A mostra “A imagem (des)construída”,
que reúne obras em litogravura de dez artistas curitibanos, será inaugurada
nesta quinta-feira (20), às 19h, no Museu Municipal de Arte de Curitiba - MuMA.
A curadoria é da artista plástica Lahir Ramos, que elaborou o projeto para
divulgar a litogravura como processo artístico e mostrar o trabalho desenvolvido
nos ateliês de gravura do Solar do Barão, unidade da Fundação Cultural de
Curitiba.
A litogravura é uma das técnicas mais
tradicionais da gravura, consistindo em gravar um desenho ou imagem a partir de
outro, feito em uma pedra específica para esse fim. Daí o nome
“litogravura" ou “litografia”, de “lito" (pedra), e “grafia" ou
“gravura” (desenho e imagem a ser gravada). Os convidados para integrar a
exposição são artistas premiados, outros são jovens artistas, cujos trabalhos
tiveram orientação da própria Lahir e também de Maria Lúcia de Júlio.
“O nome da exposição, sem esgotar suas
possibilidades de entendimento, partiu do próprio contexto da gravura, em que a
imagem é construída e reconstruída, primeiro invertendo essa própria imagem no
plano da pedra e depois fazendo-se a gravação”, explica a curadora. De acordo
com Lahir, esse processo pode ser demorado, pois nem sempre a primeira gravação
é a procurada. Além disso, as gravuras podem ter impressões sobrepostas. De
todo modo, como são muitos artistas reunidos - e cada um com seu discurso
próprio sobre a imagem - as coordenadoras pensaram nas múltiplas possibilidades
de “desconstrução" como discurso artístico, deixando em aberto a
interpretação de cada um.
O projeto, financiado com recursos da
Lei Rouanet, é mais amplo. O objetivo é levar a exposição para outras capitais,
com palestras e bate-papo com os artistas. Em Curitiba, a palestra está
agendada para o dia 27 de março.
A mostra “A imagem (des)construída”
ficará aberta à visitação até dia 27 de abril, de terça-feira a domingo, das
10h às 19h, com entrada franca.
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