A
artista Cinthia Freitas inaugura nesta terça-feira (8), às 19 horas, com um
coquetel no Palacete dos Leões, em Curitiba, a exposição “Recintos”, com
curadoria de Emerson Persona e Francis Rodrigues. Sua obra foi selecionada para
integrar o calendário do espaço cultural do BRDE – Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul. São 16 trabalhos de pequeno, médio e grande
formato, em acrílica sobre tela.
Cinthia
Freitas é arquiteta, formada pela PUC-PR, nos anos 1980, e, há cerca de 15
anos, vem se dedicando de forma cada vez mais intensa à pintura. Com orientação
de Emerson Persona e Francis Rodrigues, sua obra ganhou consistência nos
últimos quatro anos.
Com
cores intensas e harmônicas, pinceladas fortes que constroem camadas
sobrepostas, sua temática está na desconstrução de ambientes – daí a exposição
“Recintos”. A artista acredita que esta
essência advém justamente da origem de seu trabalho como arquiteta, o desenho,
aos poucos desintegrados na abstração da arte.
“Sinto
que a artista foi tomando conta da arquiteta”, diz. O resultado é um trabalho
forte e intrigante, que leva o espectador a um passeio por tonalidades
elegantes, que conversam entre si e espaços da tela preservados, como que em
respiros na eloquência da cor.
Cinthia
foi por duas vezes ganhadora do primeiro prêmio do Salão Graciosa, do Graciosa
Country Club; participou do Salão do Clube Curitibano e do Salão de Vinhedos,
em São Paulo. A mostra “Recintos” segue aberta ao público até o dia 9 de
dezembro, sempre de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30. A entrada é
franca e o Palacete dos Leões fica na Avenida João Gualberto, 530/570, no Alto
da Glória.
Recintos
- “Paisagens internas, lugares de convivência que pertencem ao cotidiano. São
nestes espaços, através da experiência do íntimo e do privado, que Cinthia
Freitas se baseia para reconfigurar suas representações a partir da própria
experiência da pintura”, analisam os curadores Emerson Persona e Francis
Rodrigues.
Segundo
eles, redimensionando os espaços, a artista transfigura móveis e objetos em
elementos disformes, trabalhando com camadas grossas de tintas preenchidas com gestualidade
que se tornam abstração.
Para
os curadores, são imagens ambíguas com campos de cores sobrepostos, operados
por decisões da artista que criam espaços caóticos e saturados, onde figura e
fundo se sobrepõem criando dinâmicas e contrastes entre diversos elementos.
Ainda
segundo os curadores, da vivência do cotidiano e de sua própria inserção nestes
espaços, Cinthia transforma seu entorno para se lançar a um embate com a
pintura, propondo novas relações diante daquilo que é encontrado, percebido e
afirmado durante o processo de criação.
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