O ano de 2018 foi ruim para o mercado editorial
brasileiro. Todos do ramo saíram prejudicados devido à crise das grandes redes
de livrarias. Com a virada do ano, porém, há novas apostas e perspectivas - é o
que Mariana Sanchez explora na reportagem de capa do Cândido de fevereiro,
ouvindo os palpites e reflexões dos editores para 2019.
A LP&M, segundo o publisher, Ivan Pinheiro
Machado, deve inaugurar uma livraria própria em Porto Alegre. Já Fernanda
Diamant, coeditora da revista de livros Quatro Cinco Um e curadora da Festa
Literária Internacional de Paraty (Flip), diz que a nova situação política e
social do país (e do mundo) está rendendo uma reação editorial, no que a ficção
deve refletir esse quadro.
LANÇAMENTOS - Os editores também listam os
autores e os livros em que vão apostar neste ano. O Cândido publica com
exclusividade trechos de dois desses lançamentos: o novo romance de Luiz
Ruffato, “O Verão Tardio” (Companhia das Letras), e a estreia na prosa do poeta
e tradutor Guilherme Gontijo Flores, “História de Joia” (Editora 34).
Um dos lançamentos previstos pelo selo
Biblioteca Paraná para 2019 também ganha espaço. Trata-se de “Narrativas
Gráficas Curitibanas”, livro escrito pelo artista e pesquisador José Aguiar que
resgata os últimos dois séculos de publicação de charges, cartuns e histórias
em quadrinhos na imprensa da capital do Paraná.
Na coluna Pensata, o escritor Luiz Bras escreve
sobre a falta de “legitimação cultural” que a literatura de ficção científica
sofre no Brasil. Em um bate-papo com o jornalista José Carlos Fernandes, a
poeta curitibana Alice Ruiz, que participou do projeto Um Escritor na
Biblioteca no ano passado, revê sua carreira e fala, entre outros assuntos,
sobre a militância em causas feministas.
A edição de fevereiro do Cândido ainda traz
poemas de Armando Freitas Filho e Ana Santos, além de contos dos jovens autores
Nathalie Lourenço e André Cáceres. O quadrinista curitibano André Caliman
publica HQ inédita sobre o futuro e os livros. A arte da capa é assinada por
Marcelo Cipis.
O Cândido tem tiragem mensal de 3 mil
exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em
diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as
bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo
correio, para assinantes a diversas partes do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário