Nesta quarta-feira (4) entra em cartaz
na Cinemateca a oitava edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos da América doSul. O evento reúne 38 filmes sul-americanos, entre curtas, médias e longas,
dando uma importante visão do modo como o tema dos direitos humanos é abordado
no cinema.
A mostra está ocupando centros
culturais nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Pela primeira vez,
é levada também a cerca de mil locais de exibição fora dos grandes centros do
Brasil, assumindo um caráter descentralizador e uma abrangência inédita no
mundo.
Todos os filmes da mostra são exibidos
com closed caption para pessoas com deficiência auditiva. Há também sessões com
audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A entrada é franca e todo o
material gráfico da mostra é distribuído gratuitamente.
Os filmes, que serão exibidos em
formato digital, dividem-se nas categorias de Mostra Competitiva, Mostra
Homenagem – Vladimir Carvalho e Mostra Cinema Indígena.
Para compor a Mostra Competitiva foram
escolhidos 24 filmes de diferentes países da América do Sul, sendo 13 longas, 7
médias e 4 curtas. Os filmes selecionados dizem respeito a diversos temas
relacionados aos Direitos Humanos, como inclusão das pessoas com deficiência,
diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua,
preconceito racial, direito ao trabalho digno, entre outros, sem deixar de lado
a qualidade cinematográfica.
Já a Mostra Homenagem paga tributo a
Vladimir Carvalho. Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília,
Vladimir fez do cinema uma forma de pensar e intervir no mundo. Nos últimos 50
anos dirigiu filmes sobre diversos assuntos, mas sempre esteve engajado com os
destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez do documentário um
ato político e frequentemente poético.
A Mostra Cinema Indígena reflete o
crescimento da produção cinematográfica realizada por cineastas indígenas nos
últimos anos, no Brasil. O cinema desses realizadores, permeado por questões
estéticas e questões políticas, contribui para o fortalecimento das lutas pelos
Direitos Humanos dos indígenas. Os quatros filmes escolhidos pela curadoria são
exemplares que demonstram uma renovação de sua luta política a partir da
apropriação da tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas
no Brasil.
Serão também exibidos filmes
convidados, como o documentário produzido pela SDH – Paredes invisíveis:
Hanseníase Região Norte – e dos filmes produzidos pela ONU: Os Descendentes do
Jaguar, Transformer: AK, Colombia: Wayuu “Gold” e Argentina: Dreaming of a
Clean River.
A mostra é realizada pela Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da
Cultura, e tem produção da Universidade Federal Fluminense, através do
Departamento de Cinema e Vídeo, com o apoio da OEI, UNIC-RIO, CTAv, EBC e
patrocínio da Petrobras e do BNDES.
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