Silviano
Santiago é um intelectual brasileiro que atua em diversas áreas. Professor
universitário aposentado, é ensaísta, crítico literário e também escreve
poemas, contos e romances. O mineiro radicado no Rio de Janeiro completou 80
anos em setembro e participou de uma edição do projeto “Um Escritor na
Biblioteca”, idealizado pela Biblioteca Pública do Paraná. Durante o encontro,
falou sobre a sua trajetória, incluindo detalhes sobre o seu novo romance, “Machado”,
que trata dos últimos quatro anos da vida do autor de Dom Casmurro. Os
principais momentos da conversa, mediada pelo jornalista e escritor Luís
Henrique Pellanda, estão publicados nesta edição do Cândido, que traz na capa
um desenho de Santiago, realizado pelo artista paranaense Miguel Nicolau.
A
convite do jornal da BPP, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) Wander Melo Miranda escreveu um texto analisando a vasta produção de
Santiago. Miranda explica de que maneira o intelectual conectou teoria e
imaginação para realizar uma obra literária múltipla, na qual a variedade de
temas e gêneros permite formas variadas, e complexas, de leitura: “Os textos de
Santiago - não importa a inflexão predominante que cada um possa ter - insistem
na configuração de uma escrita em que as culturas se reconhecem por meio de
suas projeções de alteridade, já atravessadas pelos efeitos de globalização”.
Novembro
é o mês em que se comemora o centenário de nascimento de Walter Campos de
Carvalho, escritor conhecido pelas suas quatro ousadas novelas: “A Lua Vem da
Ásia” (1956), “Vaca de Nariz Sutil” (1961), “A Chuva Imóvel” (1963) e “O Púcaro
Búlgaro” (1964). Uma ampla reportagem recupera a trajetória ficcional do autor
(1916-1998), destacando, a partir de entrevistas com estudiosos, os principais
aspectos do legado do escritor.
A
edição também traz um texto memorialístico de Reinaldo Atem a respeito de um
episódio que ele viveu ao lado de Wilson Rio Apa (1925-2016), escritor e
agitador cultural recentemente falecido. Em um ensaio que flerta com a ficção,
o escritor e editor Carlos Eduardo de Magalhães narra como e de que maneira
podem surgir obras de arte, inclusive textos literários.
A
coleção de livros do jornalista e cinéfilo Marden Machado é o destaque da seção
“Na Biblioteca” e, entre os inéditos, o Cândido publica um poema de Andréia
Gavita Carvalho, um conto de Luiz Bras e um trecho de “Dupla Exposição”, que
alia texto de Paloma Vidal e fotos de Elisa Pessoa - o livro está previsto para
ser publicado pela Rocco ainda em novembro.
O
Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente
na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O
jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino
médio do Estado. É enviado, via correio, para assinantes a diversas partes do
Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br.
O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.
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