(Folhapress)
- O resultado do mercado editorial em 2016 é como aqueles romances em que, já
na metade, adivinha-se o final: a queda de 9,2% no faturamento, comparando com
os resultados de 2015. Esse percentual leva em conta a inflação no período e
foi divulgado nesta segunda (16) no balanço anual do "Painel de Vendas de
Livros no Brasil", estudo realizado pelo Snel (Sindicato Nacional dos
Editores de Livros) e pela Nielsen BookScan.
Livrarias,
bancas e supermercados venderam 10,8% títulos a menos do que em 2015, num
reflexo da crise econômica. As promoções de final de ano e as vendas para o
Natal ajudaram, com crescimento de 12,5% na quantidade de livros
comercializados e aumento de 30% no faturamento. Mas não foram suficientes para
compensar a recessão, já anunciada ao longo de 2016 nos balanços semestrais do
Snel.
Comparativamente,
foi possível visualizar o impacto do arrefecimento da onda de livros de
colorir, que seguraram o mercado no ano anterior. O preço médio do livro subiu
8,93%. Se em 2015 custava R$ 35,49, em 2016, foi a R$ 38,66. O aumento, acima
da inflação, foi necessário "para fechar as contas", afirma Ismael
Borges, gestor do Bookscan no Brasil, em nota divulgada à imprensa. Os livros
mais vendidos no país continuaram sendo os de não-ficção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário