O
Museu Oscar Niemeyer inaugura nesta quinta-feira (11), às 19h, a mostra
“Circonjecturas”, do artista paranaense Rafael Silveira, com curadoria de Baixo
Ribeiro, sócio-fundador da galeria Choque Cultural, de São Paulo.
“É
impossível não falar do artista paranaense Rafael Silveira, que está se tornando
um dos principais nomes das artes visuais brasileira. Recebê-lo no Museu Oscar
Niemeyer com a mostra “Circonjecturas” é um momento importante para a
consolidação da arte produzida no Paraná. Um trabalho bem interessante que eu
tenho certeza que será um sucesso”, comenta o secretário de Estado da Cultura,
João Luiz Fiani.
Juliana
Vosnika, diretora-presidente do MON, ressalta: “A exposição de Rafael Silveira
traz ao público uma experiência transformadora. Suas obras contêm aspectos
lúdicos e inusitados, além da cenografia pensada para criar uma atmosfera que
envolve o visitante a participar das obras, entrar e interagir com as
instalações e com a paisagem gráfica que toma conta do espaço expositivo”.
São
cerca de 50 obras, entre instalações inéditas, objetos cinéticos, molduras que
se transformam em esculturas, bordados-objetos, além de pinturas, desenhos,
gravuras, projeções e outros objetos representativos da produção do artista nos
últimos anos.
Baixo
Ribeiro comenta: “Circonjecturas não é uma exposição óbvia e não se encaixa em
definições simplistas. Sua complexidade responde à vigorosa investigação de
linguagens que Silveira imprime ao seu trabalho. Responde, igualmente, à
pesquisa natural e inspiradora que o artista promove para o alcance de novos públicos”,
analisa.
A
linha curatorial propõe um percurso pelas obras. “O Corredor das Ilusões
envolve o visitante na luz estroboscópica, sons e imagens em movimento. Logo
após, uma instalação de escala arquitetônica se desmancha pelo chão. Nas
paredes há um encadeamento de quadros minuciosamente pincelados com tinta óleo.
Alguns desses quadros recebem molduras entalhadas, sendo que algumas dessas
molduras acabam por deixarem de ser um mero adorno das telas pintadas, para
tornarem-se elas próprias esculturas quase autônomas”, conta o curador.
A
interdependência entre pintura e escultura forma diferentes formatos, pinturas
esculpidas e esculturas pintadas exploram-se nas mais variadas conjugações,
desde a tela bidimensional com uma simples moldura funcional que a protege até
a peça tridimensional modelada em lata com a pintura selando todas as suas
faces. "Por fim, numa das extremidades da sala, a pintura desaparece e dá
lugar ao desenho, que também se desprende do bidimensional para surgir em
traços sólidos, formados pelo entrelaçar de fios dos bordados que o artista
cria em parceria com a artista têxtil Flávia Itiberê".
A
exposição fica em cartaz até dia 6 de agosto e pode ser visitada de terça a
domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia-entrada).
Maiores de 60 e menores de 12 anos têm entrada franca.
Sobre
o artista - Rafael Silveira começou no fim dos anos 1980, ainda criança,
produzindo fanzines. Durante toda a década de 90 publicou quadrinhos em
fanzines e revistas independentes de todo o Brasil. Chegou a publicar pela
editora norte-americana Dark Horse, uma das maiores do mundo. Em meados dos
anos 2000 se volta para a ilustração. Seu trabalho circulou por algumas das
principais revistas brasileiras – inclusive ganhou o Prêmio Abril de
Jornalismo. Apareceu em publicações internacionais - como as americanas
Juxtapoz e Hi-Fructose e a francesa "Hey!", além de ilustrar a capa
da revista brasileira de arte Zupi.
Ilustrou
também campanhas publicitárias e materiais promocionais no Brasil e Europa,
muitos deles premiados (três vezes prêmio Max Feffer de Design gráfico, Anuário
do CCSP, Festival de Gramado, Art Director's Club of New York, entre outros).
Em
2004 começou a pintar a óleo e expôs em São Paulo, Nova Iorque, Londres e Milão.
Suas obras figuram em importantes coleções privadas e institucionais, como a do
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Mais
informações: 3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br.
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