Consolidado como única premiação para
gravuristas realizada pela iniciativa privada, o 8º Prêmio Ibema Gravura
inaugura, nesta quinta-feira (18), exposição com 20 artistas de todo o país. O
vernissage será no Museu da Gravura Cidade de Curitiba, no Solar do Barão, às
19h30. A entrada é franca.
“Convidamos novos artistas para imergir nesse
mundo encantador”, diz a coordenadora do prêmio, Lilian Queiroz. “Buscamos
ideias que tragam a gravura para perto não só dos estudantes de artes, mas de
todos os brasileiros, preservando a nossa cultura com carinho e dedicação”.
O número de inscritos cresceu bastante em 2018,
e a seleção das 134 obras enviadas por jovens criadores foi feita por um júri
formado por artistas renomados na área. “Desde a primeira até esta oitava
edição, percebe-se um acréscimo de qualidade bastante grande, além de um fluxo
maior de obras de outros estados”, comemora a artista plástica e professora
Uiara Bartira, jurada que acompanha o prêmio desde o início.
O primeiro lugar foi conferido à gravura
“Sala”, do paulistano Lucas Naganuma de Rezende. O segundo foi para “com
quantas queimas perco seu retrato?”, da baiana Patrícia Paixão Martins, e o
terceiro, para obra sem título da curitibana Sílvia da Silva. Juntos eles
dividem o prêmio de R$ 9,5 mil.
“Esse trabalho é um dos primeiros que fiz de
uma série, ainda em andamento, de paisagens e cenas urbanas. É a sala do
apartamento onde moro”, conta Lucas Rezende, que cita como inspiração o
fotógrafo japonês Daido Moriyama e suas cenas urbanas de Tóquio, o futurismo de
Blade Runner, o cinema de Robert Bresson e as pinturas de Edward Hopper.
A Ibema, uma das maiores fabricante de papel
cartão do Brasil e da América Latina, investe no resgate e manutenção da arte
milenar da gravura como estímulo ao mercado gráfico e de embalagens.
“Percebemos que a impressão digital dava sinais de domínio do mercado, e aos
poucos, assistíamos às raízes gráficas sendo esquecidas. Foi aí que tivemos a
ideia de organizar um prêmio para resgatar a história da impressão gráfica e
ajudar na propagação da arte da gravura”, explica o consultor Fábio Mestriner,
especialista no Design de Embalagens e consultor da Ibema.
Jussara Age, que entrou para o júri nesta
edição do prêmio, lembra que a gravura tem um processo tecnicamente difícil de
ser dominado. “O prêmio acompanhará a carreira desses novos artistas por um bom
tempo, porque vemos que ele veio para ficar”, garante o jurado Nelson Hohmann,
que é orientador de Gravura no Museu da Gravura Cidade de Curitiba desde 1994.
“É importante que o jovem artista participe de
iniciativas como esta mostra, para entender que pode construir imagens e não é
só o celular que traz imagens prontas”, defende a jurada Uiara Bartira.
Conheça as obras no site
www.premioibemagravura.com.br
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