quinta-feira, 2 de maio de 2013

Espetáculo “A Entrevista” com Priscila Fantin e Herson Capri chega a Curitiba

O estereótipo em torno das celebridades, o assédio da mídia, o público que consome um jornalismo que vive de fofocas: todas estas questões traz a peça “A Entrevista”, estrelada por Priscila Fantin e Herson Capri, que chega pela primeira vez a Curitiba. Com realização da Prime, a curta temporada acontece nos próximos dias 3 e 4 (sexta e sábado), no Teatro Positivo Pequeno Auditório, às 21horas. Com direção de Daniel Filho e Susana Garcia, a montagem é baseada no filme homônimo de Theo Van Gogh, produzido em 2003. O texto é de Theodor Holam, traduzido e adaptado por Euclydes Marinho.
 “A Entrevista” é uma comédia sobre o envolvimento entre uma linda e famosa atriz de novelas,a grande estrela do momento, Mariah, e um conceituado jornalista político que foi designado para entrevistá-la, Pedro Pierre. Ele é especialista em política internacional, já foi correspondente de guerra e é influente em Brasília, mas está em decadência. Acostumado com o mundo da política mundial, ele tem de lidar com uma pessoa mais conhecida pelas fofocas nos tablóides do que pelo talento, fato que o deixou ofendido. Ela é exuberante, tem um belo corpo e é conhecida pela enorme lista de homens que já namorou. Nesse choque de dois mundos, no entanto, os dois encontram uma conexão mais profunda.
Durante o espetáculo fica evidente a atração entre eles e o que parecia ser apenas mais uma entrevista na vida dos dois, como tantas outras, acaba se tornando um sofisticado jogo de sedução.
Real e como as celebridades e a mídia usam uns aos outros em função de seus interesses. No final dos anos 90 ocorreu no Brasil um boom na cobertura jornalística dos famosos, que ganhou mais espaço nas mídias. A vida das celebridades, principalmente a privada, é considerada como ideal pela maioria das pessoas, pois se acredita que contém todos os componentes necessários à felicidade: fama, dinheiro, beleza, carisma, etc. Essa necessidade do público anônimo de consumir a vida dos famosos permite que os veículos focados exclusivamente na intimidade de pessoas públicas surjam indiscriminadamente.
Em virtude de toda essa “sociedade do espetáculo”, ou seja, uma cultura que gira em torno das celebridades e de suas vidas particulares, o texto de Theodor Holam, traduzido e adaptado por Euclydes Marinho, vem para expor essa relação entre a mídia e a celebridade. Mostrar ao público que nunca será possível saber se o que ambos revelam é verdade ou não, que nem sempre o que é mostrado é real e como as celebridades e a mídia usam uns aos outros em função de seus interesses.

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