A cidade começa a se preparar para a
Corrente Cultural 2013, que acontece entre os dias 3 e 10 de novembro. Uma das
primeiras atrações é o trabalho que o grafiteiro e artista urbano Michael Devis
começou a desenvolver nesta semana, fazendo uso de uma nova técnica de arte
urbana, a tapeart, e tendo como suporte a estrutura envidraçada das
estações-tubo do sistema de transporte coletivo de Curitiba.
Dez estações-tubo do centro da cidade
receberão os desenhos em grandes dimensões feitos com um tipo de fita adesiva
colorida. Elas estão em pontos das praças Rui Barbosa, Osório, Eufrásio
Correia, Carlos Gomes, Tiradentes, Terminal Guadalupe, Círculo Militar, Praça
da Ucrânia, Jardim Botânico e Bairro Novo.
A ação conta com o patrocínio da
empresa fabricante do material – TESA, que forneceu as fitas e pagou o cachê do
artista. “Essa parceria é muito interessante, pois leva a arte para as ruas e
ao mesmo tempo possibilita uma renovação do espaço urbano, sem custos para a
cidade”, diz o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli.
A iniciativa é pioneira no país.
Michael Devis conheceu a nova técnica, já desenvolvida na Europa e nos Estados
Unidos, pela internet. Pesquisou, aprofundou-se no tema e agora apresenta a
proposta inédita na Corrente Cultural 2013. “A receptividade tem sido muito
boa. Não só dos passageiros que acompanham a realização do trabalho nos pontos
de ônibus, mas também dos internautas nas redes sociais. Todo mundo está
comentando”, comemora Michael.
Segundo o artista, assim como é fácil
trabalhar com as fitas adesivas, aliando apenas noções básicas de desenho,
também não é difícil removê-las. Mas Michael Devis não tem a preocupação em
manter os desenhos preservados e livres da ação do tempo. “Assim como a rotina
na vida das pessoas vai se alterando, a arte no espaço urbano também muda
continuamente. Ela tem o seu tempo”, afirma o grafiteiro, cujo talento é
reconhecido em todo o país. Os desenhos aplicados nas estações-tubo são
reproduções de grafites já executados por Michael Devis e que agora foram
transportados para a linguagem da tapeart.
Além das estações-tubo, um outro espaço
também servirá de suporte para as obras em fitas adesivas coloridas. Mas o
endereço, por enquanto, não será divulgado. Fica reservada essa surpresa para o
público da Corrente Cultural.
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