O romance “Maior que o Mundo”, que marca o
retorno de Reinaldo Moraes à narrativa de fôlego após um hiato de dez anos, é o
destaque da edição de junho do jornal Cândido, publicação mensal da Biblioteca
Pública do Paraná.
O escritor paulistano conversou com o
jornalista Rodrigo Casarin sobre essa nova empreitada literária - as
semelhanças que guarda com seu antecessor, “Pornopopéia” (2009), um pouco do
processo criativo, o fato de ter sido um roteiro que se transformou em livro,
entre outras questões.
O bate-papo aconteceu num boteco na Vila
Madalena, em São Paulo, que é o “habitat natural” de Moraes – escolha que
reflete bem o teor e descontração de sua prosa. Em “Maior que o Mundo”,
primeiro volume de uma trilogia homônima, o leitor acompanha as peripécias do
cinquentão Cássio Adalberto, o Kabeto. Vivendo à sombra de “Strumbicômboli”,
seu único sucesso editorial, ele está em busca de uma grande frase para abrir a
nova obra que pretende escrever. Enquanto isso não acontece, o protagonista
carrega o fardo de ser um escritor bloqueado e leva uma vida de excessos.
O Cândido ainda traz comentários sobre todos os
livros de Moraes - da obra de estreia, “Tanto Faz” (1981), ao infantojuvenil “A
Órbita dos Caracóis” (2003) - e um conto inédito do autor.
TREVISAN E INÉDITOS - A edição de junho também
publica a transcrição do bate-papo com o carioca Rodrigo Lacerda, que
participou da edição de abril do projeto Um Escritor na Biblioteca. Entre
outros assuntos, ele comentou seu interesse pela natureza, que passou a ser uma
nova fronteira artística para seu processo de criação.
Em comemoração aos 60 anos da publicação do
livro “Novelas Nada Exemplares”, o escritor e professor da Universidade Federal
do Paraná (UFPR) Luís Bueno revê a obra que colocou Dalton Trevisan entre os
principais autores de sua época. Já na coluna Pensata, o jornalista e tradutor
Christian Schwartz discute as relações entre fato e ficção em obras literárias.
Entre os inéditos, a edição traz um conto de
Rodrigo Lacerda, HQ de José Aguiar, versos de María Auxiliadora Álvarez e
Alfonsina Storni (na tradução de Mitsuo Florentino) e poemas de Sylvio Back e
Carlos Moreira. A arte da capa é de Mário de Alencar.
O Cândido tem periodicidade mensal e
distribuição gratuita na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de
cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e
escolas de ensino médio do Estado. É enviado pelo correio para professores,
jornalistas, escritores e críticos de diversas partes do Brasil.
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