Investigação, suspense e romance na
Paris fin-de-siècle. “Assassinato na Torre Eiffel”, de Claude Izner, é o mais
novo título da Editora Vestígio, especializada em títulos policiais. Na obra,
um romance policial histórico rico em detalhes da vida parisiense do final do
século dezenove, Victor Legris é um livreiro que se vê envolvido na trama de
uma série de mortes inexplicáveis e, quando menos espera, está investigando
peça por peça no centro de um mistério.
A história se passa no verão de 1889,
num momento em que inúmeros visitantes estão a caminho da Exposição Universal,
onde a Torre Eiffel acaba de ser inaugurada. Victor está no primeiro andar para
se encontrar com seu sócio, Kenji Mori, e Marius Bonnet, seu amigo jornalista,
diretor e redator-chefe do Passe-Partout. O objetivo da reunião é convidar
Victor para ser cronista literário do jornal.
A conversa segue bem, mas é subitamente
interrompida. Uma mulher é encontrada morta, no mesmo andar da reunião, vítima
de uma estranha picada de abelha. Três dias depois o corpo do naturalista
americano John Cavendish é descoberto em frente ao Palácio das Colônias. O
americano, hospedado no Grand Hôtel, foi igualmente picado por uma abelha. Dois
mortos em três dias e uma carta anônima sobre abelhas assassinas. Começa então
a investigação de Victor.
“Assassinato na Torre Eiffel” (256
páginas, R$ 29,90), que venceu o prestigioso Prêmio Michel Lebrun em 2003, foi
classificada pelo jornal Le Monde como “uma viagem encantadora através da vida
e da intelectualidade de uma era”. Em sua crítica no Chicago Sun Times, Sue
O’Brien considera que o enigmático romance policial conta “com uma investigação
metódica e apaixonada, cujos fatos históricos e detalhes sobre a literatura do
período foram cuidadosamente apurados”. Isso tudo em um ambiente cheio de luzes
e promessas: a Paris das artes, das ciências e do progresso.
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