Uma das bandas mais emblemáticas do rock
nacional, a brasiliense Plebe Rude chega a Curitiba em única apresentação, neste
sábado (8), às 23h, no Jokers (Rua São Francisco, 164, Centro Histórico). A
banda desembarca na capital paranaense com a turnê de “Primórdios”, álbum
lançado no ano passado que resgatou canções inéditas, compostas entre 1981 e
1983. Mas no repertório não vão faltar os grandes sucessos do grupo como “Até Quando
Esperar”, “Censura” entre outros. O show de abertura da noite será com banda de
Curitiba Relespública.
A Plebe Rude - uma das primeiras bandas punks
do país, surgida nos anos 80 - apresenta na sua maior parte canções compostas
nos últimos anos da ditadura militar. A ideia do álbum surgiu após o lançamento
do livro “Meninos em Fúria”, uma co-autoria do integrante Clemente Nascimento e
do escritor Marcelo Rubens Paiva, quando Philippe Seabra viu a necessidade de
também resgatar suas memórias para um futuro livro – ainda em fase de escrita.
Durante suas pesquisas sobre as músicas
iniciais, como foram feitas e inspiração por trás delas, junto com André X,
Seabra percebeu a força daquele trabalho pioneiro, que ficou enterrado por
baixo do peso do primeiro álbum, “O Concreto Já Rachou”, e do segundo “Nunca
Fomos tão Brasileiros”. “Algumas músicas entraram nos primeiros dois álbuns,
mas a maioria é inédita. Conseguimos resgatá-las graças às consultas ao jornalista
Paulo Marchetti, e, além de jornalista, também pesquisador musical Olímpio Cruz
Neto, que guardaram demos e gravações de shows raros”, explica o guitarrista Seabra.
“O resultado é mais que um resgate. É a
comemoração de um tempo onde a música conectava as pessoas. Onde o
faça-você-mesmo dependia de amigos, suor e lágrimas. Onde o mundo era muito
maior do que parece hoje e tínhamos que nos unir para não sermos engolidos pelo
sistema. São músicas rústicas, inocentes e simples, mas feitas numa época que o
que importava era estar no palco cantando para gente igual a você, sobre
problemas em comum: falta de perspectiva, tédio, desinformação, censura,
controle e adolescência”, finaliza o baixista André X.
PLEBE RUDE - A banda de rock formada em 1981,
em Brasília, começou se destacando no meio punkrock por volta de 1982, numa
época em que a efervescência roqueira da capital federal era grande. Intitulado
“O Concreto Já Rachou”, o primeiro disco do grupo foi lançado em 1985, às
vésperas da abertura política do país, em um período de redemocratização. O
segundo álbum, “Nunca Fomos Tão Brasileiros”, surgiu no contexto da criação da
nova Constituição, em 1988. No terceiro disco, homônimo, a banda buscou
explorar as raízes brasileiras, criando o embrião do forró-rock, que teve seu
ápice anos depois com os Raimundos. Antes de darem uma pausa na carreira em
meados da década de 90, o grupo ainda lançou o quarto disco, “Mais Raiva do Que
Medo”, de 1993.
A Plebe Rude retornou às atividades em 2000,
com o álbum ao vivo “Enquanto a Trégua Não Vem”. Quatro anos depois, o
guitarrista Clemente Nascimento, da banda Inocentes, passou a integrar o grupo,
trazendo um estilo mais punk agressivo ao quinto álbum de estúdio, “R ao
Contrário” (2006). Cinco anos depois, a banda lançou um novo disco ao vivo,
“Rachando Concreto”, ao vivo em Brasília. Em 2014, é lançado o “Nação
Daltônica”, e em 2018, o DVD ao vivo “Primórdios”.
Saiba mais do Plebe Rude em
http://www.pleberude.com.br/
Informações e reservas de ingressos pelo fone 3324-2351.
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