A maior preocupação das 35 famílias indígenas que vivem na aldeia urbana Kakané Porã, no Campo de Santana, é manter viva a cultura, em especial a língua caingangue. “Desta maneira nós não perdemos a nossa identidade, mesmo vivendo há vários anos dentro de uma metrópole”, afirma Rosana Salete Rodrigues, moradora local responsável por ministrar aulas do idioma nativo para as 63 crianças da aldeia.
Adaptados à vida em meio urbano, os índios lutam para preservar suas tradições. “Todos os índios que vivem aqui trabalham em empresas, temos pedreiros, metalúrgicos, motorista, padeiro. Usamos carros, motos, roupas da cidade, já estamos acostumados com a cultura do homem branco. Mas não podemos esquecer das raízes, porque senão elas acabam se perdendo e não queremos apagar a nossa história”, ressalta o cacique da aldeia, Carlos Luis dos Santos, 49 anos.
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