(Reuters) - A canadense Alice Munro
venceu o Prêmio Nobel de Literatura nesta quinta-feira por sua narrativa
afinada, que fez o comitê responsável pela escolha apontá-la como a
"mestre contemporânea dos contos". "Alguns críticos a consideram
a Chekhov canadense", disse a Academia Sueca em comunicado no seu site na
Internet, em que anuncia o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (1,25 milhão de
dólares).
Alice Munro, de 82 anos, 13ª mulher a
receber o prêmio, começou a escrever na adolescência. Ela é mais conhecida por
seus contos e publicou diversas coletâneas durante anos. A escritora já tem
quatro livros de contos publicados no Brasil: "Ódio, Amizade, Namoro,
Amor, Casamento", "A Fugitiva", "Felicidade Demais" e
"O Amor de uma Boa Mulher". A Globo Livros lançará "Os Contos
Escolhidos" ("Selected Stories", de 1996) e "The View of
Castle Rock" (2006) pelo selo Biblioteca Azul.
Em comunicado oficial liberado pela sua
editora Penguin Random House e publicado no jornal "The New York
Times", a autora se diz surpresa por ganhar o "prêmio que vai deixar
muitos canadenses felizes. Também fico feliz em saber que isso atrairá a
atenção do mundo para a literatura canadense".
"Seus textos com frequência
destacam descrições do cotidiano, mas eventos decisivos, epifania de um tipo
que ilumina a história ao redor e deixa questões existenciais surgirem como um
lampejo de luz", disse a academia.
Alice vive em Clinton, não muito longe
de onde passou a infância no sudoeste de Ontário, no Canadá. Ela nasceu em 1931
em Wingham, no Canadá. Em 2009, Alice revelou ter sido submetida a uma cirurgia
cardíaca e que havia passado por tratamento contra o câncer. Ela é conhecida
por ser avessa à publicidade e raramente concede entrevistas.
O prêmio de literatura é o quarto da
lista de premiações criadas a partir do desejo expresso em testamento pelo
inventor sueco da dinamite Alfred Nobel. A honraria foi concedida pela primeira
vez em 1901.
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