A mostra ZERO fica em exposição até o
próximo domingo, dia 3 de novembro, no Olho do Museu Oscar Niemeyer (MON). Com
curadoria de Heike van den Valentyn, a exposição, inédita no Brasil, traz uma
visão geral com enfoque temático dessa vanguarda internacional que, no período
pós-guerra (final da década de 1950 e início da década de 1960) revolucionou a
arte com pinturas seriais e vibrantes estruturas luminosas.
São 24 obras de artistas da Europa e da
América do Sul que revelam os modernos modos de pensamento e de trabalho da
ZERO. O enfoque se dá nas relações entre artistas europeus, como Yves Klein,
Günther Uecker, Otto Piene e Hans Haacke, e sul-americanos, como Lucio Fontana,
Almir Mavignier e Jesús Rafael Soto. O diálogo artístico da exposição ZERO é
ampliado ainda com as obras de Hércules Barsotti, Lygia Clark e Abraham
Palatnik (todos do Brasil) e Gego (Venezuela), assim como Gyula Kosice
(Argentina). “A exposição reflete a mútua tomada de influências de artistas de
ambos os continentes e amplia esse diálogo em torno de abordagens
sul-americanas selecionadas que se aproximam formalmente do grupo ZERO”, aponta
a curadora Heike van den Valentyn.
A exposição segue depois para a
Fundação Iberê Camargo, em
Porto Alegre (de dezembro de 2013 a março de 2014), e
depois para a Pinacoteca do Estado de São Paulo (de abril a junho de 2014).
Grupo ZERO - Nos anos 1950, um grupo de
artistas alemães tentou criar um novo conceito artístico ao proclamar o
nascimento da arte do pós-guerra no país europeu. Em praticamente uma década, o
grupo se transformou em um dos mais conceituados movimentos de vanguarda do
século 20. Otto Piene, Heinz Mack e Günther Uecker foram os nomes que marcaram
o início desta nova vanguarda.
ZERO designou um novo começo em termos
históricos e artísticos por ter deixado princípios da arte para trás. Em 1950,
na sequência de experiências opressivas da guerra e em distinção do
expressionismo abstrato europeu de pintura gestual, o informalismo, ZERO
elaborou conscientemente uma linguagem monocromática pictórica repleta de luz.
Desde o início, o grupo ZERO foi
concebido como rede internacional. A superação de fronteiras, tanto nacionais
quanto artísticas, teve importância central em uma Europa marcada pela
guerra.
Visita mediada e dança - A exposição
terá no seu dia de encerramento, neste domingo, duas ações: apresentação de
dança com o grupo de balé do Teatro Guaíra: “Suporte para Violetas” às 15h, e
uma visita mediada pela exposição com Fabricio Vaz Nunes, professor de História
da Arte na Escola de Belas Artes e Músicas do Paraná (EMBAP) e mestre em
História da Arte pela Unicamp, às 16h30.
Nenhum comentário:
Postar um comentário