A
exposição "Máquina Sem Palavras", de Guilherme Zawa, é uma mostra da
arte engajada como pesquisa filosófica e antropológica que está sediada no Museu
da Fotografia.
Zawa
propõe decodificar o instante fotográfico em seus vários aspectos. Desde uma
cena retratada por ele, até o descompasso entre o ambiente e a figura
apresentada apenas através de silhuetas que então passam a habitar o espaço. É
como se Zawa transfigurasse a máquina fotográfica em um novo sentido humano:
tato, olfato, visão, paladar, audição e fotografia - a percepção cinestésica de
um instante.
O
artista curitibano decompõe imagem e percepções maquinais e, a seguir,
reconstrói sua impressão pessoal daquilo que foi vivido e desconstrói essa
mesma imagem com o mesmo procedimento que a máquina digital a constrói. Seu
processo é fruto de uma pesquisa pessoal e pode ser vista desde sua primeira
exposição em 2010.
A
exposição tem curadoria de Paulo Gallina, curador independente, com passagens
pelo MIS - SP, MAC-USP e Instituto Tomie Ohtake. "A
investigação sobre a memória, a passagem do momento em uma imagem estática e
sobre os processos cognitivos na arte são possíveis descrições sobre este
projeto de múltiplas leituras e que dialoga entre o abstrato e o real".
A mostra “Máquina Sem Palavras” pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. Mais informações: 3321-3247.
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