A
Biblioteca de Ciências Humanas e de Educação da Universidade Federal do Paraná
inaugura nesta sexta-feira, dia 5, às 17 horas, sua Divisão de Obras Raras
e Especiais. O evento acontece no saguão da biblioteca, localizado no 2º andar
do Prédio Dom Pedro I (Reitoria).
A
nova divisão é fruto de um projeto iniciado em 2015 para melhorar o
acondicionamento do acervo de obras raras da unidade. Os cerca de 14 mil
volumes presentes na biblioteca foram higienizados e ganharam um sistema de
controle de umidade e temperatura. O processo de catalogação já chega a cerca
de 30% das obras, que estarão disponíveis para consulta a partir de agora.
A
equipe da biblioteca também recebeu treinamento para fazer a manutenção do
acervo e estabeleceu normas para a consulta das obras, na busca de proteger os
volumes que constituem um patrimônio cultural expressivo da UFPR.
Um
dos destaques do acervo é a tradução para o francês da obra “Les Oeuvres Meslees
de Plutarqueo”, do filósofo grego Plutarco, impressa por Michel de Vascosan no
ano de 1574. O impressor se tornou famoso em Paris em meados do século XVI por
suas edições de luxo, tendo recebido o título de impressor real da França. A
peça, “O Volume”, finamente decorada e em ótimo estado de conservação, é uma
das mais antigas presentes na universidade e foi impressa 338 anos antes da
UFPR ser fundada.
Coleções
- A biblioteca conta com três coleções principais relacionadas aos seus
principais doadores, que legaram sua coleção de livros à UFPR. São eles, o
jornalista e crítico literário Plínio Barreto, o educador e professor da UFPR, Erasmo
Pilotto, e o poeta e filósofo, também professor da UFPR, Ernani Reichmann.
Cada
conjunto traz a marca de seus doadores. Hoje o acervo mantém uma das principais
coleções latino-americanas de obras do filósofo Sören Kierkegaard, fruto da
ligação de Reichmann com sua obra, que chegou a ser reconhecido como o
principal estudioso da sua obra no continente.
Na
coleção Plínio Barreto destaca-se as obras literárias. Barreto foi um destacado
crítico literário no começo do século XX e recebia obras de escritores
brasileiros para sua avaliação. Obras com dedicatórias de nomes como Monteiro
Lobato e Oswald de Andrade são algumas das preciosidades presentes neste
conjunto.
A coleção Erasmo Pilotto traz a marca da sua trajetória como intelectual no Paraná. O educador foi um nome de destaque na região das inovações pedagógicas da Escola Nova e participou de movimentos que marcaram o movimento literário no estado, sendo um dos editores da Revista Joaquim, publicação que foi um divisor de águas, revelando escritores como Dalton Trevisan e José Paulo Paes.
A coleção Erasmo Pilotto traz a marca da sua trajetória como intelectual no Paraná. O educador foi um nome de destaque na região das inovações pedagógicas da Escola Nova e participou de movimentos que marcaram o movimento literário no estado, sendo um dos editores da Revista Joaquim, publicação que foi um divisor de águas, revelando escritores como Dalton Trevisan e José Paulo Paes.
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