,00 (meia).

A iniciativa é da Companhia Ilíadahomero de Teatro, que há 25 anos se dedica a trazer para os palcos do Brasil e de outros países as obras clássicas da mitologia grega “Ilíada” e “Odisseia”, atribuídas a Homero. É hoje a única companhia de rapsodos do mundo, ou seja, com atores e atrizes que falam de cór os cantos que compõem as obras. “Soubemos disso quando estivemos na Grécia. Hoje isso não existe nem naquele país, onde a obra foi escrita. Isso foi uma grande surpresa”, comenta o diretor e fundador da companhia Octavio Camargo.

O modelo de minifestival tem se mostrado eficaz para apresentar uma diversidade de cantos. Além disso, esta ocasião celebra um período produtivo para a companhia, que teve uma grande demanda de apresentações. “Se contarmos todas as praças nos últimos anos, estivemos presentes em cerca de 15 estados do Brasil”, afirma Octavio.

Considerada a obra fundadora do pensamento ocidental, “Ilíada” se passa durante a Guerra de Troia tendo o herói Aquiles como protagonista, além de diversos outros personagens entre deuses, semideuses e humanos (como Zeus, Heitor, Juno, Júpiter, Vênus, Hipnos, Netuno, entre outros). A companhia utiliza a tradução experimental de Odorico Mendes, feita diretamente dos originais em grego. A iluminação entra como um importante elemento cênico e narrativo para conduzir a história e diferenciar os personagens. Foi concebida por Beto Bruel, um dos maiores e mais premiados iluminadores cênicos do Brasil.

Uma das passagens mais populares da Guerra de Troia

A atriz Patricia Reis Braga inicia em 11/10 (sexta-feira) a nova etapa do Festival Homero com o Canto 22, que relata um dos episódios mais lembrados sobre a Guerra de Troia: a vingança do herói grego Aquiles, que persegue o heroi troiano Heitor, até encontrá-lo para um combate que resultará na morte do oponente, que protegia não apenas Troia, mas também a infidelidade de seu irmão, Páris, ao raptar Helena, dez anos antes, com a ajuda da deusa Vênus. Um episódio comovente, pois Heitor deixará sua casa, sua esposa, seu filho e seus pais absolutamente vulneráveis na sua ausência.

Apesar do formato em que é apresentada, tanto no livro quanto no teatro, “Ilíada” é uma obra muito conhecida do imaginário popular, conforme relata a atriz, ao lembrar do convite para atuar no projeto, em 1999. “Confesso que suspeitava de minhas capacidades para adentrar aquele ‘mundo intelectual’, que por algum motivo habitava meu imaginário. E eis que na primeira leitura do poema, uma grande surpresa se revelou, e pensei comigo: ‘conheço isso de algum lugar’ (risos). Eu venho, também, de formação, do teatro popular, no qual o mundo maravilhoso das antigas tradições e dos mitos é exaltado. E é isso o que significa para mim, até hoje, se relacionar com este poema desafiador: um grande encantamento familiar e educativo”.

Além da beleza da tradição antiga, a atriz cita a tradução experimental de Odorico Mendes como outro fator de atração, além de ser um grande desafio. “Se apresenta como um novo idioma, um português que entendemos, não sabemos bem o que significa, mas sabemos que foi assim na antiguidade, também, a partir da reunião de vários dialetos da região”, observa. “Odorico é ligeiro, sua tradução pede oralidade e ação. Assim, permitiu Homero sair do livro e ir para cena teatral integralmente, tal como faziam os rapsodos, cada um com seus talentos e seus episódios preferidos. E é isso, também, o que fazemos: uma arqueologia estética”, completa.

Companhia se dedica 25 anos às obras de Homero

Fundada pelo diretor Octavio Camargo em 1999, a Cia Ilíadahomero de Teatro, de Curitiba, e tem por objetivo a encenação do texto integral da “Ilíada” e da “Odisseia” de Homero, entre outras obras literárias de interesse universal. Além do Brasil, a companhia já realizou apresentações em outros países como Grécia, Holanda e Portugal. Em 2023 apresentou “Ilíada” na Língua Brasileira de Sinais (Libras), em um projeto muito bem recebido pelo público e imprensa, em parceria com a produtora cultural Fluindo Libras.

MUPA lança catálogo “Retomada da Imagem” e promove encontro com artistas indígenas

O Museu Paranaense (MUPA) promove neste sábado (12), a partir das 17h, o evento de lançamento oficial do catálogo “Retomada da Imagem”, a última etapa do projeto iniciado em 2021. Haverá uma mesa de conversa reunindo presencialmente os artistas indígenas Gustavo Caboco, Denilson Baniwa, Camila dos Santos, Indiamara Luiz Paraná Pereira, Nycolas André Paraná Pereira e Lucilene Wapichana – alguns dos participantes desse projeto. 

O museu fará a distribuição gratuita de 30 exemplares do catálogo por meio de sorteio entre os visitantes presentes. O material também será disponibilizado online no site do MUPA. Além disso, haverá a exposição de artesanato dos participantes. A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia.

“Retomada da Imagem” é um projeto especial do Museu Paranaense que se inscreve no esforço de promover, dentro da instituição, o encontro entre sujeitos indígenas e o acervo etnográfico do MUPA, a fim de questionar sua própria trajetória colonial e contribuir na luta indígena. Em 2021, a convite do MUPA, os artistas Gustavo Caboco e Denilson Baniwa se aproximaram do vasto acervo de fotografias do museu que registram diversas etnias indígenas do Paraná e da América Latina.

Como ponto de partida, além do objeto das investigações, o museu também definiu um prazo, um aporte financeiro e pediu que, ao final dos trabalhos, houvesse um material que pudesse compartilhar com um público amplo as reflexões geradas durante o processo de pesquisa. Todos os outros passos foram definidos pelos artistas.

Depois, os artistas propuseram a realização de um museu-ateliê, uma espécie de residência artística dentro do espaço cultural com a participação de indígenas das etnias que habitam o Paraná: Camila dos Santos e Thais Krīg (Kanhgág); Indiamara e Nycolas Paraná Pereira (Xetá); Juliana Kerexu, Ricardo Werá, Flávio Karai, Elida Benites e Roseane Mariano (Mbyá-Guarani); e Lucilene Wapichana (Wapichana). A partir do contato com esse material, das reflexões e conversas foram surgindo formas, cores e conexões que traduziam resistências e afetos.

Esse processo culminou em uma exposição, em cartaz de dezembro de 2021 a janeiro de 2022, pensada pelos artistas para ressignificar as fotografias do acervo, e expressar a história, presença e perspectiva indígenas por meio de novas criações. Foram produzidas pinturas, desenhos, fotografias, além de objetos e imagens do acervo do museu, com as legendas técnicas apresentadas em paralelo a legendas criadas pelos indígenas.

Por fim, a última etapa desse projeto se apresenta agora, no formato de catálogo impresso e digital. A publicação registra todos os processos dessa iniciativa, e é formada por fotografias, depoimentos e textos dos artistas participantes.

O Museu Paranaense esá situado na rua Kellers, 289, São Francisco. Mais informações: www.mupa.pr.gov.br.

Caixa Cultural Curitiba celebra o Dia das Crianças com o show “Barulinho”

A Caixa Cultural Curitiba apresenta, entre os dias 10 e 13 de outubro, o show “Barulinho”, em celebração ao Dia das Crianças. A programação especial inicia nesta quinta-feira (10) e segue durante o final de semana, totalizando cinco apresentações livres para todos os públicos. O projeto é patrocinado pela Caixa e Governo Federal e todos os shows contam com intérprete de Libras, audiodescrição e monitor de neurodiversidade, além de acessibilidade plena  no teatro.

Formado pelas amigas Paula Leal, Isadora Medella, e pelas filhas do compositor Gonzaguinha e netas de Luiz Gonzaga, Nanan Gonzaga e Amora Pêra, ainda na adolescência durante o colegial, o premiado Grupo Chicas carrega as sonoridades nordestinas em suas raízes. Em 2008, idealizaram o show “Barulinho”, após Nanan Gonzaga engravidar e inspirar a criação de um espetáculo infantil ligado a memórias tão especiais e únicas.

O repertório do show conduz o público em uma viagem nostálgica, ao apresentarem músicas como “ABC do Sertão”, de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, “Ciranda do Mosquito”, do musical “O Sonho de Alice”, de Roberto Carlos e Tanah Corrêa, passando por “Lindo Balão Azul”, de Guilherme Arantes, entre tantas outras que resgatam sentimentos e vivências felizes de infância.

Adicionalmente, as apresentações contam com um elenco de multi-instrumentistas convidados: o poeta e músico Pedro Rocha e o ator e músico Raphael PiPPa, além de explorarem recursos de linguagem, como a dança e as artes visuais, para celebrar a infância através de clássicos da música popular brasileira.

A Caixa Cultural Curitiba está situada na rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro. Livres para todas as idades, as apresentações de “Barulinho” acontecem nos dias 10 e 11, às 19h; dia 12; às 15h e 17h; e dia 13, às 17h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada para estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA, pessoas acima de 60 anos e tarifa cultural) à venda na bilheteria do local. Mais informações: (41) 4501-8722 ou https://www.caixacultural.gov.br/Paginas/Curitiba.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Espaço Cultural BRDE abre exposição do artista Antonio Malta Campos

O Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões, mantido pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, abriu, a exposição do artista Antonio Malta Campos. A mostra individual intitulada “Entre luz e sombras: a poética de Antonio Malta Campos”, com curadoria de Mariane Beline, apresenta um recorte da produção do artista ao longo de seus 40 anos de produção, incluindo obras em aquarela, óleo sobre tela e assemblages.

A mostra fica aberta ao público até 25 de outubro e conta com apoio da galeria Simões de Assis. “A minha lógica é não ter lógica”, diz o artista.

A presença de Malta no Palacete dos Leões estabelece um diálogo entre contemporaneidade e patrimônio histórico, enriquecendo a experiência cultural do público”, diz a coordenadora do Espaço Cultural BRDE, Mariana Bernal.

A poética ativa e o processo que multiplica e pulveriza o pensamento de Malta podem ser notados na série “Misturinhas”, presente em uma parede com quarenta trabalhos na exposição. “Deparamo-nos com traços desinibidos de lápis ou nanquim aderidas a intervenções, como recortes, colagens, adesivos, acrílica e óleo, demonstrando a profusa capacidade produtiva do artista, em um jogo visual que convida os espectadores a se encantarem com a amplitude criativa da investigação formal”, descreve Mariane.

SOBRE O ARTISTA – Antonio Malta Campos, paulistano celebrado pela Geração 80, explora em seus trabalhos inquietações da forma e do meio pictórico, que se cruzam e se dilatam, a partir dos seus conhecimentos e estudos, nos vários suportes e técnicas. Em seus 40 anos de trajetória, o artista desenvolveu a pintura em suas diversas facetas, seja na aquarela, na tinta a óleo ou em assemblages.

Malta é pintor, gravador, desenhista e mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, vive e trabalha atualmente em São Paulo.

ESPAÇO CULTURAL BRDE – O Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões tem como tem como missão fomentar a sensibilização e participação de artistas e da comunidade na vida cultural da cidade, garantindo acesso gratuito à arte e à cultura. Ao longo do ano, o espaço realiza exposições que refletem a diversidade e a riqueza da produção artística e práticas contemporâneas. O Espaço está situado na Avenida João Gualberto, 520, Alto da Glória.

De casa para os palcos: Família Brasileiro apresenta show inédito em Curitiba

O projeto Família Brasileiro Onde Rode estreia nesta quinta-feira (10), no Teatro José Maria Santos, em Curitiba. O espetáculo, que conta com idealização da família de artistas, envolve músicas e poesias passadas do pai aos filhos, resgatando canções importantes para a trajetória familiar, com sons autorais e da música popular brasileira, do estilo caipira ao urbano.

Subir ao palco com meus filhos é a realização de um sonho”, comenta Ademar Brasileiro. “Fico muito feliz que eles estão usando também, canções da minha época, da minha influência, daquilo que eu passei pra eles também sobre valores, através de algumas letras”.

A paixão pela música sempre esteve presente na casa da família de sobrenome Brasileiro. Paixão passada pelo pai, Ademar Brasileiro, aos seus filhos Ravi Brasileiro, Oruê Brasileiro e Otto Brasileiro. Agora, esse intercâmbio geracional enfim ganha uma nova roupagem, mais robusta, que sai das salas de ensaio e festas familiares e toma os palcos.

Na performance, que conta com um repertório recheado de memória afetiva, além das canções autorais, também são apresentadas obras de artistas consagrados como Paulo Leminski, Alice Ruiz, Gilberto Gil, Xangai e Edu Lobo. Ainda, a família faz uma releitura da canção Vida de Artista, de Itamar Assunção, com estrofes novas, contando as trajetórias de membros do grupo.

Ao todo, são 6 apresentações, com sessões duplas nos dias 10 (14h30 e 19h30), 11 (14h30 e 19h30) e 12 de outubro (15 e 19h). No palco de um dos mais tradicionais teatros da cidade, o José Maria Santos, os Brasileiros incorporam elementos de diferentes regiões do país, ao seu som único e refrescantemente arrojado.

Ravi Brasileiro, o mais velho dos irmãos que se apresentam, conta que a música é um elo entre todos. “A música nos une como artistas. Cada um tem seus talentos e a música permeia entre nós”, afirma. Além da convidada Rebeca Friedmann, Ravi é o único que trabalha profissionalmente com música.

Ele conta como o Coral Brasileirinho, grupo infantil no Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba (CMPB), fez parte da história da Família. “Nós todos frequentamos o coral por muitos anos, o que trouxe uma riqueza imensa na nossa formação musical”.

Além disso, ele também afirma que nos ensaios, o desafio é entender e aproveitar as habilidades musicais distintas de cada membro e que tem sido muito gostoso aproximar os laços. “A minha expectativa é me divertir, estar junto com eles em todo processo de construção de repertório, nos ensaios, na escrita dos arranjos, tá sendo muito gostoso estar mais perto e fortalecer esse laço”, completa.

O Teatro José Maria Santos está situado na rua Treze de Maio, 655, São Francisco.

85 obras, exposição de Domicio Pedroso no MON pode ser vista até domingo

A mostra “Domicio Pedroso, a Tessitura Urbana Como Poesia” pode ser vista até domingo (13) no Museu Oscar Niemeyer (Sala 7). Com curadoria de Fernando Bini e Maria José Justino, a exposição reúne 85 obras que apresentam um recorte da vasta produção do artista curitibano.

Segundo a curadoria, a exposição abrange a sua produção desde os anos 1950 aos últimos tempos, revelando a singularidade da poética de Domicio, construída de forma original no intervalo entre realismo, cubismo e abstração.

As obras apresentam grande diversidade de técnicas, como óleo sobre tela, sobre chapa e sobre papel; serigrafia, nanquim sobre papel e acrílico sobre tela. A mostra é dividida em quatro núcleos: “Paris e Viagens, as Marinhas”, “Autorretratos e Retratos”, “Casarios e Favelas” e “Nova Figuração: Caminhos para a Abstração”.

ARTISTA – Domicio Pedroso (1930-2014) foi pintor e gravador. Iniciou seus estudos no ateliê do artista Guido Viaro, em Curitiba, no final da década de 1940. Formou-se pela Escola de Belas Artes do Paraná em 1952. Fez sua primeira exposição individual em 1958, na Biblioteca Pública do Paraná.

Em Paris, entre 1959 e 1962, desenvolveu estudos no campo da comunicação visual e estagiou na Radiodifusion Television Française e no Centro de Informações da Unesco, obtendo o diploma da École Normale Supérieure, de Saint Cloud, como especialista em Técnicas Audiovisuais.

Retornou ao Brasil em 1962 e organizou o Centro Audiovisual da Secretaria de Educação e Cultura para o Governo do Paraná. Na década de 1980, coordenou a Fundação Nacional de Arte (Funarte), para a região Sul do país.

MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

PUCPR está com inscrições abertas para o Vestibular 2025

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está com inscrições abertas para o Vestibular 2025 com vagas para o ingresso no primeiro semestre do próximo ano na Graduação Presencial - câmpus Curitiba, Londrina e Toledo - e na Graduação Digital 4D. Os editais já foram publicados e todas as informações estão disponíveis no site https://multiversidade.pucpr.br/. 

Para a Graduação Presencial, os estudantes podem prestar o vestibular tradicional, com inscrições até o dia 14 de outubro e a prova presencial será realizada no dia 26 de outubro, das 13h às 17h. Quem optar pelo vestibular agendado presencial ou remoto, poderá se inscrever e agendar a prova até o dia 28 de março de 2025. 

Os interessados para o vestibular do curso de Medicina, disponível em Curitiba e Londrina, têm até o dia 06 de novembro para realizar as inscrições. A prova será realizada no dia 24 de novembro, das 13h às 18h, sendo composta por 60 questões objetivas e uma redação dissertativo-argumentativa.

Nota do Enem - A PUCPR aceita o ingresso utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para essa modalidade, serão considerados os resultados obtidos no Enem realizado a partir de 2013, e o candidato deve ter obtido nota superior a 450, além de não ter zerado a redação. As inscrições podem ser realizadas até 30 de março de 2025. 

Graduação Digital 4D - A Graduação Digital 4D é uma formação acadêmica baseada em experiências práticas, em um ambiente 100% digital com autonomia e liberdade para a preparação de profissionais do futuro. São oito cursos disponíveis: AgroDigital, Computação Imersiva, Economia da Influência Digital, Experiência do Usuário UX, Gestão da Felicidade e Projeto de Vida, Gestão Internacional, Inteligência Artificial e Saúde e Bem-Estar Integral. Todos os cursos têm duração de dois anos. Para ingressar, o candidato fará uma prova virtual composta por uma proposta de redação do gênero dissertativo-argumentativo, com duração de duas horas. As inscrições e a realização da prova podem ser feitas até o dia 30 de março de 2025. 

Open Academy - Com esse modelo de ingresso, o estudante tem de seis meses a um ano para explorar as diversas áreas do conhecimento, como artes, negócios, saúde, marketing, engenharia, educação, direito, arquitetura, antes de escolher de fato qual graduação seguir. Durante esse período, é disponibilizado um mentor acadêmico para auxiliar nas escolhas de disciplinas e analisar as áreas de interesse do estudante. A modalidade Open Academy não está disponível para candidatos ao curso de Medicina ou para os programas de formação internacional American Academy ou American Academy Health. 

A admissão de estudantes no Programa Open Academy, modalidade presencial, será mediante processo seletivo simplificado, com uma prova composta por uma proposta de redação do gênero dissertativo-argumentativo. As inscrições podem ser feitas até 7 de março de 2025 e a prova até o dia 12 de março de 2025. 

Graduação internacional - A PUCPR também está com inscrições abertas para American Academy- Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Humanidades é uma parceria da PUCPR com a Kent State University. A graduação oferece aos estudantes uma experiência de ensino superior diferenciada, seguindo o modelo norte-americano de ensino, no qual o estudante inicia os dois primeiros anos da graduação na PUCPR, com professores e matriz curricular da Kent State University e, após esse período, define o curso de graduação e a Universidade em que irá finalizar, se será na PUCPR ou na Kent State University. As inscrições podem ser feitas até de fevereiro de 2025 no site https://www.pucpr.br/american-academy/. 

O American Academy Health - curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde - combina o modelo Liberal Arts, consolidado nos Estados Unidos, com disciplinas específicas da área da saúde. Após dois anos, o estudante pode optar por participar do processo seletivo exclusivo para os egressos do American Academy Health para o curso de Medicina da PUCPR ou escolher entre as demais opções de cursos da PUCPR ou da Kent State University, instituição parceira nos EUA, localizada no estado de Ohio.  As inscrições vão até o dia 06 de novembro e a prova, composta por 60 questões objetivas e uma redação, acontece no dia 24 de novembro, das 13h às 18h. https://www.pucpr.br/american-academy-health/

Biblioteca Pública promove segunda edição do projeto "Cante com Livros"

A Biblioteca Pública do Paraná, por meio da Divisão de Difusão Cultural, apresenta em outubro a 2ª edição do “Cante com Livros”, o novo projeto da BPP que destaca artistas independentes e busca unir o universo da música ao da literatura, seja por meio de compositores que adaptam textos para incorporar ritmo, seja pelos grandes letristas que parecem fundir as duas artes. O evento será nesta sexta-feira (11), das 17h às 19h.

Neste mês, no evento em forma de um pocket show intimista, quem se apresenta no palco da Biblioteca é Adriano Sátiro, compositor, cantor, multi-instrumentista e regente, com quase 50 anos de carreira. Ao seu lado o músico Orandi Almeida, convidado especial que já colaborou com Adriano em projetos anteriores.

Ao longo de sua trajetória, Sátiro acumulou mais de 1.200 composições, incluindo obras eruditas, populares, instrumentais, além de trilhas sonoras para teatro, cinema, vídeo, entre outros trabalhos.

Acompanho o trabalho do Sátiro há muitos anos e o considero um dos nossos grandes cancionistas. É uma enorme felicidade poder levar sua arte ao público da BPP”, disse Luiz Felipe Leprevost, diretor da Biblioteca Pública do Paraná.

O diretor, que também é ator e já desenvolveu trabalhos na área musical, ainda destaca a relação antiga entre a música e a literatura. “A gente sabe que a canção, especialmente a popular, está ligada à literatura. Não é por acaso que grandes poetas do nosso país se envolveram com a música, assim como compositores e músicos se revelaram grandes poetas”.

O “Cante com Livros” é realizado bimestralmente, com entrada gratuita e aberto a todos os públicos. O projeto faz parte da consolidação da Biblioteca como um centro cultural que reúne diversas manifestações artísticas, indo além da leitura.

A Biblioteca Pública do Paraná está situada na rua Cândido Lopes, 133, Centro. Mais informações: bpp.pr.gov.br ou @bibliotecapr

“Pedacinho de Tudo” faz apresentações gratuitas no Dia das Crianças, no Teatro Novelas Curitibanas

“Pedacinho de Tudo”, uma produção da Tecer Teatro faz as últimas apresentações no Teatro Novelas Curitibanas. Será neste fim de semana do Dia das Crianças, nos dias 12 e 13 (sábado e domingo), às 15h. A entrada é gratuita. O espetáculo de formas animadas voltado para o público infantil, entre 4 e 9 anos de idade, marca o retorno da atriz, diretora e figurinista Cristine Conde aos palcos.

Trata-se de uma obra autoral e biográfica concebida pela multiartista que criou também texto, cenário, figurino e adereços. A direção é de Fabiana Ferreira.

“Pedacinho de Tudo” nasceu das memórias de infância de Cristine, uma pesquisadora apaixonada pelo teatro de formas animadas. Neta de costureira, seu brinquedo favorito era o fardo de retalhos coloridos que sua avó cedia para que ela brincasse ao visitá-la.

O espetáculo, uma espécie de fábula multicolorida, reúne esses pedaços de panos e ressignifica tais lembranças. O tecido sempre foi matéria prima desta artista que há mais de 30 anos se dedica ao teatro pesquisando figurinos, cenários e adereços. A partir de retalhos, em “Pedacinho de Tudo”, ela conta suas histórias e resgata afetos e sonhos.

A estreia foi em agosto, no Teatro do Piá, onde foram realizadas 12 apresentações.

CRISTINE E FABIANA - Cristine Conde e Fabiana Ferreira (fundadora da Tecer Teatro), ambas multiartistas, trabalham juntas há mais de 20 anos. Realizaram diversos espetáculos de destaque na cena teatral de Curitiba. Pela primeira vez trocam de funções. Cristine vai atuar como atriz e Fabiana como diretora de cena. Em parceria buscam aperfeiçoar a pesquisa em teatro de animação de objetos e, com mais este trabalho e experiência de vida, avançam em maturidade artística.

SOBRE A TECER TEATRO - A Tecer Teatro desenvolve pesquisa em teatro para crianças desde a sua fundação, o teatro de bonecos e de objetos sempre esteve presente nas obras do seu repertório. Ao longo de 20 anos de existência acumula vasta produção teatral que inclui espetáculos e eventos como mostras e festivais. Aproximou da arte e da cultura um público considerável de Curitiba e do Paraná, realizando um trabalho arte educativo de inclusão, democratização do acesso à arte e fomento da economia criativa.

A peça “Pedacinho de Tudo” é um projeto realizado por meio da Lei Municipal Complementar 57/2005 do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.

O Teatro Novelas Curitibanas está situado na rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222, São Francisco. A entrada gratuita e os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada sessão. Sujeito à lotação.