sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Museu Paranaense é o primeiro do Paraná a integrar Programa da Unesco

O diretor do Museu Paranaense, Renato Carneiro Jr., recebeu o certificado MoWBrasil 2017, edital que selecionou parte do acervo de Vladimir Kozák do Museu Paranaense como patrimônio documental da humanidade e do Brasil pelo Programa Memória do Mundo da Unesco.
O Museu Paranaense é o primeiro do Paraná a integrar o programa, e a solenidade foi na sede do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro.
Receber o certificado do programa Memória do Mundo da Unesco no Brasil foi um avanço muito grande porque comprova que o acervo do museu não é só do MP mas de toda a humanidade. Aumenta bastante a nossa responsabilidade mas também a nossa visibilidade. Em decorrência desse prêmio que recebemos já ocorreram várias tratativas para outras exposições e para participação em eventos nacionais”, afirmou Carneiro Jr.
As obras selecionadas correspondem ao acervo iconográfico, filmográfico e textual dos povos indígenas brasileiros, produzidos entre os anos 1948 e 1978, período em que Kozák fez várias filmagens, algumas pessoais e outras para a Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre elas um documentário sobre os indígenas Xetá, povos que viviam isolados até então.

VLADIMIR KOZÁK - O acervo de Vladimir Kozák compreende filmes, fotografias, desenhos, documentos textuais e aquarelas que retratam diferentes temas, como o cotidiano de povos indígenas, da Amazônia ao sul do Brasil, manifestações da cultura popular, pesquisas arqueológicas, faunísticas e florísticas, além de um Brasil de 1936 a 1978, com aspectos de pequenas comunidades a grandes cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Belém e Joinville. Trata-se de um documentarista que traduziu com imagens poéticas o passado de um Brasil ainda a ser conhecido.

O PROGRAMA - O aumento da conscientização sobre a preservação e acesso ao patrimônio documental de várias partes do mundo deram origem ao Programa Memória do Mundo, criado em 1992 pela Unesco. A seleção de acervos é feita a cada dois anos em conjunto com o Conselho Internacional de Arquivos.


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