Reunindo
trabalhos de quatro artistas que seguem por diferentes caminhos da arte
contemporânea, a exposição “Metamorfose” foi aberta no Café Bathé nesta semana.
As pinturas de Maria Emilia Mendes, Fernanda Alonso, Susana Goienetxe e Cris
Denise tomam conta da galeria até 25 de fevereiro. A mostra, que conta com
curadoria de Edilson Viriato, faz parte do Circuito de Galerias da Bienal de
Curitiba. Cada artista tem suas próprias linguagens e temáticas.
Coordenador
do Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato, o curador de Metamorfoses
também é orientador das artistas. "Nas obras apresentadas, percebe-se a
metamorfose expressiva contemporânea, desde o figurativo e a desconstrução
deste figurativo, passando pelas formas e texturas até a abstração das faixas
de cor", explica Viriato, que também é orientador das artistas. "Cada
artista tem seu universo, único, dentro de suas próprias propostas. Dessa
forma, tanto é possível considerar a mostra como quatro exposições simultâneas quanto
como uma unidade conceitual".
Sobre
as artistas
Cristiane
Denise Gonçalves, que assina como Cris Denise, tem um forte foco figurativo em
seus trabalhos, dentro de uma linha contemporânea. A artista, nascida em
Taubaté, destaca retratos e representações de pessoas e animais, valorizando
sempre cores e expressões. As obras no Café são mais voltadas às mulheres e à
beleza feminina, tratando dos diversos papéis que assumem, como mães, esposas,
artistas. Divas da música e do cinema são destaques em suas telas.
As
formas da natureza permeiam as telas da curitibana Maria Emilia Mendes.
Paisagens que vão das ondas do mar até detalhes de corais, rochas e plantas são
trabalhados em variedades de reflexos e sobreposições. O processo criativo da
artista se inicia de forma natural, passando por cores, luzes, sombras,
opacidades, linhas e formas. A interação entre os vários elementos da obra dão
vida às suas pinceladas.
Fernanda
Alonso é apaixonada por abstracionismo, que leva para suas obras através de uma
harmonização entre cores e texturas. As imagens que se formam nas telas da
curitibana lembram as auroras boreais, fenômeno óptico das regiões polares
conhecidos pelas belas e coloridas imagens, cheias de movimentos. Sua primeira
exposição individual, inclusive, levou o nome de "Aurora Boreal",
chegando agora ao Bathé.
Nascida
em Buenos Aires (Argentina), Susana Goienetxe se inspira no trabalho do
designer italiano Alessandro Mendini para criar suas telas. Mendini foi o
responsável pela "Poltrona di Proust", uma poltrona barroca pintada
com pontos de cores que simbolizam a passagem do tempo, com várias versões em
diferentes materiais, como mármore e ouro, feitas para perdurar. Nos trabalhos
de Susana, em contrapartida, as Poltronas se representam em condições de
deterioração, abandonadas ou em momentos de retorno à natureza.
O
Café Bathé está situado na Rua Desembargador Costa Carvalho, 89, Batel e a
mostra pode ser visitada às segundas, das 11h às 19h; de terça a sexta, das 9h
às 21h, e aos sábados, das 11h30 às 19h. Mais informações: 3026-7006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário