Nesta quinta-feira, dia 7, a Inominável
Companhia de Teatro apresenta pela primeira vez o espetáculo “Cantando Vírgulas”,
no Cleon Jacques (Parque São Lourenço). A peça aborda perspectivas poéticas e a condição humana num
contexto de isolamento e de ausência de amor e empatia, observando a solidão
como peste contemporânea.
Nesta primeira temporada, as sessões ocorrem no
Teatro Cleon Jacques até dia 1º de julho, sempre de quinta a sábado às 20h, com
apresentações também às 9h nas sextas-feiras, além de bate-papos com o elenco
aos domingos após o espetáculo. A entrada é gratuita.
Com texto de Ali Freyer e direção de Lilyan de
Souza, a peça pode ser entendida como um convite para deixarmos de ser
sozinhos. A partir das tragédias gregas e das relações e conflitos entre seus
personagens, dos conceitos de amor em “O Banquete", de Platão e de Albert
Camus (“A Peste”) como referência, o grupo dá prosseguimento à pesquisa
estética da Inominável, baseando-se nas poéticas do ator e da dramaturgia
contemporânea.
Na encenação, uma orquestra. Todos afinam seus
instrumentos. Quando se entra na sala, parece apenas um caos sem propósito.
Depois tudo se acalma, e cada personagem, em seu tempo, expressa sonoramente
frases melódicas e finalmente percebemos a tessitura composta pela união de
todos.
“Falamos através do silêncio, do não dito.
Cantamos Vírgulas. E é justamente neste momento, numa vírgula do tempo, no
recorte tão sutil do instante é que tudo acontece. Tomamos a decisão. Decidimos
deixar a segurança da solidão. Decidimos recomeçar, juntos”, diz Lilyan.
Nenhum comentário:
Postar um comentário