Sob regência do maestro Benjamin Zander, a
Boston Philharmonic Youth Orchestra apresenta-se no Teatro Positivo, em
Curitiba, nesta quinta-feira (27), às 20h30m. A filarmônica é a primeira
atração internacional de 2019 da série Clássicos Positivo, que oferece aos
paranaenses uma programação anual de concertos eruditos de alta qualidade.
A orquestra tem como solista a ucraniana Anna
Fedorova, uma das mais importantes pianistas jovens do mundo. No programa,
obras de Richard Wagner, Sergei Rachmaninov e Dmitri Shostakovich.
A estreia do novo corpo da Boston Philharmonic
Youth Orchestra, uma das mais importantes formações sinfônicas dos Estados
Unidos, foi descrita como “espetacular em todos os aspetos” pelo Boston Globe.
Desde então, a formação, que reúne músicos com idades entre 12 e 21 anos, vem
se destacando pela técnica de seus integrantes e pela rica sonoridade.
A produção da turnê é assinada pela Dell'Arte.
CLÁSSICOS POSITIVO - Idealizado pelo Grupo
Positivo, o projeto cultural Clássicos Positivo traz concertos de música
clássica da mais alta qualidade para o Teatro Positivo, em Curitiba. Com esse
projeto, o Grupo Positivo reforça seu posicionamento enquanto incentivador da
cultura no Paraná, investindo na promoção e no desenvolvimento de novas
plateias eruditas. Até o final do ano serão oito atrações de reconhecimento
internacional, como a English Baroque Soloists, sob o comando do regente Sir
John Eliot Gardiner, que se apresenta também com oMonteverdi Choir, no dia 19
de novembro.
BOSTON PHILHARMONIC YOUTH ORCHESTRA - Formada
em 2012, a Boston Philharmonic Youth Orchestra (BPYO) já se estabeleceu como um
fator significativo no tecido cultural e educacional de Boston e arredores.
A estreia do conjunto, no Carnegie Hall de Nova
York, aconteceu em dezembro de 2013, ensejando ao crítico do The New York Times
o comentário de que a BPYO “tocou com maturidade e coesão muito acima do
esperado para a sua idade”, qualificando seu desempenho na Quinta Sinfonia de
Shostakovich como “brilhantemente executado, com muita entrega e enriquecido
com cordas sedosas, metais robustos e solos eloquentes”.
A temporada inaugural de 2012/13 da orquestra
culminou em uma turnê por cinco cidades na Holanda, quando apresentaram a
Segunda Sinfonia de Mahler, no Concertgebouw de Amsterdam. Ao longo dos 12 dias
da turnê, a orquestra recebeu duas críticas superlativas de cinco estrelas de
jornais nacionais, relativas à sua colaboração com uma orquestra de seiscentas
crianças de 12 anos, e participou do International Koorbiënnale Haarlem.
O lema da BPYO é “moldar os líderes do futuro
por meio da música”. Complementando suas atribuições musicais, os membros da
BPYO se dedicam a exercícios semanais de liderança com o maestro Zander. Eles
mantêm um intercâmbio de ideias, oportunidade em que são convidados a refletir
sobre os encargos da liderança e a oferecer um feedback sobre o processo de
ensaio e suas experiências, tanto musicais quanto de vida. Esses diálogos levam
frequentemente a discussões estimulantes sobre liderança pessoal e contribuição
efetiva.
Os membros da BPYO participam como mentores
musicais nos programas “Crescendo!”, da Boston Philharmonic Orchestra, quando
têm a oportunidade de trabalhar com músicos mais jovens em escolas locais e em
programas inspirados no “El Sistema”. A BPYO foi coanfitriã do primeiro
concerto anual do “El Sistema Greater Boston”, em 2013, que culminou em uma
apresentação da BPYO ao lado dos músicos da Conservatory Lab Charter School.
A idade dos 112 membros da BPYO varia entre 12
e 21 anos. Eles são escolhidos por meio de um processo de audições altamente
seletivo. Frequentam escolas de toda a Nova Inglaterra e se reúnem nas tardes
de sábado para ensaios de naipes ou de orquestra completa no Instituto Benjamin
Franklin de Tecnologia, no South End de Boston.
BENJAMIN ZANDER, REGENTE - Nos últimos
cinquenta anos, Benjamin Zander ocupou um lugar único como mestre, intérprete
profundamente perspicaz e investigativo e, ainda, como uma fonte profunda de
inspiração para o público, estudantes, músicos profissionais, líderes
corporativos e políticos.
Ao longo de sua carreira, ele tem envolvido,
com persistência, intelectuais musicais e públicos bem informados em uma busca
por discernimento e compreensão do cânone musical ocidental, além das questões
espirituais, sociais e políticas subjacentes que inspiraram sua criação.
Zander fundou a Filarmônica de Boston em 1978 e
atua como regente convidado em orquestras de todo o mundo. Suas interpretações
inspiraram milhares de músicos, renovaram seu senso de idealismo e lançaram uma
nova luz, frequentemente perspicaz e provocativa, sobre a interpretação do
repertório sinfônico central dos séculos XIX e XX. Críticos e o público têm
sido unânimes nos elogios às interpretações de Zander deste repertório.
Ao longo de vinte e cinco anos, Zander manteve
uma relação única com a Philharmonia Orchestra, gravando uma série de sinfonias
de Beethoven e Mahler. A publicação especializada High Fidelity indicou seu
registro da Sexta Sinfonia de Mahler como “a melhor gravação clássica” de 2002;
a Terceira foi premiada com o “Escolha da Crítica” pela Associação Alemã de
Críticos de Gravações. Já seus registros das Segunda e Nona de Mahler e da
Quinta de Bruckner foram indicados para prêmios Grammy.
Em 2012, Zander fundou a Boston Philharmonic
Youth Orchestra (BPYO), que atrai jovens músicos de todo o nordeste dos Estados
Unidos para seus ensaios semanais e apresentações de alto nível em Boston. A
orquestra empreende turnês regulares e já se apresentou no Carnegie Hall,
Concertgebouw e Philharmonie de Berlim, entre outros locais prestigiosos. No
verão de 2017, o BPYO excursionou pela América do Sul. No ano seguinte, cumpriu
uma turnê europeia.
Entre 1965 e 2012, Zander integrou o corpo
docente do Conservatório de Música da Nova Inglaterra (NEC), onde lecionou
Interpretação Musical e dirigiu as Orquestras Filarmônicas da Juventude e do
Conservatório. Foi Diretor Artístico do Programa Conjunto da NEC com a Escola
Walnut Hill para as Artes Cênicas.
Zander dirigiu a Filarmônica da Juventude do
NEC em quinze turnês internacionais e gravou vários documentários para o
“Public Broadcasting Service” (PBS). Sua aula de interpretação, “Interpretações
da Música: Lições para a Vida”, foi apresentada mensalmente, em parceria com a
Biblioteca Pública de Boston, na Biblioteca Central em Copley Square, de forma
gratuita e aberta ao público em geral.
O maestro possui, ainda, uma carreira
internacional como palestrante de liderança, com vários discursos no Fórum
Econômico Mundial, em Davos, e no TED. Seu livro “best-seller”, The Art of
Possibility (A Arte da Possibilidade), em coautoria com a psicoterapeuta
Rosamund Zander, foi traduzido para dezoito idiomas.
ANNA FEDOROVA, PIANO - Anna Fedorova é uma das
mais importantes pianistas jovens do mundo. Desde cedo, ela demonstrou uma
maturidade musical inata e excelente desempenho técnico. Era ainda uma criança
quando viu decolar sua carreira de concertista internacional, deixando o
público em todo o mundo estupefato com a profundidade e poder de sua expressão
musical. Os críticos elogiaram sua “doce modéstia e expressão selvagem”, que
deixou os ouvintes “completamente tomados de espanto e surpresa”.
Em setembro de 2013, Anna apresentou o Concerto
para Piano Nº 2, de Rachmaninov, na abertura da temporada da série Concertos
Matinais de Domingo, no Grande Salão do Royal Concertgebouw. No curto espaço de
dois anos e meio, a gravação desse concerto recebeu mais de nove milhões de
visualizações no YouTube, sendo altamente elogiada por músicos renomados. Em
novembro de 2015, ela retornou ao mesmo Salão e à mesma Série com o Concerto
para Piano Nº 3 de Rachmaninov, em apresentação novamente transmitida ao vivo
pela TV, internet e rádio.
Anna Fedorova já se apresentou em algumas das
salas de concerto mais prestigiadas da Europa, América do Norte e do Sul e Ásia
- aí incluídas Concertgebouw de Amsterdam, Carnegie Hall, Tonhalle de Zurique,
Palácio de Bellas Artes do México, Teatro Colón de Buenos Aires, Bunka Kaikan
de Tóquio e Laeiszhalle de Hamburgo, dentre muitos outros. Apresentou-se também
nos mais importantes festivais de música da Europa e Estados Unidos.
Com absoluto domínio sobre um formidável
repertório de concerto, ela tocou com orquestras de todo o mundo, entre as
quais, a Filarmônica de Hong Kong, Sinfônica de Dallas, Orchestre de Chambre de
Lausanne (Suíça), Residentie Orkest e Camerata Amsterdam (Holanda),
Nordwestdeutsche Philharmonie (Alemanha) e Camerata Polonesa, para citar apenas
algumas. Apresentou-se com regentes do nível de Jaap Van Zweden, Howard
Griffiths, Justus Franz, Kevin Griffiths, Carlos Miguel Prieto e David
Lockington.
Anna conquistou os principais prêmios em vários
concursos internacionais de piano, aí incluídos o Concurso Internacional de
Piano Rubinstein ‘In Memoriam’, o Concurso Internacional Frederick Chopin de
Moscou para jovens pianistas e o Concurso de Piano de Lyon. Recentemente,
recebeu o Prêmio da Academia do Festival de Verbier.
Formada pela Escola de Música Lysenko de Kiev
(classe de Borys Fedorov), Anna estuda atualmente com Norma Fisher, no Royal
College of Music de Londres. Além disso, a pianista frequenta a prestigiosa
Accademia Pianistica de Imola, Itália, onde é orientada por Leonid Margarius.
Ela também recebeu orientação artística de pianistas de renome mundial, como
Alfred Brendel e Menahem Pressler, sendo regularmente orientada por Steven
Isserlis e András Schiff.
Os dois primeiros álbuns de Anna foram lançados
em 2014: um CD solo, com obras de Brahms, Liszt e Chopin pelo selo DiscAnnecy,
e um CD de Rachmaninov, pela Piano Classics. No verão de 2016, Anna lançou mais
três álbuns - um contendo o Concerto para piano Nº 3 de Rachmaninov e Quadros
de uma Exposição de Mussorgsky, e os outros dois em duo de piano com
violoncelo; um deles com obras de Chopin e Frank com o alemão Benedict
Kloeckner e o outro com obras de compositores russos, com o turco Jamal Aliyev.
Na temporada 2015-2016, Anna foi a artista
residente no Edeshe Concert Hall em Ede, Holanda. Em maio de 2017, estreou como
diretora artística da primeira edição do Festival Internacional de Música de
Câmara Ede.
Indicada para maiores de 10 anos, a
apresentação da Boston Philharmonic Youth Orchestra tem ingressos que variam de
R$ 60,00 (meia) a R$ 270,00 (inteira) de acordo com o setor do teatro. A taxa
administrativa de R$ 10,00 está incluída no valor. Mais informações: 3315-0808
ou www.diskingressos.com.br.
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