Neste
mês de novembro, Curitiba será palco de inúmeras ações e atividades voltadas
para a literatura durante o Curitiba Literária | Bienal de Curitiba 2016.
Organizado pela Bienal de Curitiba, o evento trará à capital grandes nomes da
literatura contemporânea divididos em quatro Mesas Literárias, além de
exposições, palestras, oficinas e sessões de autógrafos. As mesas acontecem
neste mês, mas a programação vai até fevereiro de 2017.
A
Bienal de Curitiba nasceu em 1993 e a partir de 2007 passou a incluir
atividades literárias e artistas que contemplam a poesia visual. Na edição de
2013 foi realizado o projeto “A Literatura e a Cidade”, que obteve grande
interesse do público participante. O projeto contemplou também a leitura de
textos em ônibus biarticulados e a publicação da antologia Fantasma Civil, com
textos sobre Curitiba escritos por 42 autores. A publicação foi disponibilizada
nas Tubotecas e distribuída em bibliotecas da cidade.
Em
2016, a ênfase na literatura ganha uma programação especial com curadoria do
jornalista, escritor e crítico literário Rogério Pereira, diretor da Biblioteca
Pública do Paraná. Pereira aposta na vitalidade e na longevidade do evento.
“Nossa ideia é levar a literatura não só para quem já gosta e acompanha eventos
como esse, mas para quem precisa da literatura. Queremos envolver as escolas,
as instituições e a população em geral”, diz, lembrando da importância dos
livros na vida das pessoas.
Frases
dos autores participantes e de outros escritores estarão ilustrando as estações
tubo da cidade. O Curitiba Literária também deixará como legado uma edição
especial com textos de autores brasileiros.
Programação
Mesas Literárias
O
ROMANCE ETERNO - O hábito de ler romance sobrevive com extrema força, apesar
das sempre pessimistas previsões em torno do seu fim. O romance continua sendo
o gênero literário com maior apelo de público - o que se reflete numa aposta
das editoras nos romancistas, sejam consagrados, sejam jovens. Em geral, os
prêmios literários também valorizam mais os romances. Por que o romance
mantém esta vitalidade?
Autores
convidados: Milton Hatoum e Cristovão Tezza (foto)
Mediador:
Christian Schwartz
Dia
8, às 19h, na Biblioteca Pública do Paraná
A
RESISTÊNCIA DIÁRIA - Para muitas pessoas, a leitura de ficção é
imprescindível ao longo da vida. É encarada como um ato de resistência
diante de barbáries e violências que nos cercam. Mas que tipo de
transformação social a literatura é capaz de empreender num país como o
Brasil? De que maneira se dá a interferência da ficção no dia a dia das
pessoas, no cotidiano social?
Autores
convidados: B. Kucinski e José Castello
Mediador:
Luiz Rebinski
Dia
10, às 19h, na Livraria da Vila (Shopping Pátio Batel)
DESAFIOS
INCERTOS - Vários clichês rondam a literatura: o autor não se preocupe com o
leitor ao escrever, escreve o que gostaria de ler, nunca escreve o desejado,
mas apenas o possível, entre tantos outros. Afinal, qual é o real motivo que
leva à produção de um texto ficcional? O que o autor busca ao se colocar o
desafio de gastar dias, meses, anos de sua vida em algo tão incerto e que,
algumas vezes, tem a lata do lixo como destino?
Autores
convidados: Bernardo Carvalho e Caetano Galindo
Mediador:
Omar Godoy
Dia
22, às 19h, na Livraria Cultura (Shopping Curitiba)
APANHADORES
DE COTIDIANO - O cronista é alguém capaz de olhar para o entorno e enxergar
muito além. Percebe as mínimas nuances que rondam as pequenas coisas
cotidianas e as amplia com a poderosa lupa da escrita. É possível afirmar que
a crônica como a conhecemos é uma criação brasileira a partir de nomes como
Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Nelson Rodrigues e Otto Lara
Resende. Como transformar o mínimo em arte? De que maneira se apoderar do
mundo em torno e entregá-lo ao leitor de uma maneira singular, única?
Autores
convidados: Xico Sá e Luís Henrique Pellanda
Mediador:
Yuri Al’Hanati
Dia
29, às 19h, na Livraria Cultura (Shopping Curitiba)
Mais
informações: www.bienaldecuritiba.com.br
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