A Orquestra Sinfônica do Paraná vai apresentar
neste domingo (21), às 10h30, o concerto intitulado “Os Tesouros Perdidos”,
obras que ficaram desaparecidas de 30 a 100 anos. Este nome não foi escolhido à
toa pelo maestro-titular Stefan Geiger. “Neste concerto, teremos obras que
ficaram desaparecidas por anos e agora foram redescobertas”, disse o maestro.
Os ingressos já estão à venda na bilheteria do
teatro e pelo Disk Ingressos. Os valores são de R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).
O programa do concerto, no Guairão, terá
regência do maestro convidado Raphael Haeger, inclui três obras. A mais curiosa
delas talvez seja a segunda música do concerto: a “Canção Fúnebre”, de Igor
Stravinsky. Composta em homenagem ao seu mentor e apresentada uma única vez, em
junho de 1909, suas partituras se perderam em meio à Revolução Russa.
Apesar do grande interesse de muitos músicos
russos em descobrir o paradeiro da obra, apenas em 2015, 107 anos depois, um
bibliotecário do Conservatório de Moscou encontrou algumas partes atrás de um
piano, em meio a vários outros documentos antigos. A musicóloga Natalya
Braginskaya, especialista em Stravinsky, a reconheceu oficialmente como a obra
perdida.
A história da “Sinfonia Nº 1 em Ré Menor”, de
Rachmaninoff, terceira música do concerto, é parecida. Considerada um fracasso
na sua época de estreia, o compositor abandonou as partituras em Moscou em
1917. Cerca de 30 anos mais tarde, a obra foi encontrada no Conservatório de
Leningrado (hoje São Petersburgo), mas só foi apresentada novamente na versão
original em 1972.
Para abrir este programa de joias perdidas, foi
escolhida a música “Conto de Fadas de Inverno”, de Josef Suk. Inspirada em um
conto de Shakespeare, é uma obra que vem ganhando reconhecimento nos últimos
anos, sendo considerada por alguns críticos como o auge da carreira de Suk,
apesar de ter sido escrita quando ele tinha apenas 20 anos.
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