
(im)permanências - José Antonio de Lima busca a perenidade da forma no espaço. Os papéis, tecidos e materiais vulneráveis, geralmente utilizados pelo artista, dão lugar aos metais, alumínio latão e ao ferro galvanizado. Nada se perdeu no processo contínuo de seu trabalho. Se por um lado ele obedece às exigências de sua obra, por outro recusa o discurso retórico. O que lhe interessa é a simplicidade das modulações do espaço entre os cheios e os vazios, dada pelo tecido tensionado nas estruturas do ferro. A exposição “(im)permanências” acaba de chegar da Finlândia, onde foi apresentada na AVA Galleria, em Helsinque. A curadoria é de Fernando Bini.
Adentros - O trabalho (foto) de Bernadete Amorim desvenda um universo de continentes, que se relacionam em si e com o espaço em escala humana. Elementos que escapam de teoremas construtivos e resgatam a instabilidade, a moleza e a flexibilidade dos corpos. São Instalações em tecido e pelúcia de cores vibrantes, que fazem o visitante permear de maneira lúdica no espaço com grandes objetos suspensos, cada qual com um comportamento próprio, incorporado por meio de suas aberturas variadas e de seus interiores surpreendentes.
São corpos moles, gordos e macios, que se estendem preguiçosamente no espaço e dele fazem um labirinto delirante, móbile gigantesco, mas estático. Os quinze objetos de pelúcia possuem 1,60 cm de diâmetro e larguras diferentes, carregando em si um interior forrado com malha furada e que se revela, pelas aberturas, ora de forma tímida, ora de forma escancarada. Assim, os corpos, de pele pesada e macia, com seus internos cheios de dobras, ondas e esconderijos delicados, estão pendurados por fios coloridos, aguardando demoradamente para serem descobertos.
Articulações: Poéticas do Corpo - A exposição apresenta o percurso poético da artista Silvia Tagusagawa com esculturas em cerâmica, que fazem parte da pesquisa de mestrado em Poéticas Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2010). A temática explorada é a imagem do corpo, a visão em relação a ele próprio e como percebe o do outro. Não é uma descrição fiel, como num desenho de anatomia, mas um conjunto de fragmentos, cortes, formas e detalhes modelados a partir de reflexões sobre o corpo.
Passatempo - Nesta mostra coletiva, três artistas experimentam, a partir da cerâmica, contaminações de meios e materiais contemporâneos. Amanda Gallego é graduada em Escultura e já participou de exposições no Museu Alfredo Andersen e na Casa Andrade Muricy. Em 2010 recebeu Menção Honrosa no Salão Nacional de Cerâmica. A artista visual Patrícia Tristão tem formação técnica em cerâmica e também foi premiada no Salão Nacional de Cerâmica. A terceira escultora da exposição “Passatempo”, Regina Costacurta, realizou estudos sobre técnicas de cerâmica em Buenos Aires e participou de coletivas em museus da Secretaria de Estado da Cultura.
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