Já está em circulação a edição 63 do Cândido, o
jornal mensal da Biblioteca Pública do Paraná (BPP), que traz um especial sobre
o nonsense literário. Originário na Grécia Antiga, o gênero se estabeleceu no
século XIX e nunca mais deixou de influenciar o cenário cultural - da obra do
escritor James Joyce ao cinema de Tim Burton, passando até pelas canções do
brasileiro Djavan. Um movimento complexo, considerado o precursor de todas as
escolas modernas que “brincam” com a lógica e linguagem.
Na primeira parte do material, uma reportagem
explica o que é o nonsense, por meio de entrevistas com especialistas como os
professores Dirce Waltrick do Amarante, da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC); e Bernardo Bueno, da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUC-RS).
Eles apresentam as principais características
do gênero e seus autores mais importantes - com destaque para os britânicos
Edward Lear (de “Conversando Com Varejeiras Azuis”) e Lewis Carroll (“Alice no País
das Maravilhas”). Nomes como Qorpo-Santo, Manoel Carlos Karam e Sérgio Medeiros
também são citados pelos acadêmicos, na condição de representantes brasileiros
do absurdo na literatura.
O especial ainda conta com uma seleção de obras
“sem sentido” e trechos de dois livros inéditos: “A Menina Que Organizava”,
parceria da escritora Fabiola Werlang com a artista visual Eve Ferretti, e “Sílvia
e Bruno”, romance de Carroll que será editado pela primeira vez no país até o
final deste ano. A capa da edição leva a assinatura da ilustradora Adriana
Peliano, presidente da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.
OUTROS CONTEÚDOS – A edição de outubro também
traz uma entrevista com a escritora Ana Maria Machado, que participou
recentemente de um evento realizado na BPP. Recordista de vendas no campo da
literatura infantojuvenil e “imortal” da Academia Brasileira de Letras, ela
falou sobre sua trajetória como leitora, seu processo criativo e outros
assuntos relacionados ao incentivo à leitura.
Na seção Perfil do Leitor, o cantor Guilherme
Arantes revela as influências literárias por trás de alguns de seus clássicos.
Convidada do mês na série sobre bibliotecas particulares, a atriz e diretora
Nadja Naira mostra seu acervo marcado por obras de autores paranaenses que
apostaram na experimentação. Há, ainda, fotos de Lucas Pontes no espaço Cliques
em Curitiba, reportagem sobre os 60 anos de “Morte e Vida Severina” (o texto
mais popular de João Cabral de Melo Neto) e poemas inéditos de Chacal e Jovino
Machado.
O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, via correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.
O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, via correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.
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