“Lear” é uma peça sobre a velhice e a
corrupção moral. Sobre vícios e virtudes. Sobre o arrependimento. Trata-se de
uma adaptação, de autoria de Andy Gercker, da tragédia shakespeariana Rei
Lear. Em cena o rei e suas três filhas.
Para essa montagem, foi acrescentada algumas reflexões do ensaio “Sobre a
Brevidade da Vida”, do filósofo estoico Sêneca.
A direção de Paulo Vinícius buscou o
desenvolvimento de um discurso visual próprio, valorizando a criação de imagens
e as palavras do texto, em busca de uma comunicação sensível com o espectador.
Neste sentido, a iluminação, por
exemplo, é um elemento de extrema importância na dramaturgia visual da peça. Ao
lado da cenografia, do figurino e da sonoplastia, a luz torna-se um dos
principais signos da encenação, que ora dita o ritmo da cena e ora se impõe
como elemento dramatúrgico não verbal. O desenho de luz é assinado por Wagner
Corrêa.
No elenco estão Fabiano Amorim (Lear),
Lubieska Berg (Goneril), Liz Santos (Regana) e Valesca Moura Jorge (Cordélia).
Os atores receberam preparação corporal de Monica Infante e preparação vocal de
Márcia Kaiser.
A trilha original de Lear, foi composta
por Junior Pereira e traduz uma ambientação sonora específica, que ao lado do
figurino de Paulo Vinícius ambientam o tempo histórico em que a tragédia
aconteceu.
História - “Lear” é, essencialmente, um
drama familiar no qual a personagem-título é a figura central e o herói trágico
por excelência. Lear, rei da Bretanha, decide dividir o reino entre suas três
filhas: Goneril, Regana e Cordélia.
Para calcular a partilha, pede às
filhas que demonstrem a gratidão e o amor que sentem pelo pai. Apenas Cordélia,
que se revolta contra o fingimento das demais irmãs, contraria as expectativas
do rei e é expulsa do reino, entregue sem dote ao rei da França.
Lear desencadeará toda uma alteração na
ordem natural, provocando a mudança da fortuna da felicidade para a
infelicidade – a Inglaterra cai em mãos inescrupulosas e ele mesmo, antes rei,
vê-se lançado à própria sorte e é rechaçado pelas filhas a quem dera o trono.
Lear, Goneril e Regana se reencontram rompendo definitivamente. Falsas e
maquiavélicas, as irmãs Goneril e Regana, se desentendem com o pai revelando a
falsidade e ganância com que eram movidas.
Lear se arrepende e volta sua fúria
contra Goneril que se une a Regana contra o pai Expulso, o velho rei enlouquece
e se refugia em uma cabana. Lear é encontrado doente e insano por Cordélia, a
filha expulsa, que se casará com o herdeiro do trono francês e volta para a
Inglaterra para defender o pai, e a sua própria morte.
“Lear”
será encenada no SESI Portão (Rua Padre Leonardo Nunes, 180, Portão), de quinta
(10) a domingo (13), às 20h. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia).
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