A
Cinemateca de Curitiba apresenta neste fim de semana (16 a 18) a mostra “2018
em Transe – Cinema e Jornalismo”. Serão exibidos 17 curtas e um longa-metragem
de diretores de várias partes do Brasil. Estão representadas produções do
Paraná, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás e São Paulo.
A mostra tem entrada gratuita.
Nesta
sexta-feira, na abertura, às 19h, será exibido o documentário “A Grande Nuvem
Cinza”. Logo após a sessão haverá um debate com o diretor do filme, Marcelo
Munhoz. No encerramento da mostra, no domingo, será realizado outro debate com
Milla Jung, Jessica Candal e Sonia Procópio sobre construção de novas
narrativas.
A
curadoria é de Bea Gerolin, Michel Urânia, Vinicius Carvalho e Teia Werner. A
proposta dos organizadores é refletir sobre cinema, jornalismo e comunicação,
propondo novos modos de percepção e apreensão do mundo.
Confira
a programação:
16
de fevereiro (sexta-feira), às 19h
Sessão
de abertura – exibição do longa-metragem “A grande nuvem cinza”, de Marcelo
Munhoz.
Sinopse:
Em uma pequena cidade no sul do Brasil, Lidia passa seus dias vendo os outros
trabalhando à sua volta e à noite sonha com tempos passados no cultivo do fumo,
quando ainda conseguia andar. Junto com o resgate de sua história, conhecemos a
vida de quatro outros plantadores de fumo. Guiados pela tradição, misticismo ou
puro pragmatismo, vivem na linha tênue entre o amor e a luta com a terra.
17
de fevereiro (sábado), às 18h
Vidas
Cinzas, de Leonardo Martinelli – DOC – 15′ – Rio de Janeiro (RJ)
Um
falso documentário sobre a atual crise social, política e econômica no Brasil,
onde o governo corta as cores do Rio de Janeiro, deixando a cidade em preto e
branco.
Os
Anos 3000 Eram Feitos de Lixo, de Ana Luisa Meneses, Luana Rosa, Ana Elisa Alves,
Clara Chroma, Cleyton Xavier, Eduardo Sa Cin – EXP – 14′ – Rio de Janeiro (RJ)
Montanhas
de lixo pelas ruas. Pessoas cobertas de lixo e se hidratando com chorume. Lixos
com um brilho neon. Lixo com holograma e som stéreo. O lixo é um outdoor de
alta concorrência. O lixo é a nova moeda e seu lastro é maior que o d'ouro.
O
Lamento da Serpente, de Guilherme Dacosta – FIC – 16′ – Governador Valadares
(MG)
Se
o meu passado foi lama, hoje quem me difama vive na lama também.
Translúcidos,
de Asaph Luccas e Guilherme Candido – EXP/DOC – 14′ – São Paulo (SP)
“Translúcidos”
narra a vida de pacientes presos em uma clínica de tratamento de disforia de
gênero. Ali, transgêneros vivem à base de medicamentos e técnicas de aversão,
fazendo um claro comentário sobre a presença de transgeneridade na
Classificação Internacional de Doenças (CID).
Luiza,
de Caio Baú – DOC – 15′ – Curitiba (PR)
“Luiza”
trata da delicada relação entre uma jovem deficiente e o universo que a cerca,
tendo a sexualidade como fio condutor para abordar questões como preconceito,
relações entre pais e filhos, autonomia, diferenças e amor.
Eu
me preocupo, de Paulo Silver – DOC – 19′ – Maceió (AL)
Após
a morte do marido, Jande tenta reconstruir sua vida. Paulo, seu filho, procura
entender a direção que as coisas tomaram.
17
de fevereiro (sábado), às 20h
Intervenção,
de Isaac Brum Souza – FIC – 18′ – Goiânia (GO)
Um
dia na vida de um jovem motoboy da periferia de uma metrópole brasileira
devastada pela guerra contra as drogas.
Universo
Preto Paralelo, de Rubens Passaro – DOC – 12′ – São Paulo (SP)
Um
paralelo traçado entre as violações de direitos humanos do passado escravocrata
brasileiro e a ditadura militar por obras do século XIX e depoimentos dados à
Comissão Nacional da Verdade. Quem são os heróis nacionais brasileiros?
Mercadoria,
de Carla Villa-Lobos – FIC – 15′ – Rio de Janeiro (RJ)
A
partir da chegada de uma novata, seis mulheres compartilham suas experiências,
desejos e medos no trabalho com a prostituição.
Tentei,
de Laís Melo – FIC – 14′ – Curitiba (PR)
A
coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa
manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.
Na
Missão com Kadu, de Pedro Maia de Brito, Aiano Bemfica e Kadu Freitas – DOC –
28′ – Belo Horizonte (MG)
No
maior conflito fundiário urbano da América Latina, companheiras e companheiros
da região ocupada da Izidora marcham pela moradia digna. Cineasta e liderança,
Kadu, leva sua câmera para a marcha e nela traz de volta alguns registros do
dia 19/5. À beira do fogo ele relembra o dia, a luta e o sonho.
18
de fevereiro (domingo), às 18h
Onipresença,
de Anderson Rodrigues – DOC – 9′ – São Paulo (SP)
Onipresença
leva o espectador para dentro de campo, onde é bombardeado com sequências de
imagens de diversos ângulos e que retratam a atuação dos fotógrafos, do clique
à publicação – ou não – na mídia.
Candeias,
de Ythallo Rodrigues e Reginaldo Farias – DOC – 19′ – Juazeiro do Norte (CE)
Candeias
é torrente de luz, um imenso rio iluminado de fé, por sertanejos simples, a
desaguar num mar de promessas realizadas e anseios pelo porvir. É o instante em
que se entoa forte cada bendito e oração. É estar em Juazeiro do Norte,
terra-santa inventada por Padre Cícero, e na qual no caminho, de idas e vindas,
nunca ninguém se perdeu.
Travessia,
de Safira Moreira – DOC – 5′ – Rio de Janeiro (RJ)
"Travessia"
parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma
postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da
representação do negro.
Barbie
Contra Ataca, de Yan Whately – DOC/EXP – 10′ – Campinas (SP)
Na
adolescência, Yara (14 anos) perde os super-poderes da infância, que usava pra
detonar a boneca mais rica do mundo. Barbie, então, contra-ataca – lançando
sobre a menina indefesa a sua vingança maligna.
Fervendo,
de Camila Gregório – FIC – 16′ – Cachoeira (BA)
Ticiane
procura por momentos descontraídos enquanto tudo está fervendo.
Balança
Brasil, de Carlos Segundo – DOC – 25′ – Porto Seguro (BA)
Um
porto, um descobrimento, dois corpos em movimento.
18
de fevereiro (domingo), após a sessão de curtas
Mesa
de debates: “A construção de outras (ou novas) narrativas”,
com
a fotógrafa e pesquisadora em artes visuais Milla Jung, a diretora de cinema
Jessica Candal e a diretora e professora Sonia Procópio.
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