A Casa Andrade Muricy, em Curitiba,
abre nesta terça-feira (17) as portas para o 4º Salão Nacional de Cerâmica.
Pelo conjunto artístico, o evento se posiciona mais uma vez como um espaço que
busca a avaliação correta das poéticas da Cerâmica e o reconhecimento das
potencialidades plásticas e estéticas desta arte. Trinta artistas autores de 56
obras inéditas irão representar a produção contemporânea da cerâmica brasileira
nesta edição, que fica em cartaz até o dia 30 de março de 2014. A entrada é gratuita.
A seleção oficial aconteceu em
novembro, no Museu Alfredo Andersen. Os trabalhos de 200 artistas inscritos de
todo País foram avaliados pelos membros do júri, formado pela pesquisadora de
Artes Plásticas, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e crítica
de Arte, Angela Ancora da Luz, e pelas escultoras e ceramistas Ligia Borba e
Maria Cheung. Os artistas tiveram suas obras escolhidas após a avaliação de
material fotográfico e ficha técnica identificada por número, de acordo com o
regulamento do Salão.
“Considero que o resultado alcançado
foi muito positivo. A seleção de apenas 30 trabalhos nos obrigou a uma
avaliação muito cuidadosa, com as considerações que alimentam o debate sobre a
produção artística, observando-se o peso da poética de cada participante, tanto
pela carga autoral, como pela técnica e, ainda, pelas possibilidades buscadas
em relação à criatividade e execução. Creio que o conjunto de obras projeta um
leque de ideias, soluções técnicas e domínio do material, cujo resultado nos
permitiu uma seleção que sinaliza uma significativa exposição”, explica Angela
Ancora da Luz.
O 1º e 2º colocados na seleção, Andrey
Zignnatto (foto), de São Paulo, e Alexandra Eckert, de Porto Alegre, foram premiados
com R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Diante da alta qualidade dos
trabalhos, além dos dois prêmios previstos no regulamento, os membros do júri
resolveram conferir seis menções especiais aos artistas Eduardo Luiz de Freitas
(Castro-PR), Glaucia Flügel (Curitiba-PR), Juan Parada (Curitiba-PR), Marcio
Montoril Prado (Araraquara-SP), Maria Tereza Koffler Anazco (São Paulo) e Sada
Mohad (Curitiba-PR).
“Creio que o salão é um lugar para
apresentar a produção de artistas, sobretudo os que se iniciam. Por sua própria
natureza ele é um lugar democrático, de acesso direto, que possibilita uma
abertura para o artista e contribui para a cultura do país. O 4º Salão se
apresenta em nível muito bom, é representativo, trará uma grande contribuição e
servirá de estímulo a muitos outros artistas brasileiros”, defende a
professora.
AÇÕES PARALELAS - Antes da abertura do
4º Salão, duas ações paralelas ao evento atraem os olhares da cidade para a
arte da Cerâmica. O Museu Oscar Niemeyer (MON) ganhou, no início de dezembro,
um simbólico jardim de 4 mil flores brancas de cerâmica presas por hastes
flexíveis, no gramado próximo ao espelho d’água. A instalação congrega o
trabalho de 80 artistas, professores e alunos e pode ser vista até 20 de
janeiro.
Outra ação paralela será a exposição
“Retrospectiva dos Premiados dos Salões de Cerâmica”, que entrará em cartaz no
Museu Alfredo Andersen nesta quarta-feira (18). A mostra vai reunir os
trabalhos premiados de 25 artistas participantes dos salões ocorridos entre os
anos de 1980 (data do primeiro Salão) e 2012, e que fazem parte do acervo do
Museu Alfredo Andresen. A curadoria é assinada pela artista plástica Amarílis
Puppi.
Realizado pela Sociedade Amigos de
Alfredo Andersen, o 4º Salão Nacional de Cerâmica recebe o apoio do Governo do
Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e do Museu
Alfredo Andersen. O 4º Salão é um projeto aprovado pela Lei de Incentivo à
Cultura e conta com o patrocínio da Sanepar.
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