A Caixa Cultural Curitiba apresenta, nesta
terça-feira (18), às 20h, a violinista sul-coreana Ji Young Lim, vencedora do
Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica 2015, uma das mais importantes competições
musicais do mundo. Ji Young Lim nasceu em 1995, em Seul, e é aclamada pela
imprensa especializada internacional como um fenômeno. Ela foi a primeira
instrumentista coreana a vencer o concurso que, nesta edição, teve 69 instrumentistas
de 20 diferentes países.
A violinista toca em Curitiba com um
Stradivarius "Huggins" de 1708, instrumento cedido a ela pela Nippon
Music Foundation como parte do prêmio conquistado no Concurso Rainha Elisabeth.
Ji Young Lim se apresenta ao lado do pianista paranaense Luiz Guilherme Pozzi.
O programa tem peças para violino e piano de Mozart, Brahms e Franck. O talento
e a musicalidade de Lim foram reconhecidos em diversas competições pelo mundo.
Destaque para os primeiros prêmios conquistados no Concurso Internacional
Euroasia, no Japão, em 2013, e no Concurso Internacional de Violino de
Indianapolis, EUA, em 2014.
A violinista já se apresentou nos Estados
Unidos, Canadá, Japão, Coreia, Alemanha e Suíça, além da Bélgica, onde venceu o
Concurso Rainha Elisabeth em Maio de 2015, interpretando na etapa final o
Concerto para violino Op. 77 de Brahms. Ji Young Lim começou a tocar violino
aos sete anos de idade. Depois de estudar no Instituto Nacional da Coreia,
completou seus estudos musicais na Universidade Nacional de Artes da Coreia,
sob supervisão do violinista Nam Yun Kim.
PROGRAMA
Mozart, Sonata para violino e piano nº 22, K.
305/293d - A Sonata K. 305 é a penúltima de um grupo de seis (K. 301-6),
escritas em 1778 e consideradas as primeiras da fase madura de Mozart. Alfred
Einstein, biógrafo do compositor, descreve a peça como “um dueto social,
idilicamente imperturbável, cheio de boa disposição, frescor e inocência”. O
primeiro movimento é rápido e espirituoso, o segundo é uma melodia suave seguida
por um conjunto de seis variações. Destaca-se o equilíbrio entre violino e
piano: Mozart deu ao violino papel significativamente maior do que o de
instrumento acompanhante, o que era pouco usual na época.
Brahms, Sonata Nº 2 em dó maior para violino e
piano, Op. 100 - Esta sonata, radiante e de graciosas melodias, foi escrita
durante o verão de 1886 em Bernese Oberland, Suíça, na região do lago Thun. Foi
uma época de rejuvenescimento e renascimento artístico do compositor, marco do
início de um período final muito fértil em sua carreira. Chamada
"Thun" pelo local da composição, é também apelidada "Mestres
Cantores", devido à semelhança de suas notas de abertura com as de um dos
mais conhecidos temas da ópera de Wagner. É a mais lírica das três sonatas para
violino de Brahms. Por outro lado, é também a mais difícil delas, pelas
exigências de lirismo e virtuosismo.
Franck, Sonata em dó maior para violino e piano
- Esta peça é uma das mais conhecidas e amadas da música de câmara do período
romântico. César Franck teria começado a pensar em sua elaboração já no fim dos
anos 1850. Mas foi só em 1886 é que a obra veio a ser finalizada e apresentada
– como um presente de casamento para seu amigo, o violinista e compositor
Eugène Ysaÿe. A peça apresenta a rica linguagem harmônica francesa mesclada com
as tradições clássicas.
A concepção é cíclica, todos os quatro
movimentos compartilhando tópicos temáticos. O primeiro movimento é suave e
docemente reflexivo; o segundo, turbulento em alguns momentos, meditativo em outros;
o terceiro é livre tanto na estrutura como na expressão; e o último movimento
começa com um tema ensolarado que conduz a um final fervoroso, triunfante,
verdadeira proclamação de amor.
Livre para todas as idades, a apresentação de Ji Young Lim tem ingressos custando R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia - conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito Caixa). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura. Mais informações: 2118-5111.
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