terça-feira, 2 de abril de 2013

Caixa Cultural lança livro sobre a arquitetura italiana em Curitiba

A Caixa Cultural Curitiba realiza o lançamento do livro "A Arquitetura Italiana em Curitiba", dos arquitetos Ana Carolina Mazzarotto e Fábio Domingos Batista. Fruto de extensa pesquisa, o livro contou com incentivo da Caixa Econômica Federal, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura, e traz como tema as edificações realizadas pelos imigrantes italianos na região de Curitiba, entre 1870 e 1930. Os autores realizam bate-papo, no teatro da Caixa Cultural, com o superintendente do IPHAN Paraná, José La Pastina Filho, que irá abordar os modos de construir e suas variações com o tempo. O evento acontece nesta quarta-feira (3), às 20h, com entrada franca.
A pesquisa tem como objetivo principal criar um inventário para preservar a memória construtiva curitibana, além de resgatar a paisagem de uma cidade em um período de transformação, ainda com fortes características rurais. Os temas que surgem durante o trabalho são a imigração, a cultura construtiva e a arquitetura, com base em ampla pesquisa histórica e bibliográfica.
Na primeira fase, foram analisados os remanescentes da arquitetura do imigrante italiano em Curitiba, especificamente a arquitetura residencial e a sacra. Também foi pesquisado o Panteão do Cemitério de Santa Felicidade, pela sua singularidade. Já em um segundo momento, os autores buscaram referências construtivas do período da emigração na região do Vêneto, na Itália, região que comporta as cidades de origem da grande maioria dos imigrantes que se fixaram na Capital. A comparação entre essas duas culturas de construção pode ser vista na terceira fase do trabalho.
O livro proporciona uma visão técnica sobre a produção arquitetônica destes imigrantes, bem como um passeio por uma Curitiba do passado, ainda com trações rurais e com uma população estrangeira em processo de assimilação. Os poucos remanescentes desta ocupação estão, hoje, presentes em alguns bairros da cidade. São, em sua maioria, velhos casarões de tijolos, construídos ao longo das antigas estradas rurais. E também igrejas, com altas torres sineiras, destacadas do edifício sacro, construídas ao modo vêneto e seguindo a tradição ancestral.

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